Não há, nos dias que passam, qualquer dia sem notícias de imigrantes,
naufrágios mediterrânicos e fronteiras apinhadas de gente aflita.
A aflição da fome e da morte, da perseguição e da desesperança tem trazido
para a União Europeia muitos, muitos milhares de pessoas desesperadas.
Mas a fuga de tantos africanos e asiáticos é também fruto da cumplicidade
europeia com corruptas quadrilhas, fingidas figuras de Estado. Disfarçadas de
fato e gravata ou em vestido plissado, rapinam os seus países e roubam o futuro
a muitos povos de África em parceria com traficantes europeus de vários
negócios. Sob o oficialíssimo fechar de olhos dos Estados-Membros da União
Europeia e da omnipresente Comissão que a lidera.
Ora a UE, em vez de apenas equacionar estratégias de apoio aos refugiados,
tem, primordialmente, de criminalizar e levar a julgamento os "homens de
negócios" UE cujas empresas, multinacionais e imperiais, suportam aqueles
corruptos, com eles traficam e parasitam os recursos de povos esfomeados.
Até lá restam os paninhos quentes, patrulhas navais mediterrânicas e asilo
a conta-gotas, sandes e água de litro e meio no desembarque, cães polícias e
lágrimas de crocodilo.
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