quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Dois refugiados portugueses




Presentemente há milhares de refugiados africanos a procurar a Europa. E há-os igualmente do Médio Oriente, especialmente da Síria, mas também chegam pessoas desesperadas da Ásia.

E na mesma União Europeia tábua de salvação para muitos, dois portugueses são igualmente refugiados. Fogem do próprio povo.

A Passos Coelho, primeiro-ministro, e ao seu irrevogável conselheiro-mor Paulo Portas, autores de draconianas medidas "além da tróica", nem o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados pode ajudar.

De facto, o socorro chega-lhes apenas da PSP, através do seu Corpo de Segurança Pessoal, que, 24 horas por dia, lhes mantém um perímetro que os isola dos outros portugueses.

A verdade é que estes mesmos portugueses não esquecem as mentiras, os enganos e a demagogia que aqueles dois lhes impingiram durante a campanha eleitoral de 2011. E agem em conformidade, apontando-lhes o dedo onde quer que Passos e Portas se desloquem.

Lembram-se muito bem dos esgares e apertos de mão do Portas em tudo o que era feira e mercado municipal, onde ele se saracoteava a aspergir promessas a pataco. Como bom beato falso!

E nem o mais distraído se esquece das pomposas declarações do Passos a garantir integridade salarial aos mais frágeis e a jurar que não beliscaria as reformas aos avós nos lares que visitava. A garantia às tais miúdas numa escola esfumou-se mal se acomodou no poleiro.

Por isso, no caça votos que aí está, Portas e Passos só são vistos em espaços fechados, rodeados de correligionários, cordões de segurança e Corpo de Segurança Pessoal da PSP.

Adeus feiras e escolas, adeus pavilhões e arruadas. Nunca as suas aparições foram tão encenadas. E distantes do Zé Povinho. Movem-se apenas de redoma para redoma, que o povo, esse mandatário da soberania, é bom lembrar, se os apanha à mão diz-lhes das boas. Sem armas nem agressividade. Apenas fazendo ecoar a pobreza, a desesperança e a deceção pelas mentiras destes dois foragidos.

E Passos e Portas, fugindo da generalizada reação popular, refugiam-se na polícia, enclausurados pelas suas próprias falsidades.

Bom seria que não obtivessem asilo eleitoral em S. Bento nem na Teixeira Gomes.

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