Boas festas, amigo!
É uma frase natalícia, não mais que frase, que começa agora a inundar o facebook, o
correio-e e outros canais intangíveis.
Fingindo afetos autênticos não passa de automatismo de
plástico, eh pá tem de ser, pois é, não é!?
Uma mentirita banalizada, que é uma singela ilusão.
De amigo não é, certamente, que
amigo do seu amigo não dá abraços eletrónicos nem manda beijinhos insonsos através
de uma qualquer rede digital, impessoal, assética, macaqueada!
Ilusão é, isso sem qualquer dúvida, pois mascara sentimentos
com recados e confunde chinfrim com amizade.
Convide para jantar, mande flores
ou chocolates, uns queijinhos lá da terra ou uma garrafa do coração, uma
coisita com pregas ou bolos com prazo curto. Mande ou convide.
Melhor ainda, esprema as
costelas dos amigos com abraços chorosos, palmadas façanhudas ou de bochechas coladas.
Mas, pela sua rica saúde, não
mande tretas eletrónicas aos seus amigos. A emoção é produto de neurónios compinchas, com
memória; não de eletrões sem alma nem história!
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