sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A Morte Espreita em Belém

Salvemos as Alfarrobeiras
O jardim que faz a guarda de honra à Torre de Belém não é cuidado a sério desde que os Velhos do Restelo mudaram de ares. Tem um ar decadente, abandonado, mas não resignado... A começar pelo acesso metálico à Torre, que mais parece uma estrutura de estaleiro de obra de Santa Engrácia, a pedir substituição, portanto. A história pede um acesso digno, quiçá em pedra, porque não uma ponte levadiça em boa madeira e honroso ferro?! A relva está cheia de peladas, doente de muitos anos, regada mas não tratada. Curiosamente está satisfatória nas zonas dos jogos de bola! Talvez Portugal só tenha especialistas em relva de futebol, por imposição de Bolonha... E faltam flores. E faltam sebes. E faltam árvores. Não que se proponha uma floresta, embora um bosque de espécies variadas fizesse boa companhia às que lá medram. Medram a custo, pois muitas, talvez a maioria dessas árvores, não são limpas há anos. Têm tantas pernadas e ramos secos no interior das copas, que alimentariam muita lareira! Será assim tão caro olhar para o conjunto do espaço e conceber uma solução funcional e ambientalmente agradável, saudável? E assegurar uma manutenção responsável, ou isso ainda vai ter de esperar pela desmilitarização da zona? Mas o pior, o mais doentio desmazelo no tratamento das árvores mete-se pelos olhos dentro quando se observam as alfarrobeiras. As alfarrobeiras frente ao Forte do Bom Sucesso estão doentes e abandonadas. Há muitos, muitos anos que não vêem um serrote ou uma tesoura de poda. Nem sequer foram bafejadas por fitosanitário que lhes curasse a doença da casca que as devastam. A morte espreita em Belém: as alfarrobeiras de Belém. Tão doentes, a precisar de cuidados intensivos urgentes, pois já poucas darão alfarrobas. Uma tem-nas, mas podres, com bicho, ninguém lhes põe o dente!
Os Velhos do Restelo teriam vergonha destas vãs e inglórias mortes!!!

1 comentário:

Anónimo disse...
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