quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Tribunal de Contas burocrático


O TC travou a criação da Central de Compras do Serviço Nacional de Saúde, alegando não haver estudo que demonstrasse ganhos nas compras centralizadas. Um Tribunal de Contas que não ouviu falar em economias de escala...

Também invocou o estatuto autónomo dos hospitais EPE - Entidades Públicas Empresariais, segundo o qual não há autoridade central que os obrigue às compras unificadas. Irregularidades formais, referiu o Primeiro-Ministro, que prometeu saná-las. Mas também aqui o TC se "esqueceu" de que, nas EPE como nas holdings, há coordenação com poderes para determinar cortes nos custos.

E há poucos dias, ao criticar as contas do programa do "cheque dentista", o mesmo TC só viu rubricas, números e euros. Não lhe ocorreu que não há saúde oral nos cuidados de saúde primários, que grande número de portugueses tem os dentes numa lástima e que esse cheque é um fraco paliativo.

Podia ter pedido um estudo, mas ficou-se pela burocracia...
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