sábado, 27 de junho de 2009
Eleições sem esperança
A Guiné-Bissau vai amanhã a votos para escolher um novo presidente.
Há dias, soube-se que as fronteiras seriam fechadas, pretensamente para garantir a segurança das eleições. Nada mais significativo dos perigos em que o país está envolvido. Veja-se o caso português, em que as polícias não podem estar presentes nas secções eleitorais.
Os guineenses, condicionados por esquadrões da morte militares, terão de escolher entre candidatos que não dão grande esperança nas necessárias mudanças no país. De facto, o respeito pela Constituição não está assegurado. Lembro que a tropa mantém presas várias pessoas, espezinhando a lei e ignorando sobranceiramente a magistratura. Com a complacência silenciosa do governo!
Bem gostaria que o eleito tivesse suficiente capacidade de liderança para pôr os militares assassinos na cadeia, dotar a justiça de padrões mínimos de eficácia e, acima de tudo, dar aos guineenses esperança de paz, segurança e arroz.
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