terça-feira, 10 de março de 2009
Golpe de Estado camuflado na Guiné-Bissau
Foi hoje enterrada a última vítima do golpe de estado camuflado na Guiné-Bissau, o seu presidente. Bernardo Vieira, foi assassinado há uma semana por um grupo de militares, provavelmente do Batalhão de Mansoa, que bombardeou com RPG7 e metralhou a sua casa durante uma hora.
Não conheço Bissau, mas será uma pequena cidade. Por isso, suspeito que só no Estado-Maior da tropa não terá sido ouvido tal tiroteio. Como convinha... Também a Polícia terá feito orelhas moucas, esta por auto-defesa.
A tropa rapidamente se organizou em comissão de gestão da cúpula militar. Também não conheço a Constituição do país, mas não é provável que tenha um dispositivo de auto-organização das suas Forças Armadas.
O porta-voz daquela auto-proclamada comissão de gestão, Zamora Induta, afirmou, no dia do assassínio de Estado, que a tropa reconhecia os órgãos institucionais e estava disponível para negociar com o Governo. Negociar, não obedecer, como compete a qualquer Exército digno.
Estes são factos recentes. Se a eles juntarmos "ocorrências" de uma década, são evidentes actuações dos militares da Guiné-Bissau à revelia do poder político legítimo.
Se isto não é golpe de Estado, só porque os militares dizem que não é...
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