quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Receita de barriga cheia
FMI exige medidas drásticas para evitar dívida pública de 100 por cento do PIB. Ou o Governo reduz a massa salarial da função pública, a despesa com transferências sociais e os benefícios fiscais, aumentando os impostos, ou Portugal chega a 2013 com um défice público entre cinco e seis por cento e uma dívida pública próxima de 100 por cento do PIB. As recomendações feitas às autoridades nacionais fazem lembrar as regras draconianas que foram impostas no início dos anos 80, quando Portugal atravessava uma crise profunda na sua balança de pagamentos. http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1412381
Os funcionários do Fundo Monetário Internacional têm salários de nababo para serem a voz do dono sem hesitações nem depressões. E a sua canina obediência ao modelo de capitalismo selvagem - Chicago boys, you know!? - é, invariavelmente, a mesma: cortar, cortar, cortar nos rendimentos dos que menos têm!
Nem uma palavra, nem uma única, sobre os astronómicos salários dos chefões da banca, das chorudas mordomias dos patrões dos Conselhos de Administração das empresas, das obscenas participações nos lucros (só nos lucros, que os prejuízos não são com eles...). Não estou a falar da normal remuneração do capital destas empresas, bancos e outras, refiro-me aos ordenados dos seus gestores.
E é este mesmo FMI que nem repara que o dono está a mudar, que já quer dar alguma saúde aos seus.
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