quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Formigarras 2008 - As 5 piores nódoas

1ª pior nódoa - Os assassinos e ladrões sionistas e os seus patronos americanos e europeus.

2ª pior nódoa - Mugabe e seus apoiantes, nomeadamente a clique angolana.

3ª pior nódoa - Vitor Constâncio, pago a peso de ouro e pseudo-regulador e supervisor faz-de-conta.

4ª pior nódoa - Os políticos, os magistrados e os polícias que não combatem o pequeno crime (ex grafitos que enxovalham Lisboa) cujos autores um dia a impunidade tornará criminosos mais perigosos.

5ª pior nódoa - As máscaras televisivas, tipo gueixa, de Ana Lourenço e Judite de Sousa.

Formigarras 2008 - Os 5 Mais

Os que Mais nos tocaram 1º Mais - Nelson Évora e o seu Treinador, ouro em Pequim. Mais - A avaliação dos Professores, mesmo a mancar nas .............. últimas semanas. Mais - O Polícia que abateu um criminoso que fez reféns .............. num banco em Lisboa e ameaçava assassiná-los. .............. Parabéns a ele e à PSP. Mais - Organizadores de caminhadas e petiscos por .............. esse Portugal afora. Mais - A saída, vivo e por decisão pessoal, ............. de Mbeki da presidência da África do Sul. +

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Burro Caro

. Em defesa da Natureza A Schleich, grande marca de miniaturas de animais, fabrica cães e gatos, leões e dinossáurios, girafas e galinhas. E burros. E também bodes monteses. Comprei um bode montês e um burro. No bode montês há evidentes protuberâncias subcaudais e abdominais que dão a perceber o sexo do bicho. No burro não! Fica-se sem saber se é burro ou burra. E, que eu saiba, não há burros assexuados: fêmea e macho têm os seus predicados. Será que a empresa considera indigno pôr nos burros os atributos que aos burros pertencem? Em boa verdade, a educação das crianças seria enriquecida ao observarem burros com o que a natureza os dotou. Lembro que os miúdos de hoje já perguntam se o esparguete nasce na espargueteira e se os frangos são paridos por uma arca fecundada por um cabo de 220 volts... Por isso, era bom que os burros Schleich e as burras Schleich se distinguissem uns das outras, pois já basta as crianças perderem a ilusão do Pai Natal muito antes de lhes caírem os dentes de leite. Se os pensos rápidos são inequivocamente diferentes dos pensos higiénicos e até um cabo USB tem ficha macho e ficha fêmea é um grave aviltamento da natureza criar miniaturas de burros amputados do que a natureza deu aos que na natureza vivem. Ainda por cima, apesar da crise ambiental desta nossa bolinha global, até os furacões já ganharam identidade de género, bem comprovada quando a Louisiana americana foi martirizada pela 'furacoa' Catarina… Que terá levado à grosseira menorização das miniaturas de burro? Chame-se-lhe burro ou jerico, asno ou jumento, é sempre o taxonómico Equus asinus, o que associa estes nobres animais à ciência e esta ao rigor, pelo que tem de ser corrigida a ablação que desonrou animais a que a humanidade tanto deve. A Schleich tê-los-á castrado por negligência científica ou por puro economicismo? Pelas minhas contas, terá sido utilizado aí umas vinte vezes mais plástico no fabrico dos chifres do bode montês que comprei do que o usado no fabrico das suas 'miudezas'. Assim sendo, não se me afigura crível que a mutilação do burro tenha resultado de cortes nos custos com matéria-prima. Seja lá como for, saiu-me caro! Paguei um burro que devia estar 'inteiro' e saiu-me um capado! -

sábado, 27 de dezembro de 2008

Contito - Olhitos

Via-se tão pouco daquela criança que mais parecia um bebé esquimó. Todo tapado, mãos e pés bem dentro do cobertor e a cabeça protegida por uma touca contra o dia muito frio, só se lhe viam os olhos e o nariz. Até a boca tinha tapada… Só mexia os olhitos. Como um periscópio, atento a tudo o que passava à sua frente. Ao vê-lo, ficava-se com a ideia de que o frio o tolhia, tal era a imobilidade da sua cabeça. Mas não. Era improvável que tivesse frio pois o carrinho onde estava era fechado, bem protegido do frio, e a roupa estava bem aconchegada ao seu pequenino corpo. A surpresa é que, naquela imobilidade toda, os seus olhitos não paravam. Olhavam para cima e para baixo e de um lado ao outro acompanhavam todos os movimentos do que se lhe deparava. Deixavam transparecer uma curiosidade permanente e não qualquer desconforto. Certamente que o frio não o incomodava. Mantinha um olhar neutro, uma cara “fechada”, sem quaisquer sinais de agrado ou surpresa e não manifestava nenhuma expectativa perante o que presenciava. Uma aparente e completa indiferença. Tudo observava, tudo o interessava e os olhos pretos, muito redondos, quase sem pestanas, acompanhavam permanentemente até ao horizonte tudo o que o carrinho baixo lhe permitia ver. Mirava e remirava, só virando os olhitos. Da cara não transparecia qualquer emoção e a cabeça nunca rodava, só os olhos se moviam num zelo constante. Fixavam-se nas pessoas que passavam por perto e acompanhavam-nas enquanto se afastavam até as perder de vista. Também via os sacos de cores vivas que só olhava fugazmente, desinteressando-se logo que avistava algo novo. Os carrinhos com outros meninos, os embrulhos e as caixas grandes também ocupavam pouco a sua atenção. Observava uns instantes e logo mudava o foco da sua observação. A sua tranquilidade foi uma vez interrompida por um breve choramingar de outro bebé, o que lhe franziu brevemente a testa. Por escassos instantes. Mal o outro se calou ele retomou a sua placidez até o latido de um cão, lá ao longe, lhe interromper o movimento dos olhos como que para não perturbar o esforço de identificação do animal, que lhe seria familiar. Mas depressa ignorou o cão e voltou à rotina da sua metódica observação. Entretanto, uma música próxima surpreendeu-o e ele revirou os olhos para localizar a balada húngara acompanhada por violinos. Concentrou-se, piscou os olhos ao ritmo da melodia e abriu-os mais à medida que o som se intensificava. Depois, com a dissipação deste mavioso sobressalto, a sua atenção decaiu, os olhitos piscaram mais e ele em breve esmoreceu a atenção com que acompanhava quem passava. Via as pessoas, isso via, mas de relance, pois já não as acompanhava até as perder de vista. Com a atenção cada vez mais entorpecida, focava agora cada pessoa sem nela se deter mais do que um instante e logo deslocava os olhos na direcção de quem vinha a seguir. A pouco e pouco a observação cuidada foi-se atenuando e os olhitos vivos e curiosos, que tudo registavam, começaram a semicerrar-se, cada vez com mais frequência. A sesta da manhã parecia estar à porta... Porém, num relance sonolento, vislumbra um vulto conhecido e imediatamente os seus olhos retomam a vivacidade anterior. A carita redonda abre-se num sorriso quando o pai se aproxima, os braços e as pernas agitam-se sob o cobertor e, mal o pai lhe pega, uma gargalhada substitui a carita circunspecta do observador atento que fora até então. A gargalhada converteu-se em atenção gulosa mal viu o pai tirar o biberão da sacola e agitar o leite em pó do seu almoço. Acabada a refeição, empertigou-se quando o pai o encostou ao ombro e lhe deu palmadas nas costas para que arrotasse. Mudado para o colo, aí se aninhou, confortável e bem-disposto, com os olhitos a brilharem de satisfação. Quando o “peso da refeição” o amoleceu e ia passar pelas brasas, ouviu uma voz familiar que o fez arrebitar e voltar-se para o avô, que, de braços abertos, estava a dois passos. Esperneou intensamente, tentando pôr-se de pé, e do seu rosto transparecia uma alegria intensa, alegria que também manifestava num palrear que o avô ouvia, deliciado, como o mais belo palreio do mundo. Estendeu os bracitos para o avô, que lhe pegou e abraçou, cheio de ternura, não se apercebendo de que, com tal alegria, o seu fato domingueiro acabava de ser brindado com uma mancha de leite bolçado pelo neto. O pai disse ao avô babado que tinha o casaco bolçado e o bebé, cujos olhitos observadores viram a cara desconsolada do avô, deu uma gargalhada estridente. Gargalhada que fez o avô esquecer a mancha no fato novo e a descompostura que levaria por não se proteger com uma fralda quando põe o neto ao colo. +

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Já não há vocações

Vocação para quê?! O jornal Público estampa hoje duas imagens anti-crise. Na capa, o Papa católico, bem vestido, paramentado dirão os fundamentalistas da coisa, um luxo digo eu, e bem nutrido. Publica também, nas páginas 2 e 3, um grande plano de uma reunião de chefes católicos, todos com um coisito encarnado na cabeça. Contei-os. Na foto parecem-me 95, mas como a imagem não os apanha a todos, calculo que o grupo deve andar pelos 100. 100 pessoas bem nutridas. 101 pessoas bem nutridas em tempo de crise é um sinal anti-crise que deve ser apreciado. Parabéns ao PÚBLICO. O contraste deste senhores gordos com a fome que grassa por esse "mundo de Cristo" é doentia. E não é crise. Crise é conjuntural e esta indiferença egoista e beata pelos que nada têm é de uma hipocrisia estrutural que faria ressuscitar Jesus. Lembra-me um sarcasmo poético de que transcrevo um pedacito: “… Aquilo é que é vidinha! aquilo é que é descanso! Arrecada-se a côngrua, engrola-se o ripanço, Arranja-se um sermão aí por quatro tretas, Vai-se escorropichando o vinho das galhetas, …” A velhice do padre eterno Gerra Junqueiro 1887

Empanturrados de crise

Mandaram-me boas festas e mandaram uma prenda que não me chegou por causa da crise. Agredeci com emoção e surpresa. Emoção porque é bom que se lembrem de nós, especialmente quando nos mandam qualquer coisita como anexo demonstrativo da lembrança. A que me disseram que mandavam deve ter sido filtrada por algum firewall anti-cristão ou apanhada por hacker do BPP! A surpresa é a referência à crise. Qual crise?! Ontem almocei num restaurante a abarrotar de crises: a crise de uma bicha imensa de gente esfomeada que às 2 da tarde ainda não conseguira lugar. A crise das cozinheiras, que tinham as varizes em polvorosa por trabalharem o triplo dos dias sem crise. E os empregados de mesa estavam atarantados com crises tendinosas, pois os braços não aguentavam mais o carrego de tanta comida, tanta cerveja, tanto vinho, tanta sobremesa de gula. Ah, já me esquecia. E a crise daqueles pobres estômagos empanturrados com doses que noutras latitudes alimentariam famílias e que na nossa gera de celulite na senhoras e panças nos cavalheiros. Coisa que será oportunamente tratada... Mais tarde vi leitões assados a passar à minha frente, embalados em compridas caixas de cartão canelado, que adivinho se destinem a preencher lacunas em crise. Também carradas de fritos fruto da crise, uma vez não são vezes, e as pastilhitas em jejum dão conta da crise nas análies. Claro que uma crise como a que vivemos se repercute mais nalgumas profissões que noutras. Estou preocupadíssimo com as crises que seguramente desaguarão nos próximos dias nos hospitais: a crise dos comas alcoólicos, a crise das vesículas em sobreaquecimento e a crise de certos médicos, coitadinhos, que não vão poder dormir 12 das 24 horas do seu turno de serviço. Também me consta que, nalguns sectores, a crise está a empanturrar as tesourarias. Com tanta nota a contar, com tanta moeda a conferir e o controlo de tantos e tantos pagamentos electrónicos, a Noite de Natal dos tesoureiros e contabilistas foi adiada para a meia noite e meia. Com uma compensação legítima: vão directamente do trabalho para a missa e são eles a cantar de galo!!! .

sábado, 13 de dezembro de 2008

Natureza manufacturada

No Páteo Bagatela, ao Jardim das Amoreiras, em Lisboa, fui encontrar este arbusto que parece saído de uma manufactura de plantas.

Não me cheira a manipulação genética mas sim a habilidade de mestre floreiro. Será coisa portuguesa ou a arte terá vindo dos japões?

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Coisa de Lisboa

Estas placas toponímicas distam entre si uns 30 metros e referem-se ambas a países que são repúblicas. Pois o Município de Lisboa a um resolveu chamar república e ao outro só deu o nome do país sem qualquer referência ao seu regime constitucional. Alguém me diz qual a razão da coisa?

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Juventude Cremosa

Ou a submissão à propaganda aos besuntos "de parecer" Miúdas na casa dos 20, talvez bonitas, bem torneadas, aparentemente inteligentes e com a cara tapada de cremes, loções, vitalizadores e revitalizadores, preservadores de elasticidade cutânea e juvenescentes. E encharcadas em besuntos anti-olheiras, mais besuntos anti-rugas e besuntos anti-papos. Também de besuntos anti-envelhecimento. Uma vez por outra o creme anti-borbulhas. Ah, já me esquecia! E o creme sombra de olhos e o creme adelgaçante. Em suma, uma película castanha que não deixa ver-lhes as caras, caras talvez bonitas tapadas, mascaradas. Porra, cabeça a minha! E então não falava nos beiços com aqueles tons de sangue vivinho de galinha acabada de degolar?! Coitadinha desta juventude cremosa! Pobre juventude, juventude morta pela ilusão comercial dos fabricantes, dos propagandistas e dos vendedores de cremes de parecer. Pobres peles atafulhadas de besuntos que entopem os poros tão precisados de oxigénio. "

Demagogia para incautos

Este é um cartaz do PC.

Haverá alguém com dois dedos de testa - e que os use - que considere razoável "deixar cair" bancos portugueses, pesem embora as responsabilidadades de quem os esfrangalhou?!

Pois o PC, à falta de modelo de política económica, atira estas "postas de pescada" que alguns pobres distraídos papaguearão militantemente.

Esta amostra de demagogia é um fruto muito maduro do pronto-a-vestir saído do congreso do Campo Pequeno...

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domingo, 7 de dezembro de 2008

Contrastes de Évora

...... ....... A rua ........................................ O visado
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

"Ninguém gosta da escola"

Ontem, a propósito da greve dos "cetôres", ouvi na tv um miúdo dizer que "ninguém gosta da escola". Os Professores deviam prestar mais atenção a estas tiradas dos seus Clientes. A não ser que o rapaz estivesse a falar da 5 de Outubro... *

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Arma corporativa

Anda por aí a circular uma laracha já velha sobre o falar português invejoso de os americanos chamarem "afro-americanos" aos seus pretos. Aí se critica que o aborto se tenha convertido em "interrupção voluntária da gravidez"; que os operários tenham sido renomeados de "colaboradores" e se diz que "o analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à "iliteracia" galopante." Essa "análise" acaba com uma tirada corporativa: E na linha do modernismo linguístico, como se chama uma mulher que tenta destruir a educação em Portugal? - Ministra ! Nunca houvi um professor contestar o "cetôr" que grassa nas nossas escolas! Nem nunca tive conhecimento de qualquer iniciativa para ajudar os miúdos a referirem-se aos seus Professores de forma escorreita, educativa. Contínuos e "dótores" não há em países desenvolvidos e com Cidadãos de cabeça lavada. Lavada por dentro. Não aposto mas cheira-me que tal "objectividade" veio de quem quer parecer "avaliado"... .