É um aldrabãozeco sem escrúpulos, um ator de ópera bufa capaz de fingir a maior pose de Estado enquanto esfaqueia pelas costas quem obste às suas diatribes de troca tintas saloio.
Faz dos seus mais próximos marionetas desengonçadas, fazendo-os dançar
o seu vira não vira, como se viu no dia em que apresentou a "irrevogável"
demissão. Os ministros do CDS foram ao conselho de ministros e não foram à
posse da ministra Luís enquanto os jornais noticiavam e desmentiam as respetivas demissões.
Por isso e porque os portugueses gostam de conhecer
quem está no poder, aqui fica um forte traço da personalidade de tão fraca
figura. Do Portas, o Paulinho das feiras, evidentemente.
Ei-lo estampado na imagem que melhor poderia retratar o seu modo operatório:
Para comodidade do leitor, aqui se reproduz a parte que
interessa da legenda do Cocktail do Sol.
A imagem, aparentemente, é anódina. Foi
captada nos Jerónimos, na primeira missa de Manuel Clemente como cardeal
patriarca de Lisboa. Mas, vendo com mais atenção, repara-se na presença de Maria
Barroso e na atenção de Passos Coelho, concentrado no telemóvel. Mas o curioso
não é isto. Enquanto o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henriques
Gaspar, permanece impassível ao lado de Passos Coelho, o agora
vice-primeiro-ministro Paulo Portas, de mão na cara, espreita por cima do ombro
do chefe do governo a mensagem que este lê no seu telemóvel.
Como o Sol prestou um inestimável serviço a Portugal, daqui vai,
desta singela peanha, uma chapelada a tão eloquente imagem e ao oportuno
fotojornalista que caçou o fingidor com a boca na botija.
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