Escreve-se Socialismo na janela de pesquisa e o Google
indica 18.300.000 resultados . Para cima de dezoito milhões.
Milhões.
Mas não é preciso ir à net para se ficar a saber quão diferentes
são os conceitos, as perspetivas ou as convicções do que é Socialismo.
Os partidos políticos têm textos até mais não, manuais e
cassetes sobre Socialismo, o bom e o mau, o novo e o antigo e as suas
fronteiras com outras conceções políticas.
Até na sua casa, na sua família, caro
leitor, estimada leitora, se levantar a questão, vai ter áspero debate.
Estado dono ou propriedade
privada, liberdade ou ditadura, Rosa Luxemburgo, Lenine ou Francisco Louçã,
tudo isso virá à baila.
E em qualquer grupo de amigos o
tema suscitará cansados desabafos, juvenis terceiras vias e Eh pá, deixa-te disso, porra, és
um chato!
Pois bem, seja qual for a cartilha
ideológica ou a solidez da argumentação, jamais Socialismo se confunde
com corrupção. Socialismo é coisa limpa, não uma máscara para embolsar milhões.
E José Sócrates, antigo PM de Portugal, foi ontem preso sob
acusação de crimes de fraude fiscal, branqueamento de
capitais e corrupção (PGR, 22Nov2014).
E por mais erros de investigação que a Polícia Judiciária
tenha cometido, por mais lacunosa que seja a acusação do Ministério Público,
uma coisa os portugueses sabem há muito. Sócrates nadava em dinheiro. E também sabe que casas,
carro e Paris não se pagam com Socialismo.
Não se está aqui a
fazer um julgamento na praça pública ou a encenar um fuzilamento de caráter.
Não, nada disso, apenas estamos a inventariar rabos de palha de alguém que deveria ser impoluto.
Mas não, Sócrates deixou um rasto de
dinheiro a potes, milhões sem explicação, um abissal fosso entre o
legitimamente recebido, a vida de novo-rico e Socialismo.
Socialismo, isto!?
Sócrates, socialista!?
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