Ontem, a sul de Porto Covo, a objetiva caiu da bolsa inadvertidamente aberta. E, passados uns bons quartos de hora, quando fui por ela, que é dela, chapéu, viste-la!
Bolsa vista e revista, bolsos apalpados uma e outra vez e nem sinal de objetiva. É pequena, mete-se num qualquer cantinho, mas não, não estava nem num improvável recanto das calças nem num traiçoeiro bolso da camisa.
Comunicado o azar, logo os cinco amigos caminheiros fizeram o percurso inverso ao seguido até ali em demanda da desaparecida.
E por entre uma monótona sequência de areia e tufos de plantas rasteiras, areia e arbustos raquíticos e areia e ervançum ressequido, os cinco incansáveis miraram e remiraram cada palmo de terreno. Foi um sobe e desce, desce e sobe e lá me fui resignando.
Estava já quase no ponto de retrocesso quando chega a chamada e contava com uma qualquer indicação para a retoma da caminhada. Engano, pois trazia a boa nova:
–
Já apareceu; o Zé encontrou-a!
E o Zé, ao entregar-ma, lamentava um trauma do trambolhão:
– Não
tenho uma notícia muito boa, este encaixe está partido!
Pois está, mas tinha sido obra de um acidente anterior, nada a ver com a infausta queda a sul de Porto Covo. E não impede a operacionalidade da máquina.
Retomada a caminhada pelas falésias para os cinco e para o causador do atraso em corta mato longe dos precipícios, com os agradecimentos foi prometida uma rodada. O diligente esforço de procura todos o fizeram e é uma mais que merecida rodada.
E se Portugal inteiro conhece a lenda dos Amigos de Peniche, tem agora, nos seus antípodas, os Amigos de Porto Covo, os cinco incansáveis que encontrarem a 14 – 42.
Foi de Amigo!
Faltou a prometida rodada... que não perde pela demora. Nem o Zé, o glorioso achador, perderá o merecido primeiro copo.
E aqui estão eles:
O beduíno é extra 5.
Obrigado Amigos!!!
++++
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