Comunidades
ciganas estão a mudar com a emancipação das mulheres
Encontro Nacional de Mulheres Ciganas vai
realizar-se pela primeira vez para discutir os seus problemashttp://mulher.sapo.pt/atualidade/em-foco/artigo/comunidades-ciganas-estao-a-mudar-com-a-emancipacao-das-mulheres
Muitas ciganas são exemplos para os próprios maridos, exemplos que eles não seguem. Por preguiça.
Elas trabalham enquanto eles não mexem uma palha.
É vê-los, feitos paspalhos, sentados ou a cirandar sem norte nem destino, enquanto elas não param de procurar clientes. A Pascoal de Melo, em Lisboa, é um bom local para ver esta exploração familiar da mulher pelos preguiçosos maridos.
Fosse Portugal um Estado,
especialmente se fosse um Estado de Direito, e a emancipação das ciganas seria
uma realidade em poucos anos. Bastaria aplicar a lei da escolaridade
obrigatória!
A verdade é que os ciganos,
os homens, atrás da máscara da cultura, proíbem as filhas de seguirem estudos.
Poucas vão para lá do ensino básico.
Dizia um, ainda há bem pouco
tempo, na televisão, que as meninas têm de seguir a cultura cigana, cozinhar, tratar
da casa e dos filhos. Isto nada tem a ver com cultura, é apenas um pretexto. Tal
como os talibãs afegãos, o que eles verdadeiramente pretendem é eternizar a
exploração das mulheres. É-lhe tão útil sentar-se à mesa e comer, comer as
refeições que elas prepararam depois da venda.
– Oh Maria, quando é que a sopa tá pronta?
– Oh
Maria, traz o almoço!
– Oh
Maria, puseste pouco, mal sabe a funcho...
– Oh
Maria, fazes caldo pra logo?
– Oh
Maria, diz à tua filha para trazer a água.
– Oh
Maria, até berra, tem sal a mais!
– Oh
Maria, não sabe a nada, nem uma pedra de sal le prantastes.
E porque não hão-de os ciganos,
os pais e os filhos, cozinhar refeições, limpar o rabo aos meninos, em suma,
partilhar tarefas!?
Por uma simples razão: é muito mais cómodo
chamar cultura à sua preguiça e mandriar. Pois se até os jornais lhes dão palco para
a grande manha!
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