Mourinho, sabe-se há muito, entrou no futebol como tradutor.
Por isso sabe alguma coisa de gramática.
E Jorge Jesus nunca terá visto nem sequer um prontuário, mas
sabe de futebol, como se sabe que não diz uma frase escorreita.
Ora numa troca de galhardetes sobre o Talisca, vai, não vai,
é, não é conhecido no mercado da bola, José Mourinho pôs-se em bicos de pés para
depreciar Jesus. Invocou Dumas, pôs o seu ar pimpão, aquele esgar empalhado, alegando pertencer a outro campeonato cognitivo.
Ficou mal no retrato. Ficou uma máscara roskoff, a mesma que tantos políticos mascara.
Pelo contrário, Jorge Jesus, sóbrio, sacudiu para canto,
desvalorizando a diatribe daquele que considerou seu amigo.
Moral da história
Jesus, apesar de tropeçar na língua portuguesa, foi um digno
adversário, mas o eloquente Mourinho não fez jogo limpo, em caneladas às
quatro linhas.
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