Foi conduto de ceifeiras,
abegões e tanoeiros;
engordou alcoviteiras,
empanzinou adegueiros.
Fartou maltês e madraço,
e até um ciganitodividia o seu pedaço
com escanzelado canito.
pelava-se por ele salgado,
por um niquinho atraído,
em vinho de missa afogado.
Dos mais pobres foi sustento
em receitas gordurentas.
Ateou padecimento,
fezes das mais agoirentas.
Com ilusão de fartança
foi o falso condenado,
maldito réu sem fiança
por dotôres atazanado.
Com a tróica regressado,
veio com juras de frugal,
volta aos caldos
acossado,
engana fome a Portugal.
pé ante pé, de mansinho;
fingindo
ser borralheiro
é peçonhento toicinho!
Fezes (Alentejo):
Situações difíceis,
dificuldades, problemas
.
© Manuel A. Madeira
20 de Junho de 2011
[V2 – 26.Fev.2015]
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