Mário Zambujal foi jornalista e escreve livros com capítulos
tão agradáveis como roliças crónicas sequenciais.
Habituou-nos, desde a Crónica dos bons malandros à sua pena leve, ao
tom descontraído e à autenticidade cativante.
No último, Cafuné – Tropelias do
secretário da amiga da aia da rainha, o estilo Zambujal prende-nos às
tropelias de um e às hormonas das outras, emolduradas em tempo de invasões
francesas.
O picha d'oiro também enrica o novelo. Generoso frequentador de bordel honesto, entra na trama para lhe dar cor e tutelar uma sobrinha que concorre com uma mulata brasileira nas manobras do cafuné.
Confuso!? Nem por isso, caro leitor, estimada leitora, apenas um
pequeno incitamento para que largue tudo e vá à procura do livro.
E é também um lamiré às almas mais puritans: mostra como a arte põe picha em pura prosa sem qualquer dor ou remorso.
++++
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