Já não era sem tempo! Nos anteriores atentados militares guineenses à segurança do país, Portugal contemporizou, procurou sarar a gangrena.
Esta firmeza pode ter efeitos virtuosos. O ministro fala por Portugal, mas certamente que reflecte a posição da grande maioria dos pesos pesados da comunidade internacional, ou seja, os que dão dinheiro à Guiné.
Calou-se quando os militares assassinaram um candidato presidencial e um ex-ministro da Defesa, quando espancaram Francisco Fadul, Presidente do Tribunal de Contas e antigo PM e quando Zamora Induta impôs a sua nomeação como número um da tropa. O seu silêncio ou as palavras de circunstância fragilizaram as instituições e deram alento aos criminosos militares.
Agora não. Desta vez mostrou a firmeza que a tropa – mesmo a tropa arruaceira – entende.
Faltam outros sinais, ainda mais fortes, nossos, da União Europeia e dos países amigos da Guiné-Bissau. Impedir a circulação de militares guineenses no nosso país, travar transferências de fundos e reduzir os voos da TAP.
Além do apoio ao julgamento de todos os militares envolvidos em golpes, assassínios, usurpação de poder e tráfico de drogas.
Assim, Portugal ajudará a Guiné.
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