quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

CGD, os crimes e a proteção dos criminosos

A Caixa Geral de Depósitos tem créditos incobráveis de milhares de milhões e foi alvo de uma auditoria que a sua administração recusa divulgar.

O governo, sonso, diz não a ter.

Dessa auditoria Joana Amaral Dias publicou ontem uma lista de grandes devedores,  parcial será, mas aqui está:


Esses créditos foram concedidos por administradores à revelia das recomendações técnicas de especialistas em risco de crédito bancário.

Falta, por isso, a lista dos que tomaram tão danosas decisões. Para que os portugueses saibam quem tão irresponsável e criminosamente destruiu a economia nacional. E para que não sejam só os pilha-galinhas a pagar pelos crimes cometidos.

A CGD pode alegar mil argumentos para o engavetamento do documento.

Há, porém, um bem maior: a prestação de contas a quem a recapiltalizou: o Zé Povinho.

Mas enquanto o Costa e o PS não derem derem ordens à Caixa para por o relatório a descoberto desacreditam-se tanto como toda a classe política.

Se esta já é vista como maioritariamente indigna, abafar os crimes cometidos na CGD pode salvar a pele e os milionários prémios "salariais" dos criminosos, mas enterra a dignidade dos políticos portugueses.


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Rodapé
O tradicional vício de opacidade talvez invoque o segredo bancário, talvez, mas Paulo Macedo, apesar da auréola de impoluto, sairá salpicado deste lamaçal.


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