domingo, 26 de maio de 2013

OGM fora dos nossos pratos



OGM, Transgénicos e outros palavrões embrulhados em ciência generosa e ganância sem pudor estão longe de ser uma alimentação segura.
Por isso, a manifestação de ontem foi mais um alerta para que a sociedade não engula tudo o que lhe vendem na televisão e nos supermercados.
Os EUA são os grande líderes da manipulação genética dos alimentos e contaminam a Europa com os seus interesses mascarados de fim da fome no mundo. E a União Europeia parece não ter cientistas que conheçam profundamente o fenómeno e o tragam a público descodificado, factual e digerível por europeus comuns.
E enquanto tal não acontece, Bruxelas lá vai fazendo fretes a Washington e os regulamentos e diretivas espreitam o prato de todos nós.
 
 
Não tendo estado na manifestação, o apoio aqui fica expresso através de desta forte imagem que se subscreve em nome da saúde pública.
 
 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Salazar – de traidor a deus do desencanto


Rato Lisboa, 17.Maio.2013


Salazar traiu Portugal, cortou cerce todas tentativas de abertura ao mundo, à modernização e intimidou os portugueses, que não faziam o mais simples comentário sem se precaverem contra esbirros.

Isso é história, está documentado e é incontestável. Para quem tiver a mínima dúvida olhe para o PIB de 1974, para a censura aos jornais e para o número de estudantes, hoje e naquela data.

Mas há portugueses a louvar a sua longa ditadura. Provavelmente lembram a retidão quanto a dinheiros e esquecem as suas piores marcas. Além de estarem dececionados com a desesperança instalada pelos funestos Cavaco & Sócrates, Passos & Seguro. Além das negociatas à sombra do parlamento e das aldrabices quotidianas convertidas em efémera verdade televisiva.

Ora Salazar não foi corrupto e não usou os recursos de país em benefício da corte de aduladores. E muitas vezes terá almoçado costeletas compradas com a venda dos ovos das galinhas criadas pela D. Maria nos jardins de S. Bento.

Porém, o seu modelo económico foi bem mais limitado que o da sua governanta – a dita D. Maria. Enquanto ela fez uso racional do galinheiro, o seu patrão encheu de ouro os cofres do Banco de Portugal em vez de promover a industrialização e modernizar a agricultura.

Tudo isso é sabido e só um saudosismo abstruso leva uma meia dúzia a invocam a sua imagem como padroeiro do combate ao tráfico de influências, à corrupção desabrida e às trafulhices descaradas.

E são eles o alvo de quem, na semana passada, colou na via pública a sugestão ali de cima. Pouco impacto terá, que os visados passam de lado e, quanto muito, sorrirão de soslaio.

Bem melhor seria se os salazaristas serôdios e os que os combatem com autocolantes daqueles usassem a revolta que os mina para denunciar traficantes e aldrabões, informando com factos e levando a tribunal todos os que nos têm afundado.

Que tal começarem com o Sócrates!?

 !!!
 

sábado, 18 de maio de 2013

Como banco falido suga dinheiro aos portugueses.

 

Banif paga prémio milionário a gestora
http://expresso.sapo.pt/banif-paga-premio-milionario-a-gestora=f807678

O Banif teve uma injeção de capital do Estado para o salvar da bancarrota e pega numa enorme pilha de dinheiro para o meter no bolso desta senhora.

O Gaspar, esse fanático do espremer portugueses comuns e em apaparicar bancos mal geridos calado que nem um rato.

O chefe do Banco de Portugal nem pia.

Do Cavaco nem é bom falar, que para ele isto será "regular funcionamento das instituições".


Resta-nos o quê? Desmascarar continuamente a corja instalada nos vários poderes que, sem vergonha nem honra, nos afunda cada dia que passa.

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

"Filho da puta" afável !?


Um determinado indivíduo estava na barra do tribunal acusado de ter chamado "filho da puta", com todas as letras que nós conhecemos, a um outro que então se queixava.

O advogado de acusação, o Dr. Videira, pedia punição severa, como era seu hábito. O outro causídico, na pele de advogado de defesa, dizia que, afinal, "filho da puta" não era ofensa... que era assim a modos que... uma palavra que se dizia, que entrava no vocabulário normal... que era só uma expressão que já era vernácula, normal...

O bom do Dr. Videira ia ouvindo... ouvindo... e... nada, não mexia um músculo da cara. Até que o Juiz, admirado com a passividade, o interrogou mesmo.

- Será que a acusação não tem nada a dizer?

E o Dr. Videira, com o ar de bonacheirão que sempre teve... foi dizendo:

- Claro que não, meritíssimo. Depois da brilhante defesa que o "filho da puta" do meu colega fez... que é que eu posso dizer?

E o outro: - Senhor Dr. Juiz... Senhor Dr. Juiz...o meu colega Videira está a ofender-me. -

Ah, sim?! Agora já é ofensa ?

Esta história é verdadeira, garante-se aqui: http://recordacoescasamarela.blogspot.pt/2008/10/o-incontornvel-dr-videira-novo-jornal.HTML

E vocemecê, caro leitor, chama carinhosamente filho da puta ao filho da puta do vizinho que, dia sim dia não, lhe deixa a caca do cão à entrada do prédio!?

E a menina, estimada leitora, oferece um compreensivo e tolerante sorriso cristão ao filho da puta que lhe chamou filha da puta quando o ultrapassou a rasar o retrovisor esquerdo?


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Em nome do contra-pudor-hipócrita, o Formigarras deu corpo inteiro ao original "filho da p...".


???

terça-feira, 14 de maio de 2013

Angelina Jolie digna de grande respeito


 
 “Quis escrever para dizer a outras mulheres que a decisão de fazer uma mastectomia não foi fácil. As minhas probabilidades de vir a desenvolver cancro da mama desceram de 87% para menos de 5%.”
http://www.publico.pt/cultura/noticia/angelina-jolie-fez-dupla-mastectomia-preventiva-1594346#/0

Tomar a decisão da ablação de um qualquer órgão é algo extremamente difícil.
Porém, quando há um imperativo de sobrevivência, embora dolorosa, a opção é, todavia, aceite face à fatalidade provável.
Mas fazer tal coisa sem perigo iminente, sem o machado a ameaçar a vida, sem o risco de doença ao virar da esquina não deixará de ser também um sofrimento atroz.
Mas foi o que fez Angelina com a dupla mastectomia. Certamente com o coração apertado e pesadas lágrimas.
A esta mulher de armas, pela sua grande coragem e pelo exemplo da primazia à saúde, aqui fica um respeitoso voto de grande longevidade.

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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Suspender as reformas dos políticos no ativo

 
Todas as reformas
De todos os políticos
De todas as instituições
 


Incansáveis, as mensagens sobre as reformas do Cavaco, da Assunção e da Cristas, do Mira Amaral e de tantos outros aparecem uma e outra vez, vezes sem conta.

E estas criaturas, todas com poder, enroscam-se como bichos-de-conta à espera que a onda passe.

No topo, o que faz de "presidente", esquece que lhe cabe, pela Constituição que invoca para não perturbar interesses instalados, cerzir o "normal funcionamento das instituições". Como se fosse normal ter duas reformas em vez do salário que a República lhe quer pagar. Um Presidente vertical e com sentido de Estado só esse receberia. E também faria forte pressão para que nenhuma lei permitisse que políticos no ativo abocanhassem reformas intempestivas.

E a Esteves, a fingida chefe da casa da Lei e reformada juvenil, tivesse um pouco, um pouco apenas, de vergonha e dignidade, moveria montanhas até serem revogadas as normas que atribuem reformas a gente na força da vida e a trabalhar. A honra, D. Assunção, a honra e não rodriguinhos juris disto e juris daquilo, não justifica com leis o que a legitimidade nega. E a vergonha impediria que "recebesse" o que falta a muitos dos seus concidadãos.

A verdade é que nos lamentamos, choramingamos e gesticulamos, mas cruzamos os braços. Nós, o povo, calamo-nos. Resmungamos, os mais desabridos ainda berram nos cafés e fazem gestos digitais para esta classe política, mas não passa disso. E os partidos que dizem defender os sem voz e os sem mando também nada fazem. É a panelinha regimental: hoje te defendo a ti que amanhã nunca se sabe... PC e BE com a viola bem encafuada, igualmente sem honra nem verticalidade.


O desafio é vencer esta mórbida resignação e bater o pé aos políticos, a todos eles, em pé de igualdade, cara a cara, afrontá-los e enfrentá-los até à extinção das suas mordomias imperiais, anacrónicas, leoninas. Sejam as do parlamento, do Tribunal Constitucional, do Banco de Portugal e por aí fora.

Vamos construir uma plataforma para
 
Revogar todas as leis das reformas de políticos no ativo.

Chamem-se o que se chamarem, subsídios disto e daquilo, de fugazes funções aqui ou ali.

Quando deixarem de trabalhar, MESMO, então que as recebam, sem acumulação retroativa.

 
!!!!!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Fedelho reconfirmado!



"Falta de preparação"

A declaração é de Ângelo Correia, antigo patrão e dado como padrinho ideológico de Passos. http://expresso.sapo.pt/angelo-correia-diz-que-faltou-consistencia-politica-a-passos-coelho=f805818#ixzz2SpDZw1TX

Fê-la a propósito das tricas intragovernamentais em que o chefe do CDS, publicamente, encostou o ainda PM à parede.

Correia acusa ainda o seu partido, o PSD, e o de Portas de serem troca-tintas, ao fazerem o contrário do que afiançaram na campanha eleitoral.

Num caso, relembremo-nos, o candidato Passos jurou a pés juntos que não beliscaria os subsídios de férias e natal dos pais das miúdas que lho perguntaram numa escola.

E que fez o aldrabão!? Espezinhou a sua própria garantia, qual trafulha sem honra nem sombra de verticalidade.

Ora se nem o seu orientador espiritual nele confia, o que há de pensar a esmagadora maioria dos portugueses?

Uma coisa muito simples:
Livrar-se rapidamente desta irresponsável figurinha com voz de falsete.

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quarta-feira, 8 de maio de 2013

O borra-botas de volta às trapalhadas

 


Numa pomposa comunicação ao país, Passos garantiu a criação de mais um fardo para os reformados. http://www.publico.pt/economia/noticia/reforma-sem-penalizacao-so-aos-66-anos-1593286#/0
Passaram quatro dias – quatro – e hoje veio o cancelamento desse imposto grisalho. O mesmo Passos que o anunciou passou por cima da sua própria palavra e mordeu mais uma vez a língua:
Taxa sobre reformados e pensionistas não vai avante


Portugal merece mais que um borra-botas à frente do seu governo, dispensa bem um troca-tintas.

Precisa, isso sim, de um Homem de Estado, não de um fedelho.

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domingo, 28 de abril de 2013

Cavaco – O Pregoeiro

 

Cavaco:
"Não me venham dizer depois que eu não avisei"
http://expresso.sapo.pt/cavaco-nao-me-venham-dizer-depois-que-eu-nao-avisei=f803298


Cavaco mantem o guião, pois já antes, quando a dívida pública estilhaçou a esperança dos portugueses, também avisou.
E depois avisou que tinha avisado.
Avisou, avisou e avisa.
E eu a pensar que Presidente da República é um decisor para os grandes momentos, para as encruzilhadas de Portugal, um travão aos desvarios.
Sampaio arranjou forma de despedir o espalhafatoso Santana, mas Cavaco, o PR que faz de economista, não sentiu responsabilidade no afundamento de Portugal.
Em vez disso avisou e avisa: é um lamentável pregoeiro em vez de um Presidente que Portugal respeite.
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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Apavorados sob a cinza da Constituição que queimaram


Golpistas da Guiné-Bissau
 


Fernando Vaz, o agente dos golpistas da Guiné-Bissau para os negócios estrangeiros terá dito que o antigo chefe da marinha, preso pela agência antidroga dos EUA, foi capturado em águas guineenses.

Mais terá declarado que este e Indjai, o golpista-mor, deveriam ser julgados na Guiné-Bissau, o que considerou "um direito constitucional".
O que faz o medo!!!
Invocar uma constituição que foi grosseira e militarmente espezinhada, factualmente revogada e apenas usada como máscara do governo fantoche é obra! 

Todos os cabecilhas da tropa fandanga e putativos narcotraficantes, seus paus mandados e serventuários estão em pânico. A expectativa de serem caçados um a um como ratos fora da toca pelo longo braço americano, fá-los perder a lucidez.
A ponto de não perceberem que o mundo conhece bem a "independência" da "justiça" guineense. E que os EUA, depois de lhes deitarem a mão, jamais cederiam à encenação de um julgamento de traficantes de drogas por fingidos juízes comprados com os milhões das drogas!
Tão pomposas como fantasiosas declarações do farsante ministro só têm uma utilidade:
– Rir às gargalhadas!!!

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sábado, 20 de abril de 2013

MAI e PSP incitam à insegurança rodoviária


Não há natal nem páscoa sem que muitas famílias fiquem enlutadas, além de jovens, adultos e crianças serem irremediavelmente mutilados.
Nos restantes dias do ano a sinistralidade é igualmente elevada, mas só nessas épocas e nos fins-de-semana festivos se fazem balanços públicos das vidas perdidas e de tantos portugueses atirados para cadeiras de rodas.
Ora são geralmente polícias a dar as más notícias. Os mesmos que fazem recomendações de condução segura. Porém, perigosamente negligentes na condução de carros de serviço.

Sim, os polícias estão isentos – ilegal e irresponsavelmente – de uma das mais elementares normas de segurança rodoviária, a colocação de cinto de segurança.
Ilegal por ser um ordinário despacho de um ministro irrefletido a dispensá-los do uso deste meio de proteção.
E irresponsável por vários ministros e secretários de Estado terem passado pelo MAI sem mexer uma palha para corrigir a anomalia. Além de a hierarquia da PSP nada fazer para alterar o mau exemplo que dão ao país.

A verdade é que o cinto de segurança poupa vidas. Isso é sabido no MAI na Direção Nacional da PSP.
Todavia, doentiamente, alega-se que os seus agentes carecem de liberdade de movimentos. O que é uma monumental mentira. Mais que evidente falsidade é uma cedência gratuita ao atávico comodismo português, tão useiro em iludir normas e procedimentos de incontestável interesse público.
Basta ver que são ínfimas as situações em que os agentes da lei podem ver a sua operacionalidade reduzida pelo uso de cinto de segurança. Disso são exemplo as intervenções da Unidade Especial de Polícia da PSP, bem como de ações de urgência e emergência de outras equipas ou missões sensíveis.
Salta à vista, no dia a dia, que a esmagadora maioria das deslocações em viaturas policiais carecem tanto de segurança rodoviária como a de qualquer outro carro. Basta pensar nos inúmeros com que nos cruzamos, muitas vezes em rotineiras e tranquilas patrulhas, carrinhas de carga ou de transporte de pessoal.
Daí que a segurança desses agentes deva ser protegida sempre que se deslocam em veículos automóveis.

Como exemplarmente faz o INEM. Este mostra à sociedade que não é em vão que se chama Emergência Médica, pois os seus operacionais circulam com o cinto posto. Por vezes em grande velocidade, as sirenes e buzinas no máximo, mas médicos, enfermeiros com o protetor cinto de segurança corretamente colocado.
Enquanto o INEM é um exemplo de cidadania responsável, a PSP é o oposto, exibe a "pedagogia" da negligência, o desprezo institucionalizado pela segurança.
 
O que se disse sobre a incúria da PSP e da sua Direção Nacional é, muito provavelmente, aplicável à GNR e ao seu Comando Geral.

O MAI, como tutela da segurança rodoviária, não corrigindo a complacência para com a insegurança rodoviária nos veículos é o cúmplice maior pela mortalidade e morbilidade dos agentes.

 Mas é especialmente deplorável a sua indiferença por tão mau exemplo para a sociedade de uma instituição cujas práticas devem ser exemplares.
 
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quarta-feira, 17 de abril de 2013

A hipocrisia do direito à vida de assassinos



O presidente dos EUA disse, há algumas horas, que os bombistas de Boston sofreriam o peso da justiça.
Que justiça!?
Não sei se o Estado de Massachusetts tem pena capital, mas sei que é a única sanção apropriada para mandantes e executantes de tão cruel crime.

Quem decidiu, organizou e fabricou os mortíferos engenhos foi de uma crueldade imperdoável: para provocar maior sofrimento foram adicionados pregos ao material explosivo.
Assassinos como os que assolaram a América no 11 de Setembro, o português que em 2001 matou 6 concidadãos no Brasil e os que agora mataram e estropiaram dezenas de pessoas não podem invocar o seu próprio direito à vida.
Para travar gente desta a lei deve ser firme, com a pena de morte nos Códigos Penais. É o instrumento a que as sociedades terão de recorrer para fazer justiça, impedir a barbárie e evitar reincidências.

Ao ler isto, muitas almas bradarão aos céus, invocarão os Direitos do Homem e a herança cristã.
Do humanismo cristão nem mais uma palavra, que por ele falam os 3.000.000 (três milhões) de assassínios da inquisição católica, muitos queimados em fogueiras na praça pública!
Quanto ao direito à vida e aos minuciosos procedimentos legais de proteção de criminosos, declarados inocentes até à sentença condenatória, recordemos o fim de Bin Laden.
Sem advogado de defesa nem júri nem julgamento, foi abatido a sangue frio por forças dos EUA e Obama festejou a sua morte. Também nós.

Afinal, qual a diferença entre o assassino Bin Laden e os assassinos de Boston? As suas nacionalidades, o número de mortos, o local do crime!? Nada disso conta: se os EUA deitaram a mão ao antigo aliado panamiano Noriega e foram às águas da Guiné-Bissau capturar um barão local do narcotráfico, podiam ter feito o mesmo a Bin Laden.
Mas não quiseram esse estorvo nas mãos nem criar um mártir que provocaria romarias a uma Meca do terror. Por isso Obama mandou matá-lo sem presunção de inocência, sem advogado e sem julgamento.
Um método contrário à lei, o que é paradoxal. A América das liberdades agiu ilegalmente para libertar a Terra de um dos mais tenebrosos assassinos de sempre.
 
E é exatamente por isso que a pena capital legalmente definida é um imperativo civilizacional. Para que ninguém, presidente americano incluído, possa decidir a morte de quem quer que seja fora dos tribunais.

!!!!!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Argúcia, Ministério de Estado e estado da argúcia


 
Um dos paus mandados de Paulo Portas veio a público dizer que a Economia deveria ser promovida a Ministério de Estado. E logo Álvaro, o ministro na berlinda, bateu palmas, sim senhor, é isso mesmo!
Como se ser de Estado contasse alguma coisa neste jogo de forças em que a força do ministro Gaspar – de Estado – faz o que muito bem entende, fazendo Passos fazer de PM decorativo.
Ansioso por se manter no poder, mas sem força para afrontar Passos, Portas manda recados para dentro do campo como se ele próprio não estivesse a jogar!
E é dentro das quatro linhas que as finanças têm dado absoluta prioridade às contas certas arrastando a economia para incerto futuro.
Esse é o problema.
Mas parece haver alternativa. Ecos vários fazem crer que se deve infletir tal caminho, o que o CDS subscreve, mas não convence Gaspar, o contabilista que despreza a Curva de Laffer.
E Portas, à falta de melhor, levanta a voz, qual arguto ventríloquo. Argúcia homóloga à do aplauso do Álvaro, sitiado no campo minado entre o guardião da tróica e a comunicação social a que não caiu no goto.
 
Ora não é com burocratas ansiosos por carimbos Ministério de Estado que a economia sai do charco e Portugal levanta cabeça. É com políticas, com políticas de outros políticos, nunca com Passos e Gaspar.

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domingo, 14 de abril de 2013

Nova República em Espanha



A monarquia espanhola, nos últimos anos, tem demonstrado a superioridade de um regime republicano.

O rei e as suas peripécias botsuanas com a namorada alemã, a caça a elefantes e a fratura da anca, fraturaram a estabilidade política do país.

Mais recentemente, um genro deste mesmo senhor foi apanhado em negociatas indignas e a turbulência acentuou-se.

E hoje, "Um mar de bandeiras tricolor inundou as ruas de Madrid para comemorar o 82º aniversário da II República e reclamar um referendo sobre a chefia do Estado." [publico.es]

Esta onda republicana, que não é nova, lembra-nos, há um par de anos, a alusão à grega rainha Sofia em graffiti muito próximos de
Expulsão da rainha estrangeira!
 
Embora se desconheça a dimensão desta corrente republicana, não se prevê que, a curto prazo, Espanha mude de regime. Nem interessa a Portugal que o seu vizinho encete uma transição convulsiva.
 
Mas uma coisa é certa, o fermento está lá, é crescente a impopularidade daquela ociosa família e um dia a mudança pode ocorrer. Os espanhóis bem sabem que numa República, pesem embora todas as manipulações, é possível afastar quem pratica desmandos. Não é, por enquanto, o caso deles, que não passam de súbditos, coisa muito diferente de Cidadãos.
 
 
 
???
 

sábado, 13 de abril de 2013

PSD trai Portugal louvando Relvas


 
Conselho Nacional do PSD aprova voto de louvor a Relvas
O texto foi aceite pela mesa do Conselho Nacional do partido e o voto de louvor ao ministro Miguel Relvas foi aprovado por uma larga maioria - 174 votos a favor, três abstenções e um voto contra (Virgínia Estorninho). http://www.publico.pt/politica/noticia/poiares-maduro-participa-no-conselho-nacional-do-psd-1591200
 
Um louvor a Relvas, o aldrabão!!!

O PSD louvar Relvas é informação privilegiada: ninguém se iluda com Passos, com a sua corte ou com a "social democracia" de tais gabadores.

E agora entre aspas:
"voto de louvor ao ministro Miguel Relvas foi aprovado por uma larga maioria - 174 votos a favor, três abstenções e um voto contra (Virgínia Estorninho)."

Novamente sem aspas: 98% dos conselheiros nacionais do PSD apoiaram as aldrabices, a traficância do canudo flan, as viagens fantasma e as moradas falsas para vigarizar a Assembleia da República.


Só faltou encomendarem-lhe uma estátua!!! E é este o partido que "governa" Portugal!!!

Só nos resta um caminho: livrar Portugal destes 98%.

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Picha d'oiro


 

Mário Zambujal foi jornalista e escreve livros com capítulos tão agradáveis como roliças crónicas sequenciais.
Habituou-nos, desde a Crónica dos bons malandros à sua pena leve, ao tom descontraído e à autenticidade cativante.
No último, Cafuné – Tropelias do secretário da amiga da aia da rainha, o estilo Zambujal prende-nos às tropelias de um e às hormonas das outras, emolduradas em tempo de invasões francesas.

O picha d'oiro também enrica o novelo. Generoso frequentador de bordel honesto, entra na trama para lhe dar cor e tutelar uma sobrinha que concorre com uma mulata brasileira nas manobras do cafuné.
Confuso!? Nem por isso, caro leitor, estimada leitora, apenas um pequeno incitamento para que largue tudo e vá à procura do livro.

E é também um lamiré às almas mais puritans: mostra como a arte põe picha em pura prosa sem qualquer dor ou remorso.

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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Pontos de rotura – ética e anímica



Relva caiu esgotado. Psicologicamente exausto, ele o confessou. Faltou-lhe a estaleca para resistir aos dedos que, com razão e por todo o país, lhe apontaram o descaramento, a indignidade da traficância "académica" e o elegeram como símbolo nacional da desonestidade.
Nada o define melhor que o simbolismo anedótico que corporizou. As anedotas, os ditados populares e os ditos jocosos foram reformulados, com o seu nome como fermento de humor.
E o engenho irónico português, a criatividade dos desenhadores e a graça dos humoristas tiveram um pico de euforia. Relvas nas anedotas, Relvas nas larachas de amigos e Relvas nos cartoons proporcionaram aos portugueses fartas gargalhadas, sorrisos felizes e o júbilo de quem encontrou um escape lúdico para a aldrabice mascarada de política.

A ambicionada imagem de estadista foi massacrada vezes sem conta. E substituída por uma auréola de fingido aldrabão. Aldrabão confesso, relembremo-nos a bem da sanidade mental coletiva.
A última gota veio da juventude. Caiu aos pés dos estudantes de Gaia que o martirizaram com Grândola, Vila Morena, e os do ISCTE que o acossaram ao ponto de fugir pela porta dos fundos, arrastado pelos guarda-costas. Portugal reteve a sua cara de pânico. Crato apenas picou o balão, que se esvaziava.
Confesso aldrabão já era público e débil se confessou em discurso oficial. Saiu com um carimbo autocolante. Ele próprio identificou o seu ponto de rotura anímica!

Tudo isto nos conduz à antiga sabedoria:
Não queiras remendão ir além do chinelo!
Ou seja, Miguel Relvas perdeu o pé por ter ido além do seu chineleco. Malabarista, manobrou as distritais do PSD, empurrou Passos para o poleiro e aninhou-se sob a sua asa grata. Grata e protetora – Relvas, o não assunto! – mas tinha pés de barro.
Sem envergadura política nem dignidade pessoal, desboroou-se perante um povo que não lhe perdoou ter adotado padrões de república de bananas: ponto de rotura ético.
Mas deixou um rasto a habilidades e manobras que federá até o bom senso ser restaurado.
O exemplo-cereja da sua indigente passagem pela Gomes Teixeira é a telenovela angolana recentemente lançada pela RTP. Encenação primária e mamas e pernas como engodo em vez de representação é o que fica do servicinho ao cleptocrático regime angolano. Angola merece ser bem representada e Portugal não precisa que o dia-a-dia dos angolanos nos seja infantilmente caricaturado.

Num balanço sumário da mancha Relvas, é óbvio que a sociedade se impôs à classe política. Apesar da placidez comodista de muitos, apesar da manipulação e do medo ainda serem pratos fortes, Portugal é uma democracia e a liberdade é bem usada pelos portugueses.
A lição a tirar é que quando as sociedades se norteiam por sólidos padrões éticos não toleram roturas neste domínio, sejam quais forem os pontos de rotura anímica dos seus políticos.

Olha-se para a Europa civilizada e vêm-se frequentes tombos de quem pisa o risco. Em Portugal foi o que se viu, Relvas longamente impune, o PM querendo abafar o escândalo e o PR, temos PR!?

Moral da história
Só um ponto ético elevado evita roturas na dignidade de Portugal. Está na nossa mão, não há Merkl que nos valha.
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quarta-feira, 10 de abril de 2013

O despiciendo Tribunal Constitucional

O Tribunal Constitucional não é necessário. É um despiciendo braço partidário, uma excrescência estrutural e um peso financeiro.

Precisamos, isso sim, de um verdadeiro Tribunal com independência judicial e não da mancebia partidária-judicial do atual TC.
Vejamos a sua composição. Ao contrário da sua própria oratória, não é um verdadeiro tribunal. Um tribunal autêntico é constituído exclusivamente por magistrados de corpo inteiro, com uma carreira dedicada a 100% à aplicação da lei.
Pois o TC, segundo o artº 12º do seu estatuto (Lei 28/82 alterada pelas Leis 143/85, 85/89, 88/95 e 3-A/98) "é composto por 13 juízes sendo 10 designados pela Assembleia da República e 3 cooptados por estes."
Mas só 6 destes 13 são "escolhidos de entre juízes dos restantes tribunais. Os outros 7 de entre juristas.

Por outras palavras, a maioria absoluta dos juízes do TC são braços partidários (a atual presidente da Assembleia da República é disso a demonstração pública mais conhecida pelo lado do PSD), outros são nominalmente independentes, embora nas boas graças de um ou outro partido.
Temos, então, um verdadeiro tribunal no Tribunal Constitucional!?

Nem pensar, muito longe disso. É uma inequívoca emanação partidária, embora os seus juízes apareçam na televisão com becas e colares. E por mais declarações de isenção que vertam em comunicados, só incautos esquecem aqueles vínculos partidários.

Por isso mesmo, recentes as pressões do Passos sobre o TC a propósito do OE 2013 não surpreendem. Ele sabe bem que os destinatários da sua chantagem não são insensíveis à voz de S. Bento. Só que, desta vez, a balança justiceira não agradou ao PSD. Daí as ameaças veladas de dissolução deste órgão.

Venha ela, que vem por bem.
A extinção do Tribunal Constitucional clarificaria o aparelho judiciário português. Além de o tornar mais fiável.
Basta, no diploma que o suprima, transferir a sua missão para o Supremo Tribunal de Justiça, dotando este de uma Secção Constitucional.
O Supremo Tribunal Militar também foi extinto e o país nem deu por isso. E o mesmo ocorrerá no dia em que o Supremo Tribunal Administrativo tiver esse fim. Parêntesis: não há tribunal supremo se foram dois os supremos, como hoje!
Sem infiltrações partidárias nem canais parlamentares inquinados, a apreciação de constitucionalidade e o exercício das restantes funções serão mais credíveis quando estiverem a cargo do Supremo Tribunal de Justiça.
Ah, mas a Alemanha tem um TC. Pois tem, tal como também tem um Presidente de fachada, eleito dentro das quatro paredes do parlamento, sem poderes, uma figura de corpo presente. E não é por isso que a Alemanha deixa de se desenvolver ou desespera por acórdãos sobre o orçamento federal.

A verdade é que o que é alemão nem sempre é exportável, e neste caso ficaremos muito melhor escorados judicialmente quando os partidos forem afastados das apreciações de constitucionalidade e da lisura eleitoral.
E os portugueses rejubilarão assim que o Tribunal Constitucional for extinto, pois não têm em grande conta um órgão tão partidarizado a velar pela boa aplicação da Constituição da República.
 
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terça-feira, 9 de abril de 2013

Celebração Ética da demissão do Relvas


Ontem celebrou-se a demissão do aldrabão Relvas.

Foi frente à Assembleia da República, no mesmo local onde, durante 39 segundas-feiras, ininterruptamente, vários Cidadãos contestaram a sua presença no governo Passos.

À volta de duas garrafas de champanhe e de muitos bolos e biscoitos se juntaram 14 das pessoas que mais regularmente ali clamaram:

Para a decência não há equivalência !
 
As imagens não enganam: o ambiente foi de festa.




 
E entre os tão convincentes cartazes ainda se celebrou o falecimento anímico do aldrabão, cantnado Grândola, Vila Morena:
 
Clicar na foto para ouvir
 
 
E no próximo dia 22 – segunda-feira, claro! – aqui estarão novamente muitos destes cantadores para reencontrar os que aqui não puderam celebrar hoje.
 
 

sábado, 6 de abril de 2013

Ai **

Quadras
 
 


Ai    **

 

Ai poetas, poetisas,
ai vossos ais decifrando
ai vejo trovas narcisas,
ai rindo e ai chorando.

 
Ai vislumbro amor vibrante,
ai bem-querer, confiança,
ai tão terno, escaldante:
ai duradoura bonança.


Ai certos dias felizes
ai sol, ai lua, enlaçados…
Ai feridas, cicatrizes:
ai finais angustiados.

 
Ai evocam desenganos,
ai ódio, angústia, incertezas,
ai ultrajes desumanos,
ai dor, lágrimas, tristezas.

 
Ai as juras renegadas,
ai esses olhos em pranto,
ai ilusões afundadas:
ai amargo desencanto!

 
Ai desejo arrebatado,
ai intensa dor ardente
ai num peito atormentado,
ai exige afago urgente.
 

Ai rimar perdidamente,
ai tant'amar quanto sofrer
ai tem consolo evidente,
ai queiram as musas foder!!!

 

Manuel A. Madeira
5 de Abril de 2013