O PM grego leu livros de estratégia.
E leu livros de tática.
Alguns comentadores, muita gente incauta e uns tantos especialistas ficaram eufóricos com a
convocação do referendo de há oito dias:
– Grande homem, deu
voz ao povo!!!
E quanto vibraram com folgada maioria do Não...
Note bem, caro leitor, prezada leitora, o Não foi o Não ao
pacote de medidas exigidas pelo tróicos.
Pois bem, ainda os vivas ao "glorioso" Não estavam a secar nas gargantas e eis mais um piparote.
O PM e chefe do Syriza põe os seus deputados a votar o Sim
às referidas medidas, agora sob a camuflagem de terceiro resgate. Aprovadas esta madrugada, diferem em 0,000001% das que foram a votos e que Tsipras
escondeu dos gregos. Foi a Comissão Europeia a divulgá-las.
Um partido, uma equipa política e um líder, quando se
candidatam e vencem eleições, devem ter propósitos responsáveis.
Dentre eles, promover o desenvolvimento e a saúde financeira
do país e melhorar as condições de vida dos concidadãos. Evitando, tanto quanto
possível, o sofrimento do povo.
Tsipras fez exatamente o contrário. Como estratega burlesco,
intimidou os gregos com o fecho dos bancos e a penúria dos pobres, acelerou e explorou
a iminente bancarrota do país e mal se ufanou do Não
pôs os deputados a votar Sim.
Legitimado pelo Não correu
para o Sim !!!
Para dar o sim a Bruxelas, Washington e
Frankfurt este folhetim era dispensável. Tal como o horror que transmitiu aos
seus e aos que apoiam a Grécia no Euro.
Sempre a sorrir. Ele e o fujão Varoufakis.
Muito riso, pouco siso!!!
A Grécia e a União Europeia bem dispensavam táticas doutros tempos, doutros países, agora mal plagiadas por irresponsáveis.
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