terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Amor benfiquista acorrentado



Em muitas cidades, o amor, o amor eterno e o amor jurado é certificado a cadeado nas pontes fluviais.

E a chave desse amor é ternamente afastada da ranhura, lançada ao rio.

Essas pontes são tabeliães do compromisso, tal como as águas mansas arrecadam as chaves das juras ardentes, cuja ferrugem certifica a eternidade dos amores acorrentados.

Pois Lisboa andava arredada dessa onda. Até há pouco.

E chegou-nos agora pela via desportiva. Desportiva e benfiquista.

O Benfica instalou, frente ao pavilhão das modalidades, uma estrutura em rede com as letras que o identificam. E vende cadeados SLB.

Pois ainda a tinta está viçosa e já lá tem inúmeras proclamações metálicas.

Não há, contudo, informação sobre se as chaves foram atiradas ao Tejo em ato de fé, a exemplo de Paris.

E talvez também nunca se saiba se, como no amor ao outro ou à outra, um dia, uma mau dia, dia de mau resultado, alguém andará mortinho por desencantar a malfadada chave mesmo que ferrugenta…





!!!



domingo, 27 de novembro de 2016

Fidel Castro morreu ontem, morreu um ditador



Um ditador, sim, que viveu como nababo, enquanto o povo cubano está na penúria.

É verdade que melhorou a educação e a saúde, tal como é verdade que ainda há um ano ou dois me disse um turista que adoeceu em Cuba que ali só lhe fizeram análises rudimentares.

Teve um sonho, ele e outros, pois teve, o sonho de derrubar um ditador, mas rapidamente o sonho se tornou pesadelo. Começado com centenas de assassínios, a seu mando e do argentino Che Guevara. Derrotado um ditador, imediatamente outro, Fidel Castro, tomou o seu lugar!

E a ditadura continua, agora pela mão de ferro do mano Raul, como se de uma monarquia se tratasse.

Que a História não absolverá.
Mas que a Liberdade a substitua! Rapidamente.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Desleixo informativo do Porto de Lisboa



A Administração do Porto de Lisboa anda muito ocupada.
Há muito, muito tempo…

Tanto, que não se deu conta de que a Escola Secundária provisória que estava em frente ao atual IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera foi removida há vários anos.
Há dez, à volta disso e mesmo mais?

Mas ninguém do seu Conselho de Administração, ninguém dos vários escalões de gestão ou nenhum dos seus profissionais dos vários ofícios se deu conta disso.

A placa continua lá, obsoleta, a exibir o desleixo portuário!

E a mesma obsolescência caracteriza a linha seguinte da placa que deveria ser informativa: o Instituto Português de Investigação Marítima também não existe há vários anos. Foi substituído pelo IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

O presidente e os vogais do supracitado Conselho de Administração têm Mercedes, Audi ou BMW? 

Merecem-nos!?

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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Lisboa atacada por terroristas urbanos…

… e abandonada por políticos sem urbanidade


Ontem, a cidade tinha certificados de negligência policial, judicial e política.

Na Rua do Passadiço os sinais de trânsito tinham esta marca vândala:





E a Rua de Santa Justa, numa parede de bom material de um edifício muito bem conservado, o massacre era este:



Uma terrível ferrete da impunidade que grassa na Capital de Portugal.

Portugal entregue por irresponsáveis a terroristas impunes.


Até quando!?

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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Desmazelo no Parque Florestal de Monsanto


38,735933 -9,186479



Estas imagens, de há uma semana, não são únicas.

Repetem-se um pouco por todo o Parque Florestal. O abandono é evidente. Em estruturas, a Luneta dos Quartéis, os Moinhos do Mocho e o ex-Clube de Tiro a Chumbo (agora Tiro a Arco, mas o restaurante às moscas e várias instalações abandonadas), o restaurante panorâmico junto à FAP.

Assim como noutros domínios.

Imensas placas de identificação de pistas foram vandalizadas, faltando-lhes a chapa metálica com o respetivo nome. Carecem de urgente reposição do suporte informativo, não uma nem duas.

 Pista Rua Fria no cruzamento com a Estrada de Monsanto

Deveriam estar assim (e há muitas intactas), 

 

mas há demasiadas como esta



Tal como os bebedouros, uns sem pressão suficiente e outro com a concha cheia de água, o tubo de escoamento entupido. Só lá bebe quem não pensar nas consequências de tal imprevidência.



Os cínicos dirão que, ao menos, serve para as vespas saciarem a sede ou refrescar o ferrão. Mas não, falta manutenção!

Não há um canalizador que, uma vez por mês, os observe a todos e repare os avariados ou simplesmente os desentupa!?


Outro exemplo de negligência (38,735453 -9,185782]

2016

2012

É gritante como se deixa uma placa enferrujar a este ponto; a informação original foi  comida pela ferrugem. 

E não ontem nem anteontem. O abandono tem largos anos, ninguém duvide! Veja que a primeira foto do ex-sinal é deste ano e a seguinte de 2012. No mínimo meia dúzia de anos ao deus dará. 

Será por estar num local de difícil acesso!? Nem pensar, encontra-se à beira de uma bem conservada pista! Pista, note bem, caro leitor, estimada leitora, é um estradão de terra batida por onde facilmente circulam veículos de 4 rodas, incluindo carrinhas do Município de Lisboa ao serviço do Parque Florestal de Monsanto.

À falta de melhor é preferível arrancá-la… ao menos não exibe o amadorismo de quem deveria gerir o parque.


E como pode o município ter ali parques de merendas com mesas e bancos à sombra e água corrente e não os dotar de sanitários!? A resposta está nos inúmeros locais tapeteados de papel higiénico a 30 metros das mesas e bancos merendeiros…


Uma exceção à incúria relatada e a outras a que um dia voltaremos: as pistas, em geral, bem conservadas. Notam-se, aliás, trabalhos recentes de manutenção; a gravilha recente mostra-o, nalguns locais nem ainda acamou bem.


Já agora, quem queira gerir o parque tem de o conhecer e não é de carro. Uma boa parte pode ser percorrida em veículos, é verdade, porém a observação cuidada implica ver de perto, passar uma e outra vez nos locais, nos trilhos de acessos bem discretos e em recantos de escondidos encantos. Necessário, portanto, um gestor-zelador-caminheiro…


Tenha a Câmara Municipal de Lisboa interesse e acompanharemos quem tome em mãos as reparações do material do Pulmão de Lisboa que pedem cuidados imediatos.
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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Salazarismo de 1932-74 apouca Cidadãos de 2016




Estamos no auge dos incêndios florestais, com rara intensidade, muitas casas, matas e lameiros assaltados pelas labaredas.

E os seus donos, familiares, vizinhos e amigos, de coração nas mãos, o sangue em brasa e grande coragem combatem com as armas de que dispõem.

E as televisões mostram-nos incansáveis, desesperados e frustrados. Com toda a justiça.

Mas ao mesmo tempo que registam o seu esforço atribuem-lhes o estatuto de pobres diabos. Subliminarmente!

Por desconhecimento. Por seguidismo abúlico, "todos dizem assim"…

A verdade é que ser jornalista é ser curioso, saber um pouco de história de Portugal e pensar nas palavras que usa.

Pois os repórteres das frentes de combate aos incêndios não se cansam de mencionar populares exaustos, entrevistar populares que defendem as suas terras e de elogiar populares tão determinados.

Soubessem aquela pitada de história, tivessem estudado um pouco mais de propaganda e jamais citariam populares a enfrentar catástrofes pessoais.

Populares é um estigma, a forma depreciativa, minimizadora da dignidade cidadã, usada pela propaganda salazarista para mencionar pessoas comuns, Cidadãos anónimos ou pobres.

Cidadãos a quem o salazarismo colava o rótulo sub-reptício de "inferiores" aos instalados, aos "bem pensantes" e às "pessoas de bem".

Fossem Cidadãos lá bem do interior, do Alentejo, do Minho ou das Flores, arruaceiros alvo de notícias policiais ou Cidadãos de algum modo inconvenientes ao regime e eram etiquetados de populares nos jornais e na televisão. 

E esta técnica de propaganda pegou. Ora, passados tantos anos sobre o 25 de Abril, ainda há populares na boca de jornalistas!

Tantos livros depois, tantos artigos e debates radiofónicos e televisivos sobre a ideologia salazarista e ainda há quem vá beber ao livro de estilo da ditadura!!!

Como se não bastasse escrever Moradores e Vizinhos, Cidadãs e Cidadãos, ou simplesmente pessoas!


António Ferro, o ideólogo da propaganda salazarista, rejubilaria, lá do fundo da tumba, ao ver a sua peçonhenta bússola a orientar jornalistas. Em 2016!


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terça-feira, 26 de julho de 2016

30 ciganos cobardes

30 ciganos cobardes de Campo Maior
A notícia é de origem local:

Curiosamente, na notícia da SIC, cuja imagem encima este comentário, não foi usada a palavra ciganos!!!
Mas foram ciganos cobardes, não ingleses nem brasileiros cobardes, os agressores não foram russos cobardes nem irlandeses cobardes.
Foram 30 ciganos cobardes que, em matilha, atacaram um quartel a agrediram soldados da paz.
E esta não é uma situação rara. Grupos de ciganos ameaçam, agridem, oral e fisicamente, pessoas indefesas um pouco por todo o país.
Venham lá as caridosas almas da proteção étnica...

Venham, venham, mas tenham presente que estas tribos de portugueses demonstram que Portugal não é um Estado de Direito.

Senão vejamos, quantos miúdos ciganos acabam a escolaridade obrigatória!? E então as raparigas ciganas... Pois se a escolaridade é obrigatória, por que não obriga as famílias ciganas?
As almas pretensamente caridosas devem saber que o vandalismo cigano só pode ser travado com escolarização. Com a inoculação escolar do valor cidadania responsável!

Até lá, que as autoridades exerçam plenamente a autoridade, sem medo da chantagem cigana tantas vezes exercida por grupos cobardes. Um a um encolhem-se, não se vê um cigano sozinho de peito feito!

Ai se os soldados da paz de Campo Maior não fossem verdadeiros pessoas de paz e têm deitado a mão aos seus machados de paz profissionais...


sexta-feira, 22 de julho de 2016

Promissor revisionismo católico




O senhor papa católico esclareceu recentemente que não há brasas nem labaredas no inferno.
Boa. Boa, mas paradoxal! Então o anterior colega regimental não tinha já extinto o dito inferno!?

Adiante, que estão no bom caminho.

Voltemos ao senhor Francisco: proclamou igualmente que Adão e Eva são histórias da Carochinha, placebos low cost, portanto.

A verdade é que este revisionismo mitológico católico é promissor. Não tarda aí teremos mais um édito a reafirmar o caráter incorpóreo do ente supremo católico. Relembrar, apenas a relembrar, pois anda muito esquecido há muitos séculos.

E não surpreenderia que Francisco viesse para os telejornais atestar, à luz da relembrada imaterialidade deísta, que as estátuas que a simbolizam, assim como as dos santos e das santas são fruto de bíblico "artifício literário".

Se este varrimento conceptual persistir e se os Velhos do Restelo da Cúria Romana não fizerem um golpe de estado, assistir-se-á à maior migração estatuária da história da humanidade.

Não que seja já amanhã, que os museus por esse mundo fora ainda têm de ampliar os seus espaços de armazenamento para incorporar tamanho acervo de material ficcional.




Manuel A. Madeira
Alfragide, 20.Julho.2016

sábado, 11 de junho de 2016

Doze lembranças aos Velhos do Restelo Ortográfico





Eles atiram-se ao Acordo Ortográfico de 1990, muitos com tremendas confusões, outros com enorme desconhecimento e alguns por comodismo.

As línguas vivas vivem de renovação, o que tem acontecido com o português ao longo dos nossos séculos.

E confundir cágado com a grosseria desta palavra sem acento e iludir facto a propósito de uma certa fatiota é simples ignorância.

Mas invocar o Clã da Pharmácia para contestar os que aderiram ao dito acordo é simplista, tal como clamar pela grafia antiga.

Antiga de quando, do D. Dinis, da escrita camoniana ou da revisão ortográfica da Primeira República!?

Por ora, vamos ater-nos a palavras não tocadas pelo Acordo Ortográfico; simplesmente homógrafas mas com tónicas bem diferenciadas.

Isto como evidência de uma velha tradição que legitima igual forma da proposição para e da terceira pessoa do singular do verbo parar, para [fonia pára]. Apesar da óbvia desigualdade de pronúncias.


Eis essa dúzia que tantas vezes usamos e em que os respetivos contextos nos dizem como ler corretamente. Como também fazem os Velhos do Restelo Ortográfico.


1. Molho // Molho
Molho Portugália versus Molho de salsa.

2. Topo // Topo
Topo da pilha de livros versus Topo bem onde queres chegar.

3. Pega // Pega
Pega desasada versus Pega de cozinha.

4. Rota // Rota
Camisa rota versus Rota da seda.

5. Seca // Seca
Fruta seca versus Seca do Bacalhau.

6. Borra // Borra
Borra de café versus Borra-botas.

7. Corte // Corte
Fazer a corte à rapariga bonita versus Corte cirúrgico.

8. Greta // Greta
Tem uma greta no calcanhar versus Põe creme senão greta.

9. Besta // Besta
Deu de beber à besta versus Tiro ao alvo com besta medieval.

10. Rogo // Rogo
Assinatura a rogo versus Eu te rogo, faz-me esse favor…

11. Bola e // Bola
A  bola de carne de Guimarães é excelente versus Bola de ténis.

12. Boto // Boto
Pé Boto versus Boto açúcar no café.




quinta-feira, 19 de maio de 2016

Um quisto na cortesia hospitalar. Benigno.



Sempre fui corretamente tratado no Hospital da Luz. Com uma exceção.

Sempre ouvi Senhor aos atendedores e repete-se o Senhor no diálogo com os enfermeiros.

Volto a ouvir Senhor dos técnicos de imagiologia e não há telefonista que esqueça o Senhor.

De igual modo, os médicos de qualquer especialidade têm o Senhor na ponta da língua. Não me lembro de exceção médica neste domínio.

Conclusão, a generalidade dos profissionais do Hospital da Luz sabe o que é e pratica cortesia profissional. Com uma exceção, o quisto, o Laboratório de Análises Clínicas, no piso – 1.

O quisto é certamente benigno, suscetível, portanto, de fácil erradicação. A verdade é que todos os que trabalham naquela casa são feitos da mesma massa, massa moldável com o fermento profissional.

Mas apesar dessa mesma base, os clientes deste laboratório são apenas chamados pelo nome. Em flagrante contraste com o resto da instituição.

Maria, João, Frederico, Silvina, Teotónio. Sim, com os respetivos apelidos. Mas sem Senhor nem Senhora e nunca Senhora Dona, ou simplesmente Dona, o padrão convencional português de cortesia para mulheres.

Como se trata de um estabelecimento de saúde, basta a direção do hospital diagnosticar a maleita, perceber que tem um quisto no seu tecido social e administra a terapêutica.

Em três tempos, promova o gestor do Laboratório de Análises Clínicas a inoculação de Senhor na comunicação presencial dos seus técnicos e extirpa-se a exceção.

Uma ou outra resistência, um arrastar de pés, uns sorrisos amarelos, tudo isto pode ocorrer durante o tratamento de melhoria da cortesia. Pois pode, mas são efeitos secundários, igualmente benignos. E em pouco tempo os seus técnicos adotam Senhor, Senhora Dona e Dona como procedimento de rotina, tal como rotineira é a inserção da agulha na veia e a rotulagem dos tubos, o que tão bem sabem fazer.

Entretanto, o laboratório melhora a sua imagem, o hospital nivela por cima a qualidade do acolhimento e os profissionais são olhados com outros olhos. Olhos de retribuição da cortesia.

E adeus quisto!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Quadrilheiro - Quadras em 3ª demão

Outra demão, nova versão!




Quadrilheiro


Rimando jogo pedrinhas
e atiro alguns abraços,
dou beijocas às gordinhas
e atormento madraços.


Trafulhas mando às urtigas
em trovas envinagradas,
à má-língua faço figas,
exalto caras lavadas.


Faço quadras quando calha
e à míngua de inspiração,
tapo com tinto da talha
moléstias na rimação.


São versos contra-corrente,
pedem cante à desgarrada,
não fadinho decadente
de gentinha amargurada.


Falam de coisas da vida,
da fortuna, dos quebrantos,
daquela vez de fugida
a lembrar certos encantos…


Rimo quadras destravadas;
sem as musas de Junqueiro
são em Aleixo inspiradas.
Confesso, sou quadrilheiro!



Manuel A. Madeira
18 de Maio de 2010
Rv 9.Maio.2016

quarta-feira, 2 de março de 2016

Como circular nas rotundas


Serviço Público Formigarras


A circulação nas rotundas tem novo modelo legal desde há vários meses e continua a haver quem não siga a regra do Código das Estrada.

Quiçá por desconhecimento...

Por isso, aqui fica uma forma muito intuitiva de aprender a nelas circular em segurança:


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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Miguel Relvas, diz-lhe alguma coisa? MARIANA MORTÁGUA


Transcrição integral com uma
única nota Formigarras
Relvas branqueado pelo Banco de Portugal!?




Miguel Relvas, diz-lhe alguma coisa?
02.02.2016
MARIANA MORTÁGUA
Banco Efisa, diz-lhe alguma coisa? Era o antigo banco de investimentos do BPN e que está parado desde 2009. Está longe de ser um banco relevante no sistema, mas tem uma mais-valia: uma licença bancária para operar em Portugal, Moçambique, Angola e na América Latina, que foi mantida à custa da injeção de dinheiros públicos, cerca de 52 milhões desde 2014.
Em julho de 2015, já depois de ter vendido o BPN, o Estado decide vender também o Banco Efisa, que até aí se encontrava dentro da Parvalorem, o veículo criado para gerir os restos do BPN. O Efisa é assim entregue à Pivot por 38 milhões de euros.
Na altura pouco se sabia da Pivot, a não ser que congregava investidores angolanos, norte-americanos e portugueses. Ficámos, no entanto, na semana passada, a conhecer um pouco mais desta história.
Miguel Relvas, diz-lhe alguma coisa? Foi secretário de Estado da Administração Local em 2004, altura em que ajudou a Tecnoforma - em que esteve Passos Coelho como administrador - a montar a fraude dos aeródromos. Mais tarde tornou-se número dois do primeiro-ministro Passos, e ministro dos Assuntos Parlamentares até abril de 2013.
Miguel Relvas já tinha sido consultor do banco de investimento do BPN antes da nacionalização. Na altura, o deputado e administrador da Kapaconsult (que tinha como único cliente o Efisa) era crucial para abrir as portas da política e dos negócios no Brasil .
Em 2012, foi o seu Governo a nomear Francisco Nogueira Leite, ex-administrador da Tecnoforma com Passos Coelho, para presidente da Parvalorem. Para além de chamar outros quadros próximos da Tecnoforma, Nogueira Leite manteve homens da confiança de Oliveira e Costa em lugares críticos da empresa. E foi ele, enquanto responsável máximo da Parvalorem, a conduzir a venda do Efisa à Pivot em 2015.
Já fora do Governo, é Miguel Relvas quem aparece, mais uma vez, a prestar serviços de consultoria à Pivot. Mas na semana passada o consultor Relvas foi promovido a acionista, e pede agora ao Banco de Portugal que ateste a sua idoneidade para ser dono de um banco, o Efisa.
Miguel Relvas e idoneidade, uma contradição nos termos capaz de arrancar uma boa gargalhada a qualquer um se não corresse o risco de vir mesmo a ser declarada.

DEPUTADA DO BE

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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Lamber as feridas eleitorais



O Marcelo vai ser um festival de pantominices, uma espécie de placebo mediático para as agruras nacionais.

Mas não é seguro que o PC, inspirado no sucesso da sua passeata caça votos na última Festa do Avante, a transfira para Fátima na expectativa de um milagre eleitoral.

Também é improvável que António Costa remodele o governo para consolar Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém, candidatos com quem dividiu a sua ambígua e fragilizante atitude.

O que é seguro é que além do eleito presidente, dois outros candidatos cantam vitória.

Marisa Matias, que ultrapassou largamente Edgar Silva, o candidato do PC, impondo a alternativa BE.

E Tino de Rans, que fez uma festarola lá na terra com os votos de mais de 150.000 brincalhões.

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