A fragata portuguesa Álvares Cabral impediu um ataque de piratas ao largo da Somália. O comando da OTAN diz o navio de guerra interceptou a embarcação pirata que o seu helicóptero havia parado. Foi abordada pelos fuzileiros portugueses, que identificaram cinco piratas.
"Esta operação naval deve ser vista como um aviso para os piratas de que a OTAN e os seus parceiros marítimos estão a trabalhar em perfeita coordenação e prontidão para impedir ataques no Golfo de Áden", afirmou o contra-almirante José Pereira da Cunha. (Adaptação de http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1425048)
O contra-almirante parece acreditar que os piratas são estúpidos. E não são. São inteligentes e estão tão bem informados como os juristas burocratas de Bruxelas e de Lisboa. Sabem perfeitamente que aquele vaso de guerra não impede os seus crimes, embora faça de conta que o faz. Apenas adia mais um ataque a um petroleiro, pesqueiro ou outro navio que cheire a resgate.
O contra-almirante também é inteligente e não ignora que integra uma força naval anémica, sem verdadeira missão de contra-pirataria. Mas empolar a actividade da Álvares Cabral faz parte do seu caminho para a próxima promoção.
A Armada gosta e o ministro da Defesa mostra serviço. Entretanto a pirataria somali prospera.
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