domingo, 17 de janeiro de 2010

Ética profissional: verdade ou mentira?

Gonçalo Amaral, ex-inspector da PJ que investigou o desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, no Algarve, reformou-se e publicou um livro sobre o caso: A verdade da mentira.

É crível que tenha dados do processo, uma vez que as alusões da comunicação social estão cheias descrições exaustivas. Mesmo que não tenha uma única fotocópia de qualquer documento, assentará no conhecimento profissional do autor acerca dos factos investigados, dos elementos recolhidos e das respectivas conclusões oficiais.

Há na lei um dever de sigilo dos Funcionários Públicos, para que não tragam para a praça pública informações sobre pessoas, casos, situações ou processos em que trabalhem. E assim deve ser, para bem de todos nós.

A Polícia Judiciária não tem normas destas?

Se a moda pega, qualquer médico mais deslembrado do seu estatuto deontológico, pode pespegar no jornal o número de pedras nos rins que descobriu numa consulta a um seu adversário político?

Na mesma lógica, a chefe dos Correios poderia publicar um livro com a lista dos titulares de Certificados de Aforro, e respectivos valores, que foram tratados na sua estação?

E, já agora, o bancário que tivesse um desaguisado com um cliente esquecediço, poderia transmitir os calotes à televisão onde tem um 'contacto'?

A ética não é uma coboiada de polícias e ladrões! É uma coisa séria, para Profissionais, que a respeitam, portanto.

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