terça-feira, 28 de outubro de 2025

Mulheres com burca são seres humanos enjaulados



Anda por aí uma onda de contestação ao projeto legislativo de banir a burca das nossas ruas:

– São tão poucas…

– É cumplicidade com o Chega…

– É para desviar as atenções do orçamento de Estado…

– Portugal tem problemas maiores…


Será, mas é inegável que as mulheres que usam tal vestimenta nada têm de mulheres livres no Portugal livre. São coagidas pela tradição ou pela tradição fundamentalista islâmica de minimização da dignidade humana.

São obrigadas pelos desumanos pais, irmãos e parentes. São forçadas a não ser gente, apenas utilitárias. Com a complacência de políticos que berram sobre liberdade e democracia… 

Portugal ainda hoje tem mulheres, mas mais nas aldeias do interior, que no pino do inverno põem xailes que só lhes deixam ver os olhos. E muitos dos apologistas da liberalização da burca, talvez tenham tido avós dessas. Mas avós livres, que se livravam do tapume, mal o tempo melhorava.

E no Portugal do século 21 até dói nem ver os olhos das mulheres emburcadas. A burca não é roupa, é um estilo de coação. Mulheres e raparigas assim entaipadas com burca merecem que algo se faça para as libertar do jugo medieval.

 Que os 230 sejam dignos seres humanos, não paus mandados de medievos Velhos do Restelo!!!

Que contribuam para que Portugal seja um país sem burcas nem tiranos domésticos, pois a burca é uma demonstração de violência doméstica!

A proibição da burca fará de Portugal um país digno e os portugueses mais respeitadores da dignidade das mulheres.

sábado, 17 de maio de 2025

Bugigangas derrotaram o Fiel Amigo


A Rua do Arsenal era o armazém lisboeta do bacalhau, das caras do dito e do pichelim (barato, pouca carne, mas dava sabor ao arroz dos pobres).  Várias casas o vendiam, além de feijões diversos, bebidas e miudezas para a cozinha.

A partir de certa altura, ali apareceram ingredientes africanos e depois asiáticos.

Tudo muda e a rua onde havia sempre feijão canário também mudou. Piorou!

Tem agora restaurantes, vários, e também várias lojas de bugigangas baratuchas para turistas despacharem as últimas moedas.

Vencidas pelas grandes superfícies, resta uma sobrevivente, uma pérola, a Pérola do Arsenal.

Oh Pérola, vê se te aguentas, não te trespasses às bugigangas!!!

sábado, 5 de abril de 2025

Um vinho decente



O Ponte de Negrelos é um agradável verde. [Não tenho ações, comissões ou interesses na casa produtora]
 
Mas aqui o que vem à baila é vir com rolha de cortiça, ao contrário da esmagadora dos vinhos portugueses engarrafados.
 
Enchemos a boca com o "Portugal é o maior produtor mundial de cortiça", mas a generalidade dos vinicultores tapam as garrafas com rolhas de corticite (aglomerado de cortiça dizem os puristas).
 
Em vez de valorizarem os vinhos com rolha da boa cortiça, não, fazem a pior promoção até de vinhos bons. De facto, ao abrir uma garrafa de vinho, o apreciador logo tropeça na malfadada corticite. Como se a rolha de cortiça não fosse um excelente cartão-de-visita!
 
Ao argumento do custo mais elevado da rolha de cortiça, conviria confrontá-lo com o dos rótulos…

Por tudo isto, daqui, desta singela peanha, vai uma respeitosa vénia à SOMIDOL - Sociedade Vinícola, de Famalicão, que dá ao Ponte de Negrelos a cortiça que merece.