quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma decisão técnica, não de preconceito

Fundamenta de forma credível a decisão de rejeitar dadores de sangue homossexuais em entrevista ao jornal i. http://www.ionline.pt/conteudo/15804-gays-que-nao-se-assumam-devem-ser-processados

Uma passagem:

O sangue é sempre analisado, incluindo o de um homossexual que mente?

As análises só por si não são suficientes para garantir a 100%. Entre o momento em que se dá uma infecção e o momento em que ela é detectada, há um período de janela em que não conseguimos detectar nada. No VIH, eram 21 dias, agora são sete. Mas, mesmo com a nova tecnologia, o teste não detecta hoje uma pessoa que se infectou há uma semana. Só uma história clínica bem feita e a auto-exclusão podem ajudar. Se uma pessoa vier para ver se dá positivo, a infecção pode passar. Por isso, fico estarrecido com afirmações de líderes de movimentos activistas que vêm dizer que vão passar a esconder o facto de serem homossexuais. E ninguém se revolta? Isto é deliberadamente querer introduzir no circuito sangue contaminado. Ética, moral e criminalmente pode ser processado.

Gabriel Olim é Presidente do Instituto Português do Sangue e fala desempoeiradamente, sem rodriguinhos políticos manhosos.

Esvaziou argumentos de perseguição a dadores em função das opções sexuais. Para bem de todos nós.

Tiro o chapéu a um especialista convincente. Particularmente num Portugal de meias tintas e de valentões do nim.

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