A Polícia Judiciária e o
Ministério Público estão de parabéns. Duplos.
Investigaram e a PJ "deteve onze pessoas pela presumível prática dos crimes de
corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influência e peculato."
É a
função destas entidades, mas não é todos os dias que peixe graúdo cai nas
malhas da justiça. Daí os Parabéns reforçados, pois a PJ e o MP ignoraram
pressões branqueadoras, se ocorreram, e também não vacilaram perante cargos
sonantes da Administração Pública.
Foi
apenas um pequeno passo, é verdade, mas prender o Diretor Nacional do SEF,
Manuel Palos, e o Presidente
dos Registos e Notariado, António Figueiredo, sob aquelas acusações constituiu
um exemplo de grande profissionalismo. Mais
que profissionalismo, foi uma prova de resistência ao clima de impunidade que paira em
Portugal há muito.
Particularmente responsável nesta época, em que a Ética tem sido diariamente esfrangalhada com as mentiras e
mal explicadas atividades do Primeiro-ministro, em que donos de bancos caíram
na lama e muitos suspeitos de crimes graves andam por aí ao laréu.
Em
breve se saberá quem fica em prisão preventiva e quem sai a troco de caução
milionária, como tem sido mau hábito com ricos e poderosos
Porém, para já, há
um trabalho realizado, que merece ser salientado. As decisões de juízes de
instrução e o eventual julgamento são outros capítulos, mas o aviso está dado.
Quem pisa o rico pode ser riscado. Riscado de posições potenciadoras de tráficos ilegítimos e riscado de lugares em que a dignidade e honorabilidade nunca podem ser questionadas.
Portugal vê
hoje uma luzinha de esperança.
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