quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Italianos de boa massa

Uma semana não dá sequer para fazer um esboço do retrato de um povo, ainda por cima através do que se observa em contactos fugazes. Não sendo uma imagem perfeita deixo aqui umas pinceladas, em boa verdade uns singelos salpicos, com a tinta ainda quente.

E começo pelo anfitrião. Homero, o caminheiro-mor que nos acolheu e orientou a estadia na Úmbria, lá estava, na hora da abalada, a colocar malas de viagem, mochilas e sacos no porão do autocarro, ombreando com o motorista.


Ele, Presidente úmbrio da Federazione Italiana de Escursionismo, andou pela Aula Verde de Altolina a limpar, a podar loureiros e a distribuir os sete petiscos. Não é coisa que se veja todos os dias, mas que fica como símbolo do desembaraço dos italianos que nos deram a mão.

Mas há mais.

Os guias caminheiros e as guias citadinas nas vetustas cidades, sempre bem-dispostos, disponíveis para falar molto pianissimo ou a usar outra língua, quando a sabiam.



Tivemos hospedeiros eficazes no Hotel Itália, de Foligno, e fica aqui documentado o seu empenhamento na comemoração dos 100 da nossa República. Também nos revelaram que o café corto mal esconde o fundo da chávena e que o longo já tem algo que se beba! Bom café!



As miúdas da tradução, pouco rodadas, pouco traduziram, mas, em troca, deram-nos os seus sorrisos lindos, aqui igualmente documentados por uma digna representante.


Massimo, o motorista seguro, fez-me um retrato da Itália tão semelhante a Portugal que o melhor é anotar a qualidade da massa de que é feito este povo, ignorando a minoria que o ensombra.


Grazie!

++++

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