Manuel Acácio, animador do Forum
TSF, em edição recente, em diálogo com outra juíza, fez referência ao contracivilizacional
da Relação do Porto como
“sotôr juiz”
Como se propaga a hipócrita subserviência
nacional…
Em conversas amenas do
dia-a-dia, estes magistrados são referidos por juízes, simplesmente juiz se for
o caso. Não há português que não o faça. Normal.
Mas se a discussão aquece, muda
o tom, chovem impropérios e todos os juízes de Portugal ficam de orelhas em
brasa.
Poucos portugueses têm uma
imagem positiva da justiça, poucos, pouquíssimos. E por isso são zurzidos nas
mesas de café. E os visados sabem disso.
Em contrapeso e com intenção
nada ingénua, muita gente que se vê nas malhas judiciais usa aquela forma para
bajular ou simplesmente para não criar arestas. Contudo, é uma expressão indigna
de um povo que tem um Estado de Direito. E é este Direito que faz dos
portugueses Cidadãos, não coitadinhos.
E Cidadãos dirigem-se com
dignidade a quaisquer interlocutores. Sem mesuras nem adulação oral ou escrita.
Ora, um programa que acalenta a desmontagem de “verdades feitas” propaga
esta anacrónica “doturice” nacional: “sotôr juiz”.
Pouco serão doutores de
doutoramento, mas todos são senhores, a primeira parte da corruptela “sotôr”.
Mas Manuel Acácio, que faz
programas equilibrados, que tira o gás aos intervenientes verborreicos e trava agressões
orais a figuras em discussão, deu corda a uma das piores pechas nacionais,
Manuel Acácio é melhor do que
esta sombra. Muito melhor.
Por isso, siga a banda, levante
a cabeça e estude a pauta…
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