Em 12 de Abril de 2012, imediatamente antes da segunda volta
das eleições presidenciais, os truculentos militares fizeram mais um golpe e o
território entrou em regime de "transição.
Depois de muitos assassínios e agressões por "homens
fardados", as eleições presidenciais do passado domingo foram dadas como minimamente
"livres e justas".
Alguns países empenharam-se e financiaram estas e as
anteriores legislativas. Veremos se recebem o retorno esperado: paz na
Guiné-Bissau.
Para apurar o impacto imediato destas eleições há que estar
atento aos próximos passos dos eleitos. E tudo se resume à atitude do agora eleito
presidente, José Mário Vaz, e do PAIGC, vendedor das eleições legislativas de
Abril, perante os chefes da tropa golpista.
Estabilizada a turbulência eleitoral, normal em qualquer
país, terão de ser tomadas decisões, a mais importante das quais é a da tutela
dos militares.
Não são muitos os cenários; apenas dois. Os legítimos
representantes dos guineenses:
– pactuam com os
golpistas, mantendo-nos nos lugares usurpados ou– os demitem imediatamente, substituindo-os por oficiais impolutos nunca envolvidos em golpes.
E se, dentro de semanas, António Indjai e seus sequazes não
tiverem sido removidos dos cargos que alcançaram a poder de Kalasnikhov, tudo fica
claro: a Guiné-Bissau tem um futuro muito escuro!
E os amigos dos guineenses sentirão a frustração da inutilidade dos apoios logísticos a mais este balão de esperança na reintegração guineense na comunidade dos países civilizados.
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