Quando os jornais, as televisões ou a justiça portuguesa apontam o dedo a negócios chorudos, a métodos ditatoriais ou roubos de milhões à corte cleptocrática instalada, Luanda reage através do Jornal de Angola.
Por vezes armado em guardião de valores democráticos, ele que é porta-voz, agente e branqueador de um regime que espezinha o povo, atira pedras a Portugal e a certos portugueses.
É fogo de artifício para consumo interno, para inglês ver, pois o cruzamento de interesses entre Angola e Portugal já é tão estreito que nenhuma das partes quer partir muita loiça.
Só o qb para parecer que a ditadura reage em defesa da honra.
Desta vez a caricatura vai na mesma linha e põe num dos pratos da balança bancos, jornais e empresas portuguesas.
Com ar pimpão, o boneco insinua que Angola tem recursos para comprar isso e muito mais. A mensagem subliminar é a da riqueza, do poder e da pujança desse país.
E obviamente que a mensagem é para os iletrados e hipermanipulados cidadãos angolanos.
Pura poeira para os olhos, pois o angolano atento já não se deixa levar. Sabe bem que todo o património português comprado com dinheiro do petróleo angolano apenas enriquece a criminosa corte de Eduardo dos Santos.
Esse mesmo angolano decente bem gostaria, 521 anos depois de Diogo Cão ter chegado ao Congo, que a filha Isabel do ditador Santos não fosse multimilionária. Seria sinal de que os recursos de Angola não tinham sido tão despudoradamente roubados.
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