15.Out.2013
Eduardo dos Santos dixit:
Só com Portugal, lamentavelmente, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha a construção da parceria estratégica antes anunciada!
http://www.mission-angola.ch/portugues/index.php?option=com_content&view=article&id=59&Itemid=93
Eduardo dos Santos dixit:
Só com Portugal, lamentavelmente, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha a construção da parceria estratégica antes anunciada!
http://www.mission-angola.ch/portugues/index.php?option=com_content&view=article&id=59&Itemid=93
Parcerias Estado-a-Estado exigem lealdade, aceitação das culturas do outro e respeito pelos respetivos sistemas judiciais.
O que não se tem verificado ultimamente, com interesses
angolanos a mexer cordelinhos para amaciar a nossa justiça e um MNE português
em declarações de abjeta submissão àqueles interesses rasteiros.
Seja como for, o anúncio tanto pode significar rotura como
chantagem. Esta bem pode configurar uma coação para travar os Procuradores da
República nos tribunais que investigam figurões angolanos que movimentaram milhões.
Corte radical não será, pois são gigantescos os investimentos
angolanos em Portugal. Além disso, com grande peso num setor que, a prazo, visará
a lavagem da imagem da corte do ditador Santos.
E Portugal, apesar do mau momento e do pior governo, é uma
democracia. Débil, mas Estado. Com algumas instituições a meio gás, mas, mesmo
assim, muito longe do regime de descarado peculato instalado em Luanda.
E a prova de que está doente, mas não moribundo, será a
reação ponderada, firme e tranquila com que enfrentar a provocação de Eduardo
dos Santos.
Neste momento Angola é um destino privilegiado das
exportações portuguesas, podendo aquela manobra refletir-se na retração da
nossa economia.
Mas antes isso que Portugal submeter-se à corrupta batuta daquela
corte.
A nossa diplomacia está refém de um ainda ministro sem envergadura
Ética nem dimensão de estadista, pelo que muito terá de trabalhar para pôr nos
carris o canal Angola ~ Portugal. Isso é o desejável. Sem espadeirar na praça
pública nem retorquir ao pasquim luandense que serve o regime.
E se as coisas azedarem, podemos sempre sussurrar a nacionalização das ações de empresas portuguesas da filha do ditador angolano, Isabel dos Santos. As desta e as dos outros da mesma estirpe.
Mas não será preciso chegar a tanto! Nem sequer à velada insinuação
de congelamento das suas contas bancárias em Portugal.
Portugal e Angola precisam um do outro e o discurso do
Santos não passará de encenação para consumo interno. Os ânimos dos chantagistas
vão arrefecer rapidamente; "eles" bem sabem o que têm a perder.
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