quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Boa Gente
terça-feira, 28 de outubro de 2025
Mulheres com burca são seres humanos enjaulados
Anda por aí uma onda de contestação ao projeto legislativo de banir a burca das nossas ruas:
– São tão poucas…
– É cumplicidade com o Chega…
– É para desviar as atenções do orçamento de Estado…
– Portugal tem problemas maiores…
Será, mas é
inegável que as mulheres que usam tal vestimenta nada têm de mulheres livres no
Portugal livre. São coagidas pela tradição ou pela tradição fundamentalista
islâmica de minimização da dignidade humana.
São obrigadas pelos desumanos pais, irmãos e parentes. São forçadas a não ser gente, apenas utilitárias. Com a complacência de políticos que berram sobre liberdade e democracia…
Portugal ainda hoje tem mulheres, mas mais nas aldeias do interior, que no pino do inverno põem xailes que só lhes deixam ver os olhos. E muitos dos apologistas da liberalização da burca, talvez tenham tido avós dessas. Mas avós livres, que se livravam do tapume, mal o tempo melhorava.
E no Portugal do século 21 até dói nem ver os olhos das mulheres emburcadas. A burca não é roupa, é um estilo de coação. Mulheres e raparigas assim entaipadas com burca merecem que algo se faça para as libertar do jugo medieval.
Que contribuam para que Portugal seja um país sem burcas nem tiranos domésticos, pois a burca é uma demonstração de violência doméstica!
A proibição da burca fará de Portugal um país digno e os portugueses mais respeitadores da dignidade das mulheres.
sábado, 17 de maio de 2025
Bugigangas derrotaram o Fiel Amigo
A Rua do Arsenal era o armazém lisboeta do bacalhau, das caras do dito e do pichelim (barato, pouca carne, mas dava sabor ao arroz dos pobres). Várias casas o vendiam, além de feijões diversos, bebidas e miudezas para a cozinha.
A partir de certa altura, ali apareceram ingredientes africanos e depois
asiáticos.
Tudo muda e a rua onde havia sempre feijão canário também mudou. Piorou!
Tem agora restaurantes, vários, e também várias lojas de bugigangas baratuchas
para turistas despacharem as últimas moedas.
Vencidas pelas grandes superfícies, resta uma sobrevivente, uma pérola, a Pérola
do Arsenal.
Oh Pérola, vê se te aguentas, não te trespasses às bugigangas!!!
sábado, 5 de abril de 2025
Um vinho decente
Mas aqui o que vem à baila é vir com rolha de cortiça, ao contrário da esmagadora dos vinhos portugueses engarrafados.
Enchemos a boca com o "Portugal é o maior produtor mundial de cortiça", mas a generalidade dos vinicultores tapam as garrafas com rolhas de corticite (aglomerado de cortiça dizem os puristas).
Em vez de valorizarem os vinhos com rolha da boa cortiça, não, fazem a pior promoção até de vinhos bons. De facto, ao abrir uma garrafa de vinho, o apreciador logo tropeça na malfadada corticite. Como se a rolha de cortiça não fosse um excelente cartão-de-visita!
Ao argumento do custo mais elevado da rolha de cortiça, conviria confrontá-lo com o dos rótulos…
Por tudo isto, daqui, desta singela peanha, vai uma respeitosa vénia à SOMIDOL - Sociedade Vinícola, de Famalicão, que dá ao Ponte de Negrelos a cortiça que merece.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Início da época da religiosidade comercial 2024
Sacos, sacos e mais sacos...
Sacos na mão direita e sacos no ombro esquerdo, ai está tudo tão caro, meu deus onde iremos parar...
Oh querida, nem queiras saber, o José não diz nada, mas atira-me cá uns olhos, credo!
Olha, sei lá, comprei-lhe um sobretudo
de Caxemira, vamos ver...
terça-feira, 26 de novembro de 2024
Angolanitas simpáticas
Num centro comercial, ao aproximar-me de um banco comprido para me sentar, duas angolanitas que ali estavam perguntam-me se podia olhar pelos seus brinquedos.
– Vão dar uma voltinha?, perguntei.
– Não, é só para ir pôr estes papéis no lixo.
Minutos depois
– Por é que me pediram isso? Eu podia levar as vossas coisas!
– Nós pensámos que o senhor era boa pessoa.
Ganhei o dia, meninas de Luanda! Simpáticas meninas.
© Manuel A. Madeira
12 de Setembro de 2024
domingo, 7 de abril de 2024
Retrato do Portugal de cordões apertados
domingo, 18 de fevereiro de 2024
Fora do estádio
Arrumas de encarnado;
Bicas em copos de plástico;
Casal a brindar com as bifanas;
Famílias com putos e miúdas;
Senhora a falar com o cão.
Eis um retrato de tugabola.
segunda-feira, 18 de dezembro de 2023
Caranguejola ou tranquitana!?
A geringonça morreu. De alvirrubras fasquias, goradas ambições e sonsos amores traídos.
Que tal e qual fénix!? Não surpreenderia o Portugal inconstitucionalmente cristão às mãos do renascido Pedro Santos.
Para iludir UE/FMI/cavaquistão e atrair indecisos melhor chamar-lhe caranguejola? Ou tranquitana?
terça-feira, 31 de outubro de 2023
A carraça e o profissionalismo no SNS
A
carraça andou vários dias a passear pelo meu corpo.
Chegada da Serra de Grândola, não terá encontrado
ninho acolhedor e qual inspetor, inspecionou. Mas não encontrou encanto em
nenhum recanto, prega ou retiro húmido.
Mas passeou, passeou, até que fundeou. Ou seja,
cravou fundo os dispositivos de fixação e sucção. Andou nisto uma semana.
Entretanto, há dois, três dias, apareceu comichão no
tronco, lateral, um pouco acima da anca.
Coçadela suave sem suspeita. A magana, como se
verá no próximo capítulo, estava a sugar muito delicadamente. Sem hostilizar o
hospedeiro, está bem de ver.
Até que ontem, arrogância de bicha gorda, ferroou
mais fundo e o sinal de alarme alarmou. Observação urgente, o que é, o que não
é, e era um feijão pequeno. "Péra" aí, fejanito não tem adesivo,
velcro também não, nem garras...
Primeira puxadela, nada. Segunda e nada, tudo na
mesma, o coisito pendurado continuava.
Oh pá, qu'é que passa!? Reforçado a aperto
digital, bem apertado, e lá veio a bicha. Gorda! Pudera, vários dias a
empanturrar-se de A+...
Convenientemente embrulhada, assim foi esmagada e
a cratera desinfetada.
Porém, porém, bons conselhos ouvidos, guia de
marcha para o Centro de Saúde.
– Isto é só para ver se não ficaram
pedacinhos de pernas e dentes.
Enfermeira:
– Ná, a médica tem de o ver. Não ficou
nada, mas precisa de profilaxia.
Pronto, elas é que sabem. E em menos de meia hora,
sem marcação prévia, observações de enfermagem e clínica do inchaço e receita a
pingar nas mensagens: Doxiciclina.
Contraparafraseando a campanha atual pelo SNS, sim
este é um excelente exemplo do nosso Serviço Nacional de Saúde.
quarta-feira, 25 de outubro de 2023
Rolha de cortiça de vitivinicultor exemplar
Portugal produz muito vinho e muita cortiça, mas também "produz" adegueiros unhas-de-fome.
Muito do vinho engarrafado que enche as prateleiras dos supermercados tem rolhas de aglomerado de cortiça, vulgo corticite. Certamente que o preço destas é menor do que o das verdadeiras rolhas, as autênticas e genuínas representantes do país, as de cortiça.
A corticite tapa, mas fraqueja. Uma garrafa com este tipo de emplastro ao fim de uns meses nas nossas casas* começa a esboroar o granulado. E se este é inócuo, sei lá o efeito do aglomerante ao misturar-se com o tintol.
Isto do ponto de vista sanitário, organolético e até visual ao vermos partículas de cortiça moída a boiar no copo.
Porém, na dimensão exportadora, a rolha de cortiça enobrece os vinhos. Mesmo os vinhos que o Isaltino não bebe [ele tem "recursos" a que o Cidadão comum é alheio...] Um vinho para o bolso do português médio, um vinho aveludado com fim de boca prolongado, que não vá além dos 5 euros, quando exportado dá um salto no preço que o John, a Marie e o Klaus, a Tilda, a Kyra e o Matteo pagam com gosto. Mas não lhes cai no goto a rolheca a desfazer-se. E logo desatam a comparar o vinho e a rolha com as de chapa chilenas e australianas.
Um vinho retrata o país e se Portugal não que ser retratado como produtor de vinhaça barata não deve ombrear com a Austrália ou o Chile, que não têm sobreiros!
O mesmo vinho com rolha de lata, de plástico ou corticite fica, aos olhos do comprador, a léguas do que vem honrado com rolha de cortiça. Porosa para que o néctar respire e elegante para que os olhos brilhem. E o vinho com rolha de cortiça brilha. Fazendo brilhar Portugal.
Todo este arrazoado para dar os Parabéns, muitos Parabéns, à Adega das Mouras de Arraiolos**, que valoriza um vinho de 3,19€ com rolha de cortiça. Um vinho bom.
Que esta opção de enrolhamento fermente em boas mentes. Que os unhas-de-fome façam bem as contas e não vejam apenas os escassos cêntimos de acréscimo nos custos de produção por garrafa expedida. Que olhem para a rolha de cortiça como benefício estratégico, multiplicador de vendas.
* Caro leitor, estimada leitora, guarde as garrafas de vinho deitadas, caso contrário pode ter surpresas desagradáveis.
** www.mouras.pt
terça-feira, 8 de agosto de 2023
Descobri as Cigarras
Imaginava-as lá no alto, até em buracos. Não sabia que voavam nem que o seu som é produzido na parte inferior do abdómen.
Também desconhecia que há mais de 1.500 diferentes tipos de cigarra. E só agora descobri que têm um comprimento a rondar os 40 mm. Medi, mas sempre pensei que fossem bem mais pequenas.
Vivi próximo dum olival, onde o seu contínuo e entrecortado zunido de serrar lâminas de alumínio era o concerto florestal mais conhecido.
E por esses trilhos fora, tais monocórdicas orquestras nunca me tinham proporcionando um encontro, fugaz que fosse, com tão esquivo animal.
E eis senão quando...
E fez-se-me luz: será de cigarra!? Era.
Bastou estar atento à cegarrega e procurar nos troncos com mais carcaças amarelas.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023
Ser informado e fluente não é suficiente.
Estou exausto, cansadíssimo, arrasado, os tímpanos num oito, os neurónios à beira da fumarada... [Fiquei quando a TSF transmitiu em direto.]
Estou estafado da torrente, do rio selvagem de barragem desabada, do imparável jacto de tanta palavra do ministro da economia.
Qual melhor da turma, António Costa Silva, debita números, enumera sucessos da economia e garante milhões para isto é mais para aquilo. Sem travão nem parança, simplesmente cansa!
Os números estarão certos, o raciocínio também, mas o jorro enjoa, desatenta. Que falta lhe faz...
Tanta falta lhe faz um amigo. Amigo que seja amigo.
Pois esse bom amigo lhe dirá que comunicar é fazer-se ouvir, ser compreendido.
Um amigo lhe
sussurrará que verborreia está mais próximo de diarreia do que de aplauso.
Ser simpático, cortês, informado e fluente não é suficiente.
Oh Costa, Costa PM,
mande lá um assessor de comunicação à Rua da Horta Seca dizer ao outro Costa, o
Silva, que ou fala pausadamente, em fatias inteligíveis, ou seca a vontade de o
ouvir. Ninguém atura tal seca.
sábado, 2 de julho de 2022
Lisboa a abarrotar
A abarrotar de línguas gringas e outras intragáveis; gente simpática e besuntos beiçudos.
A abarrotar de tuctucs, trotinetes, mochilas e sorvetes.
A abarrotar de ténis, chinelos e calças rotas, nutridas pernas e farta celulite.
A abarrotar de tatuagens, a pele reinante e alforria mamária em arejadas fatiotas.
E as exceções fundamentalistas muçulmanas, enfarpeladas como maranhos de Proença-a-Nova.
É uma Lisboa a abarrotar de vitalidade, destino de meio mundo, livre de guerras e conferências, tranquilas férias sem gravatas nem salamaleques postiços.
Lisboa a abarrotar de liberdade.
+++
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
Primeira carta de mãe babada
Contito
Costa da Caparica, 21 de Março de 2009
Estou a aproveitar o feriado para lhe dizer o que
devia ter dito ontem. Há coisas de que não gosto de falar, como já sabe. Ontem
quando estivemos ao telefone lembrei-me disto, mas não me saiu… mãe é mãe, e a
Mãe percebe. Felizmente! Já sabe que desde miúda só lhe dou notícias por
escrito, não sei porquê, mas, que hei-de fazer!? Gosto mais de lhe escrever a
dar notícias, assim saboreio melhor o que lhe digo, as boas notícias.
Lembra-se quando lhe comuniquei que ia assentar, que
eu e o John íamos juntar os trapinhos, isto ainda em Los Angeles? E lembra-se
quando lhe escrevi a carta manchada de lágrimas, uma carta especial, a minha
primeira carta de casada? Hoje é a mesma coisa, só que esta é a minha primeira
carta de mãe babada.
Pois quero dar-lhe notícias! E também quero pedir-lhe um
favorzinho. Mas só depois das notícias. Cá vão, à americana, as duas notícias,
a boa e a má.
A boa, estou grávida, Mãe, e estou tão contente! Está
tudo bem, o bebé e eu, por aí nada a registar, mas o John parece maluco. Está
encantado, às vezes nem sei, olho para ele e sinto-o ainda mais feliz do que eu,
até gagueja. E o português a fraquejar, ele que já falava tão bem. Deve ser do
nervoso.
E eu, que podia ter alterado o meu comportamento, ficar
impertinente ou piegas, tenho estado óptima, até os enjoos suporto bem. Nem
tenho tido desejos, com uma excepção, valha a verdade! Bom, não vale andar com
rodeios com a Mãe. O John, assim que me viu grávida, abraçava-me a toda a hora,
sempre colado a mim, beijocaria até mais não, só que não passava daí…
Tive de lhe dizer que gravidez não é doença e ele
nada! Então insinuei que há coisas que continuam a fazer falta, embora com mais
cuidado e ele continuou a fazer-se desentendido. Quando esgotei os argumentos e
a paciência, carreguei com ele para o ginecologista numa consulta de rotina,
depois, claro, de ter telefonado ao médico, pedindo que lhe lesse a cartilha.
Resultou, Mãe, resultou! Muito a medo, lá se decidiu,
com mil cuidados e acho que até fica surpreendido de eu não entrar em trabalho
de parto a partir de certa altura. Tenho de insistir com ele, lembrar-lhe o que
o médico disse, que não há perigo, que com cuidado tudo corre bem. Lá acede aos
meus pedidos, coitado, embora não pareça muito convencido quando lhe digo, a
sorrir, que há contrações e contrações…
Bom, agora a má notícia. Mãe, depois de virmos dos States, o meu querido John já nem
parecia um gringo da costa leste, tinha o sotaque, isso compreende-se, mas
falava um português muito aceitável. Os nossos colegas da Nova não paravam de o
elogiar e agora, de repente, parece que teve uma recaída. Até acredito que a gravidez tenha tido alguma influência e que a
expectativa de ter um filho lhe baralhe os neurónios! Tanto erro de
português, tanto disparate!
Mãe, veja só a amostra: o John diz "comprastes" e "fostes"
a torto e direito. E "conssíígamos" ou
"bêêbamos" são outras das suas
barbaridades. Ponho-lhe o Conjugar
dos verbos do Priberam debaixo do
nariz e ele continua na asneirada. Que desespero!
A Mãe é que o podia ajudar, agora que moramos mais perto. Vinha passar uns fins-de-semana connosco e nem que o pusesse a cantar as palavras correctas em tom de barítono...
A sua experiência de Professora certamente que lhe dobraria a língua. Em pouco tempo, o meu querido John havia de perceber que, na língua portuguesa, não há quarta pessoa do singular! E que viste e percebeste são as formas correctas da segunda pessoa do singular, a especializada no tu. Já agora, também o podia pôr a cantar tenhamos, vejamos ou compremos, imitando a voz linda da Ana Bacalhau, dos Deolinda, até ele os dizer com o mesmo delicado cuidado com que faz certas coisas…
Com o amor
da sua filha que precisa muito de si,
Francisca
sábado, 10 de abril de 2021
Cobardia europeia
A presidente da comissão europeia, Ursula Leyen, foi à Turquia enxovalhar e União europeia.
Deixou-se enxovalhar pelo ditador Erdogan, que não lhe deu cadeira. Mas isso foi coisa lateral, produto televisivo.
A vergonha importante, o descrédito estratégico, a fragilidade europeia foram demonstrados pelo beija-mão ao ditador. A Turquia, desde os passados anos 70, ocupa militarmente a parte Norte de um Estado europeu e a Úrsula agachou-se, vexou-se vexando os europeus que representa, especialmente os de Chipre.
Conhecesse ela a história da Europa e nem teria posto os pés no avião.
Mereceu o tratamento indecoroso que o arrogante turco lhe deu. Os cipriotas estarão a rir-se à gargalhada.
_ _ _ _
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
Meter gota
Ontem, grupo de rapazes e rapariga de volta de carro de capô aberto.
Debatia não sei o quê, mas sei que se despediram com um deles a ir "Meter gota".Já meti gasolina e gasóleo, já atestei e também espremi a carteira para pôr um litrito; nunca uma gota!
Nem precisamos de gringuês para criar neologismos e novas expressões, basta a lusa criatividade. Quiçá para encaixotar as clássicas.
Veremos, mas enquanto o Zé Povinho não valida nem descarta, confirma-se a que o português, além de língua viva, é bué vivaça!
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
Presidente do México disparata em direto
É errado, à luz do que os cientistas vão apurando, rejeitar máscara nestes tempos de Sars-Cov2. De facto, à falta de vacinas e de outras ferramentas, a higiene, a distância interpessoal e a máscara são indispensáveis para ser agente de saúde pública.
As recomendações da nossa Direção Geral de Saúde não são obrigatórias no México, nem sequer as da Organização Mundial de Saúde, que apenas sugere, mesmo que sugestões veementes.
Mais do que recomendações, a atenção às notícias e às enxurradas nos cuidados intensivos, um olho na mortandade Covid19 e alguma lucidez, obrariam no senhor Obrador uma atitude mais razoável. Para não ir mais longe...
A presidencial criatura ter-se-á dado conta da barbaridade que proferiu!?
Se não tivessem sido proibidas, com a evolução da Humanidade, tantas e tantas crueldades, tantos e tantos abusos da força e do dinheiro, que sofrimento muita gente não teria hoje!!!
Para lembrar desatentos, aqui ficam apenas três proibições:
domingo, 17 de janeiro de 2021
Besunto eleitoral
Uma candidata besunta os beiços como burguesa; aliás, todas as suas fatiotas e declaração exibem este pendor social democrata, apesar do seu partido se dizer na "busca de alternativas ao capitalismo".
Outro candidato atiça-lhe a matilha oportunista reacionária em função do dito besunto.
Um apoiante da primeira, papagaio abstruso, besunta as próprias beiçolas.
Outra candidata, habitualmente besuntada como caída num pote de azeite, joga cartada oportunista.
São candidatos a PR ou artistas de Circo!?
Minha rica avó, Portugal merece mais, quem é que vota nestes artistas...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
O ‘banho’ do Dr. Faria
Ano 1965 ou 66.
CNA – Colégio Nun’Álvares, Tomar.
Numa das noites de cinema a que não fui, não me lembro porquê, resolvi pregar uma partida ao primeiro que voltasse ao quarto.
Armei uma engenhoca com uma caixinha de plástico, um pedaço de fio e um pequeno prego.
Quando já não havia movimento no corredor do primeiro ramo, uns no cinema e outros a dormir, montei o apetrecho.
Numa ranhura da parte superior da ombreira da porta encaixei uma lingueta da caixinha, que ficou na horizontal. Do outro lado desta fiz um furo por onde passei o fio, atando este ao prego, que por sua vez foi cravado no topo da porta.
Verifiquei que ao abrir a porta a caixinha caía e enchi-a com água.
Deitei-me a antecipar a algazarra que seria quando o primeiro colega a regressar do cinema abrisse a porta e ficasse salpicado com a minha rica obra! E adormeci.
Mas acordei com os berros de um imprevisto Dr. Faria:
– Fora, fora daqui, já lá para baixo!!!
– Fora, fora daqui, já
lá para baixo!!!
E ele que não era de gritar!
Tinha ido ver, como os prefeitos faziam frequentemente, se já todos estávamos deitados e levou com a água da minha engenhoca. Não ficou encharcado, longe disso, a caixita era pequena, ficou salpicado, mas enxovalhado. Ele que andava sempre bem ataviado, tinha sido molhado por um atrevido!
Azar, lá tive de ir para a porta do Dr. Raúl Lopes [diretor].
Tinha corrido mal (o planeamento tem destas!), não me tinha passado pela cabeça que um prefeito abrisse a porta antes de um colega!
Aí fiquei, talvez uma hora, a remoer no castigo que ele me iria dar. Quinze dias sem sair? Um mês? Só quem lá andou é que percebe a proibição de estar tanto tempo sem ir à corredoura, ao mouchão!
Chega o Dr. Raúl Lopes, aplica penas a dois ou três ‘delinquentes” e manda-me entrar:
– Então o que
aconteceu?
Contei-lhe a história.
– Ah, ah, ah [gargalhou] e ele ficou todo molhado!? Vai-te lá embora.
Tinha-me saído a sorte grande! Estava de bom humor.










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