Receita simples:
não ter mais nada, nem uma nica de côdea!
Esganado, o quebranto à espreita, deu voltas ao miolo, mas
só a latinha de atum lhe bailava na cabeça.
Encontrada a clareira abrigada no ventoso eucaliptal e toca
de ir à cata da imaginada posta de conserva. Imaginada, pois a espécie era
outra e ainda por cima queimosa.
Em circunstâncias caseiras teria sido rapidamente recambiada
para o fundo da gaveta, mas a milhas dessa e das gavetas boas, outro galo cantou.
E cantou que ou iam os carapauzinhos ou iria a tenir o resto da caminhada.
E marcharam. Escapatórios, por acaso... acaso de lhes
despejar o afogueado molho.
E só depois de os comer, já mais confortado, se deu conta de que ainda tinha duas pepias.
Tivesse dado por elas mais cedo e lá teriam os carapauzinhos
inaugurado nova moda. Teriam servido de conduto a esses antigos regalos alentejanos de
massa de pão com azeite e açucar, canela e banha de porco.
Moral da história
Não ponhas na mochila o que te leve a torcer o
nariz.
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