quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Zimbábue – Um golpe militar bom?
Há meses, numa sessão em Oeiras, o ativista pela liberdade em Angola Luati Beirão manifestou grandes reservas a um "25 de Abril" angolano.
Preferia, declarou, que o regime ditatorial de Eduardo dos Santos tivesse uma transição civil para um governo democrático.
E esta é, em geral, a posição dos cidadãos dos países reféns de ditadores. Quando os militares saem dos quartéis nunca se sabe ao que vão. E África conhece bem o historial de ditadores apeados por golpes de Estado militares rapidamente substituídos ditadores militares.
E entre ditador e ditador militar nem o diabo tem escolha...
Ora os militares zimbabueanos fizeram um golpe de Estado a que chamaram não golpe. Os tanques vieram para a rua e o mesmo aconteceu ao velho ditador Mugabe que matou milhares e esfomeou milhões.
Ninguém morreu e depois de algumas hesitações o cruel ditador despediu-se com uma carta. O zimbabueano comum pode chamar-lhe carta de alforria!
E se nenhum militar ocupar a cadeira presidencial também pode proclamar aos quatro ventos que o golpe não golpe foi um bom golpe!
+++++
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Marcelo abençoa mitologia contracivilizacional
Antes de ler o comentário Formigarras vale a pena
ler o miolo da notícia.
Elogios à parte e
apartando a enorme lista de amigos do Marcelo, o sumo do artigo é o
reacionarismo desta fação católica, que criou colégio para rapazes e colégio
para raparigas!!!
Como se a vida não
fosse partilhada entre uns e outros, como se vivêssemos no tempo da parelha
ideológica Salazar-Cerejeira. Como que a querer ignorar as hormonas...
E o Estado, todos nós,
lá vamos subsidiar esta anacrónica forma de deseducar, que esta gente muito se
pendura no Orçamento de Estado.
Em 2017, o PR de um
Estado laico abençoa a atitude contracivilizacional de um aparelho mitológico.
Ai se houvesse deus...
_ _ _ _ _
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
Forum TSF alimenta subserviência nacional
Manuel Acácio, animador do Forum
TSF, em edição recente, em diálogo com outra juíza, fez referência ao contracivilizacional
da Relação do Porto como
“sotôr juiz”
Como se propaga a hipócrita subserviência
nacional…
Em conversas amenas do
dia-a-dia, estes magistrados são referidos por juízes, simplesmente juiz se for
o caso. Não há português que não o faça. Normal.
Mas se a discussão aquece, muda
o tom, chovem impropérios e todos os juízes de Portugal ficam de orelhas em
brasa.
Poucos portugueses têm uma
imagem positiva da justiça, poucos, pouquíssimos. E por isso são zurzidos nas
mesas de café. E os visados sabem disso.
Em contrapeso e com intenção
nada ingénua, muita gente que se vê nas malhas judiciais usa aquela forma para
bajular ou simplesmente para não criar arestas. Contudo, é uma expressão indigna
de um povo que tem um Estado de Direito. E é este Direito que faz dos
portugueses Cidadãos, não coitadinhos.
E Cidadãos dirigem-se com
dignidade a quaisquer interlocutores. Sem mesuras nem adulação oral ou escrita.
Ora, um programa que acalenta a desmontagem de “verdades feitas” propaga
esta anacrónica “doturice” nacional: “sotôr juiz”.
Pouco serão doutores de
doutoramento, mas todos são senhores, a primeira parte da corruptela “sotôr”.
Mas Manuel Acácio, que faz
programas equilibrados, que tira o gás aos intervenientes verborreicos e trava agressões
orais a figuras em discussão, deu corda a uma das piores pechas nacionais,
Manuel Acácio é melhor do que
esta sombra. Muito melhor.
Por isso, siga a banda, levante
a cabeça e estude a pauta…
_ _
Subscrever:
Mensagens (Atom)