Rimando jogo pedrinhas
e atiro alguns abraços,
afago nas entrelinhas
e atormento madraços.
Trafulhas
mando às
urtigas
em
trovas envinagradas,
à má-língua
faço figas,
exalto
caras lavadas.
Faço quadras quando calha
e à míngua de inspiração,
tapo com tinto da talha
moléstias na rimação.
São versos contra-corrente,
pedem cante à desgarrada,
não fadinho decadente
de gentinha amargurada.
Falam de coisas da vida,
da fortuna, dos quebrantos,
daquela vez de fugida
a lembrar certos encantos…
Rimo quadras destravadas;
sem as musas de Junqueiro
são em Aleixo inspiradas.
Confesso, sou quadrilheiro!
Manuel A. Madeira
18 de Maio de 2010
Rv 29.Out.2014
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