terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Crueldade teista

A catástrofe haitiana abateu-se, paradoxalmente, sobre um povo católico. A natureza não escolhe crenças para fazer ajustes nas placas tectónicas e, ao contrário dos promotores dos mitos teístas, age sem segundas intenções. Nem segundas nem primeiras, não há quaisquer propósitos: acontecem por razões mecânicas, químicas!

Os ideólogos do mito, bem instalados, bem alimentados e bem bebidos, em geral gordos que nem texugos, como grande número de papas, cardeais, bispos e arcebispos, arciprestes, arquimandritas e presbíteros, cónegos, diáconos, patriarcas e vigários, católicos, protestantes e ortodoxos, alheios às forças da natureza, continuam a propagandear a omnipotência teísta.

Potência cruel, que a mortandade e o sofrimento daquele povo documentam em todos os telejornais.

A persistência no engodo pode significar "defesa do emprego" das hierarquias mitológicas, já que os tempos não estão de maré para alijar o ópio do povo.

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