Diz-se que o PAN anda por aí a invetivar os ditos populares, alguns tão ou mais antigos do que a nacionalidade,
Mostra um certo radicalismo pequeno-burguês de fachada urbano-ambientalista.
Ninguém lhe liga, são ridicularizados, pelo que podem recuperar o fôlego se investirem no expurgo de mitos bem mais perniciosos, um deles cravado na sociedade portuguesa que nem carraça em pele humana: O mito da hóstia católica.
Proclama o manual desta confederação ideológica que a hóstia simboliza o sangue de Jesus da Nazaré. E que comê-la purifica.
Ora, essa deglutição constitui um duplo paradoxo.
Primeiro paradoxo: comer sangue sólido. O sangue desse Jesus seria líquido como o do leitor ou leitora, porém, milagrosa e mitologicamente convertido numa bolachita fininha de farinha de trigo amassada com água.
Segundo e dramático paradoxo: pessoas que comem sangue humano tornam-se canibais, pois Canibal é o indivíduo que se alimenta de outros da mesma espécie.
E o PAN voltaria às boas graças do Zé Povinho se desse um empurrão no desbaste deste mito. De facto, não é crível que os católicos que comem hóstias queiram ostentar Canibal no cartão de visita!
Especialmente hoje, em que a Missa do Galo dá ao protegido do PAN um uso que não constará do programa do partido.
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