Meu amigo, amiga minha,
transmontano ou alfacinha,
Olha a chuva d'abalada,
e tu com ela argolada.
Deixa a sorna, o comodismo,
essa dor, esse laxismo.Limpa selim, pedaleira,
e a bicha traiçoeira.
Aperta raios e ponteiras;
sem desculpas, ratoeiras,oleia pedais e corrente,
malha esse corpo indolente!
Vai, pedala confiante
pelo Minho verdejanteou terreola algarvia,
desfrutando a ciclovia.
Em passeio, regalado,
o guiador bem filado,
btt ou pasteleira,
desmói bocha petisqueira.
Até podes dar uns tombos,
amarfanhar esses lombos
nas curvas mais apertadas,
as canelas escalavradas.
O teu esforço é compensado:
muito ar puro, um ar rosado,
poupas sofá, soltas bufas...
Larga lá essas pantufas!
© Manuel A. Madeira
2 de Abril de 2014
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