"O sonho de qualquer russo é empanturrar-se com peixes e mariscos frescos lá em Portugal."
Leio isto no texto de Marco C. Pereira, A ilha-mãe do Arquipélago Gulag,
publicada na tabu do passado 14 de Março, e foi dito pelo seu anfitrião
russo.
Tal como os russos, também eu sonho com peixe grelhado, mas a
verdade é que realizo o sonho frequentemente. O do peixe, que do marisco ando
arredado há muito. Política.
Política de encolhas, política de colesterolemia e política de
não seguir a política de novos-ricos da política.
A verdade é que a maioria dos portugueses não se baba pelo peixe fresco porque o come com regularidade. Quanto ao
marisco... isso é outra conversa. Voltemos ao peixe.
E outra verdade é que somos uns impenitentes lamechas.
Lamentamo-nos da chuva e do sol, do sim e do talvez, eh pá, nunca mais chove, a
humidade dá-me cabo dos joelhos. E dos robalos de aviário. Da sardinha magra
e do espinhoso safio.
Mas lá os vamos comendo, ao contrário dos russos que só em sonhos.
Exceto os abençoados filhos da queda do muro, que enchem os aviões a caminho
dos nossos grelhadores à meia praia.
Bom, em nome da não ingerência nos assuntos internos alheios e da amizade entre os povos, fechemos este canal político.
Façamos então um brinde àquele bom sonho russo e ao sucesso da confraria.
Bom, em nome da não ingerência nos assuntos internos alheios e da amizade entre os povos, fechemos este canal político.
Sejamos, pois, bons amigos, amigos sem espinhas. E amigos do peixe fresco, quem sabe se confrades de uma futura Confraria do Peixe Escalado Rússia - Portugal...
Façamos então um brinde àquele bom sonho russo e ao sucesso da confraria.
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