in memoriam Ponte de Lima
Um
certo gajo de Gaia
emborca
malgas no Minho;com outro da mesma laia
lambem nas bordas verdinho.
Outro,
porém, afanado,
declina
com cortesia,diz estar empanzinado:
ai, ai, ai, a minha azia!
Espadeiro, Mourisco ou Vinhão,
castas
tintas sem engaços,confessam qualquer trapalhão,
cativam amigalhaços.
São
mezinhas poderosas,
valem
bem um par de rimasem companhas preciosas:
bons confrades, ricas primas!
Numa
tasquinha do Norte,
onde
se comem coninhase meias quecas de morte,
aí se bebem fodinhas.
Uma,
duas, três fodinhas
da
Dona Márcia sabida,devagar ou rapidinhas,
seja a malga bem lambida!
São
uma coisa com enguiços,
deixam
ressaca opulenta:os beiços encarnadiços
e a língua peganhenta...
Manuel A. Madeira
Lisboa, 3 de Outubro de 2013
2 comentários:
isto merece destaque, talvez a abrir um memorando. Bom trabalho
Obrigado
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