sábado, 22 de novembro de 2014

Socialismo




Escreve-se Socialismo na janela de pesquisa e o Google indica 18.300.000 resultadosPara cima de dezoito milhões. Milhões.

Mas não é preciso ir à net para se ficar a saber quão diferentes são os conceitos, as perspetivas ou as convicções do que é Socialismo.

Os partidos políticos têm textos até mais não, manuais e cassetes sobre Socialismo, o bom e o mau, o novo e o antigo e as suas fronteiras com outras conceções políticas.

Até na sua casa, na sua família, caro leitor, estimada leitora, se levantar a questão, vai ter áspero debate.

Estado dono ou propriedade privada, liberdade ou ditadura, Rosa Luxemburgo, Lenine ou Francisco Louçã, tudo isso virá à baila.

E em qualquer grupo de amigos o tema suscitará cansados desabafos, juvenis terceiras vias e Eh pá, deixa-te disso, porra, és um chato!

Pois bem, seja qual for a cartilha ideológica ou a solidez da argumentação, jamais Socialismo se confunde com corrupção. Socialismo é coisa limpa, não uma máscara para embolsar milhões.

E José Sócrates, antigo PM de Portugal, foi ontem preso sob acusação de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção (PGR, 22Nov2014).

E por mais erros de investigação que a Polícia Judiciária tenha cometido, por mais lacunosa que seja a acusação do Ministério Público, uma coisa os portugueses sabem há muito. Sócrates nadava em dinheiro. E também sabe que casas, carro e Paris não se pagam com Socialismo.

Não se está aqui a fazer um julgamento na praça pública ou a encenar um fuzilamento de caráter. Não, nada disso, apenas estamos a inventariar rabos de palha de alguém que deveria ser impoluto.

Mas não, Sócrates deixou um rasto de dinheiro a potes, milhões sem explicação, um abissal fosso entre o legitimamente recebido, a vida de novo-rico e Socialismo.

Socialismo, isto!?
Sócrates, socialista!?
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