Três bisnagas
Dores
nas cruzes, nos artelhos;
e a gota dos joelhos,
os
quebrantos à mistura
com os
gases e a soltura.
É um
rol de amarguras:
enxaquecas
e tonturas,
falta
de ar, palpitações,
os
pecados, ruminações.
O catarro
e a espertina,
a
pieira matutina,
anemia,
pé dormente.
Ai vigor
d'antigamente...
A injeção,
xaropadas,
três
bisnagas, três pomadas,
comprimidos
às mancheias,
o azul
p'rás odisseias...
A
cabeça num novelo;
e a
dor de cotovelo!?
Ai os
nervos, cataratas;
não há
mezinhas baratas!
Enorme
fé num milagre,
caçar
moscas com vinagre,
mas a
santa milagreira
faz
vista grossa, matreira.
Resta
apostar, jogar tudo,
viver em
modo peitudo:
descartar
a choradeira,
tornar
a vida gaiteira.
© Manuel A. Madeira
11 de Agosto de 2015
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