sexta-feira, 5 de março de 2010

Os meia dose

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A perfeita caminhada
Não acaba às três pancadas,
Tem de ser apaladada
Com um bom par de garfadas.


O caminheiro encartado,
Não dá a coisa acabada,
Com bolhas ou encharcado,
Sem a coisa bem regada.


Finda a coisa, regalado,
Rega pastéis e painho
E depois o ensopado
Com a gotita de vinho.


Uma, duas, três gotitas,
E outras tantas vaidades
Com Baco, Mestre "veritas",
A levedar amizades.


Outros, porém, asseados,
Com medo do seu mau cheiro,
Desistem, agrilhoados
Pelo sonho do chuveiro.


Perdem migas, salmonete
E picante sarapatel,
Sonhando com sabonete,
Pantufas, besuntos e gel.


Desperdiçam dose inteira
Da coisa que dá o CAOS.
Desbaratam cavaqueira,
Iscas, ovas, carapaus!



4 de Março de 2010

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