quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Velhos do Restelo refreiam Língua Portuguesa


 
Desde o Testamento de Afonso II aos "Os Lusíadas" e do "Formulário Ortográfico de 1911" aos nossos dias, muita tinta esguichou em mexidas na ortografia portuguesa. O que é normal, o mundo roda e as línguas seguem essas voltas. Incluindo a nossa!

Mas há uns persistentes conservadores que lapidam liminarmente o Acordo Ortográfico de 1990 como se de heresia lesa Pátria se tratasse.

Claro que o AO 1990 carece de retificações e elas terão de ver a luz do dia. E já tardam.

Mas daí a continuarmos a escrever como D. Afonso Henriques ou a revermo-nos na grafia das Ordenações Afonsinas vai um exagero inconcebível.

Por isso, aqui ficam alguns marcos da evolução do português, à laia de lembrete, para que não percamos a perspetiva histórica. Sem ela só vemos um período ortográfico, aquele a que nos habituámos, desde que desenhávamos as asinhas dos a e os laços dos e.

 
Dê o leitor uma espreitadela nos endereços seguintes e verificará o quão evoluiu a nossa língua desde que D. Dinis, em 1290, decretou que a "língua vulgar" (o galego-português) fosse usada em vez do latim na corte, e nomeada "português". http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_l%C3%ADngua_portuguesa


E a evolução continuará. No português falado, no português escrito e nos próprios Velhos do Restelo, que um dia cairão em si!
 
Testamento de Afonso II
O mais antigo documento oficial escrito em português que existe, datado do ano 1214.

Reformas ortográficas da língua portuguesa
 
História da Ortografia do Português

Formulário Ortográfico de 1911

 
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