sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Portugal, Afonso Henriques e o Passos

 


Passos, o PM que todos os dias desmente o que disse na véspera, de que a caótica decisão e encolha sobre a TSU é a mais caricata, não tem envergadura nem maturidade para o cargo.

Apesar das profecias da sua corte, das ânsias de almas tíbias e do prognóstico reservado de um Cavaco ausente nos momentos chave, Portugal ficará melhor sem Passos.

Se o desaparecimento do grande D. Afonso Henriques não travou Portugal, não será a já evidente morte política do frágil Passos Coelho que nos levará para a cova. Depois do Fundador, temos vencido vaga após vaga de tempestades económicas e financeiras, dramas sociais e deceções eleitorais e é o que continuaremos a fazer. Pagaremos as dívidas à tróica, criaremos consensos para um projeto nacional e havemos de levantar a cabeça.

Mas Passos morto já está; o funeral ocorrerá logo que cozinhada a laudatória extrema-unção, a ministrar por cigarras do PSD entre duas lágrimas piegas e o alívio dos portugueses.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Petardos contra a cidadania ativa


Na última sexta-feira, muito povo se reuniu em Belém, frente à Presidência da República, para lembrar aos políticos que tem uma palavra a dizer sobre o destino de Portugal.

Fica aqui um pequeno retrato das motivações cidadãs nessa chamada vigília.

 

 
 

 


 
 
O dispositivo policial foi imponente e abrangente, desde o jardim até à Calçada da Ajuda, com o acesso ao Pátio dos Bichos fechado ao público. E por aí terá saído a maioria dos membros do Conselho de Estado convocado por Cavaco.

 
 
O forte contingente não impediu, contudo, o lançamento de vários petardos. Mesmo em frente deste destacamento de EIR explodiu uma dezena desses explosivos.
 
 
Uma manifestação, seja protesto ou apelo, reinvidicação ou denúncia, é um gesto pacífico de assunção da cidadania num Portugal livre.
 
Sem tranquilidade, qualquer intervenção política na via pública perde eficácia e reveste-se de caráter de arruaça, reduzindo o seu impacto, podendo mesmo ser usada pelos contestados.
 
Viram do avesso as frases e os cartazes que lhe são dirigidos e convertem petardos em bombas e palavras em agressões. Munidos de assessores de imprensa e consultores de imagem e uma ajudinha de certo jurisconsulto ainda ficam por cima no saldo televisivo. As manifestações tumultuosas até lhes podem dar jeito. Já vimos isso...

Nesta vigília de Belém, depois dos petardos foram atiradas pedras e garrafas e houve quem  explicasse os excessos com o excesso de ingestão dos conteúdos.

 
 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

11ª Manifestação ética pela demissão do aldrabão



Ontem, diminuiu o número de Cidadãos que bateram o pé a Miguel Relvas, em defesa de um Portugal governado à luz da Ética.

Foram 13 os que, frente à Assembleia da República, clamaram pela demissão desse mentiroso ministro, embora não estejam todos na foto inicial.

Continuaram a ser distribuídos folhetos aos concidadãos que passaram frente ao parlamento, a pé e de carro, que, na grande maioria, os aceitaram sorridentes.

Como anteriormente, alguns carros não pararam ou os vidros não foram abertos e outros buzinaram o seu apoio. Porém, pela primeira vez, se ouviu uma voz de enfado Vão trabalhar.


 
Também pela primeira vez, a bandeira nacional enquadrou a manifestação.
 
 
Os apitos continuaram igualmente os seus estridentes alertas...
 
 
...e mantiveram-se alguns dos suportes já usados noutras Relvas rua!



 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

"Relvas rua!" no seu próprio governo

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Vigília em Belém, 21.Set.2012

O CDS Portas fez pirraça ao PSD, Passos amuou, a coisa empolou e as redações arrebitaram a orelha.
Como anti-inflamatório foi criado o Conselho de Coordenação da Coligação com sigla e tudo, a originalíssima CCC.
Falta apurar se o amaciador é de aplicação diária, três vezes ao dia, depois das abluções matinais, a seguir ao digestivo do almoço ou após o último malte da noite. E não há jornalista que não se esmifre por descobrir a eficácia do CCC, se é amargo, dá azia ou tem efeitos secundários indigestos para a própria tróica.
Isso só mais tarde se saberá, mas o que é clarinho clarinho é que o Relvas já viu o Relvas rua! dos seus próprios correligionários.
Factos são factos e o EXPRESSO de sábado pintou-os em tons impressivos: Relvas está fora do CCC! Constituem-no os primeiros vices de cada partido, assim como os respetivos líderes parlamentares e responsáveis pelas próximas autárquicas. Só. Única e exclusivamente.

O "coordenador político" do governo Passos – esse mesmo, o Relvas – ficou de fora. Coordenador enjeitado da coordenação interpartidária pelos seus pares tem a sentença lida: Relvas rua!

Mais claro só com selo branco oficial, o que não tardará. Venha a data, que queremos celebrar!

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Máscaras de ideologias da desideologização


 

 
Ideologia salazarista da não-ideologia
No Estado Novo, versão oficial, não havia ideologia, apenas os superiores interesses da nação. E a verdade é que toda a propaganda salazarista, direito corporativo e direito administrativo incluídos, tudo fizeram para banir essa palavra dos textos e da fala, do pensamento e da comunicação social.
Foi um longo tempo de ideologia salazarista injetada nos livros e manuais, nos jornais e nas revistas como produto não ideológico. Porém, evidente na escolarização reduzida aos mínimos, na neutralização e prisão de pensadores, na censura de livros, jornais e jornalistas, no impedimento de reuniões, no condicionamento industrial e no servilismo inoculado na reverência aos chefes e no subserviente pede deferimento dos requerimentos.
 
Explosão ideológica
Com o 25 de Abril tudo mudou: o vulcão expeliu ideologias para todos os gostos e todas elas com todas as letras.
Mas aos poucos, assente a euforia, foram secas, ridicularizadas umas, esvaziadas outras e mesmo ideologias ganhadoras foram metidas na gaveta. Foi tempo dos empréstimos garantidos pelo ouro que nos obrigaram a depositar em bancos estrangeiros. E também foi o tempo do primeiro FMI e da resignação nacional ao pragmatismo de comer todos os dias. Parêntesis: até a Aspirina, a da Bayer, chegou a faltar nas farmácias!
Nesta fase da história de Portugal, a desideologização foi promovida sob a égide do livre mercado, dos "barões" novos-ricos e do anestesiante "sindicalismo" PS-PSD. Exemplo da pretensa neutralidade ideológica de tal tempo foi o milionário copo-de-água do casamente de uma filha do "sindicalista" "socialista" Torres Couto.
Gente incómoda para o Clube de Bilderberg tem chamado a tal tempo tempo de regabofe, tempo de peculato e de sinais de milagre, o milagre de sinais exteriores de riqueza sem fonte plausível nem investigação eficaz.

Ideologia do deus-mercado
E eis que chega Passos… embora este capítulo já tenha vindo a desabrochar antes dele, então com mais pezinhos de lã.

Ansioso por ribalta, peanha e cordelinhos, Passos empurrou Sócrates borda fora a poder de PEC e mais PEC: o país, o país, o país… meu querido Portugal! Tudo limpo, sem sombra de ideologia, aquela conversa de plástico a que os químicos chamam PPC – 4-Fenil-4-(1-piperidinil)-ciclo-hexanol, mas que os cínicos puros sintetizam como simples charlatanice.
Pois não é que o outro PPC, o agora Pedro do facebook, desenterrou a ideologia ao enterrar os trabalhadores com mais 7% de TSU! Claro que a bem de todos nós, até para benefício dos que ganham 485 euros e que ficarão com menos 34. Uma ninharia, coisa que não ia impedir o "estadista" de cozinhar o bem da arraia-miúda.
A tróica manda baixar os salários e o Pedro, seu pau mandado, zás, não hesita em empobrecer os mais pobres dos pobres. Podia tirar uns trocos aos grandes senhores, aos Amorins e aos Azevedos e até ficava bem no retrato se limasse um pouco dos milhões dos Mexias e dos senhores da banca. E salvaria as aparências se fizesse uns desbastes nos figurões do PSD e do PS que se instalaram nas empresas públicas a título de gestores e se pavoneiam de BM topo de gama nos congressos partidários.

Mas não, a ideologia Chicago boys falou mais alto. E é também ela que o faz acabar com os subsídios de férias e de natal, manobra que mascarou como distribuição pelos doze meses de um dos subsídios reposto. É um pequeno balão de ensaio. Por ora restrito a um setor laboral, mas a apalpar terreno para um passo maior.
É evidente que são passos da passada ideológica de reinstalação da oligarquia do dinheiro grande. E do esmagamento da cidadania, pondo a política ao serviço desse império, agenciada pelos políticos seus serventuários.
Este todo-poderoso deus mercantil, alheio ao desenvolvimento de uma economia assente em profissionais altamente qualificados e tecnologias de ponta e indiferente ao bem-estar do povo é um caminho para o precipício. Que Passos embrulha em celofane economês, mas que não passa de poeira de ultraliberalismo para olhos incautos. Nem o recuo na TSU é tranquilizante, dada a sua rotineira tática da mentir aos portugueses.
Nem para o americano médio o liberalismo selvagem será bom, que as ruas USA estão cheias de sem-abrigo, esse desumano indicador de miséria extrema. E mesmo na União Europeia dos altos PIB, IDH e Gini são mantidos esquemas de solidariedade social que o experimentalismo Passos quer abolir, mascarado pela sua requentada ideologia da não ideologia.

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domingo, 23 de setembro de 2012

O Conselho de Estado do Zé Povinho

Como uma má fotografia retrata bem a imagem que um povo com história tem de um órgão que também a podia ter.
 
Tivéssemos nós um Presidente corajoso e o Conselho de Estado não seria o inócuo apêndice de um frágil papa-reformas* fugido às suas responsabilidades.
 
Nem este lúcido cartaz teria aparecido na manifestação da última sexta-feira em Belém. 

 
* Um Presidente digno desse cargo jamais prescindiria do seu salário institucional, como fez Cavaco.
 
 

sábado, 22 de setembro de 2012

Passos rua!

Ontem na Vigília frente ao Palácio de Belém


Terá sido o enterro oficial da TSU: o Governo informou o Conselho de Estado que está disponível para "estudar alternativas à alteração da TSU" com os parceiros sociais. E também assegurou aos conselheiros que a coligação está sólida.
http://www.publico.pt/Política/conselho-de-estado-governo-ira-encontrar-alternativas-a-mudanca-na-tsu-1564079?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoRSS+%28Publico.pt%29#

Passos não sabe o que quer, só sabe que quer ser governo. Ontem a TSU era a salvação da pátria, hoje já existe alternativa... Que trapalhada! É o caminho Santana Lopes, lembram-se!?

Só um verbo de encher, cheio de prosápia, enche a boca com ir além da tróica e  tão poucos dias depois de aumentar a TSU para os trabalhadores a anula, metendo o rabinho entre as pernas.

Ordem e contra ordem é desordem, o dito militar, cai que nem uma luva nesta barata tonta que é o PPC. Portugal tem de pagar o que deve, Portugal tem compromissos que deve cumprir, mas, acima de tudo, Portugal precisa de um Norte, uma orientação com constância, viabilidade e sustentação popular, não de um cata-vento

 Porém, com o "pensador" Miguel Relvas a coordenar a ação política do executivo, nada disto surpreende. Mentiroso credenciado, traficante publicamente denunciado e diplomado de contrafação, que credibilidade popular tem esta figura de ópera bufa, perante a tróica e junto dos seus pares!?

Decididamente, já não basta o Relvas rua!; Passos rua! é o caminho.

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NB: Se anunciam a solidez aos quatro ventos é porque a coligação está presa por arames.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Paris – cidade de golpes


Gare du Nord
18 de Setembro de 2012
Os quatro amigos, para desmoer a jantarada com vinho sem sulfitos, foram à Gare du Nord, à noite, comprar os bilhetes para o dia seguinte.
Na ampla gare deserta seguiam tabuleta a tabuleta RER Billets em busca das máquinas automáticas quando um tipo alto de aspeto argelino perguntou se queríamos bilhetes, apontou-nos as máquinas e seguiu caminho.
Quase lá, aparece outro tipo de tipologia argelina, mais baixo, mais franzino, que pergunta se vamos aos bilhetes para o Charles de Gaulle. Que sim e num instante já ele está a teclar a nossa máquina.
A dita não aceita o nosso cartão de crédito – alerta subliminar!!! – e oferece-se para pagar com o seu próprio cartão. Num piscar de olhos pagamos-lhe em notas, recebemos o troco e vemo-nos com quatro bilhetes na mão.
Virados e revirados, mirados e remirados, nem a tarifa Carnet tarif réduit nos alertou para a golpada! Carnet de 4 bilhetes!? Tarifa reduzida para adultos!? A verdade é que nem demos por esta informação: tê-la-emos lido e relido, mas os sensores não passaram do tremelicar amarelo.
O regresso ao apartamento fez-se entre a "amabilidade" do "senhor" e o porquê de tamanha "solicitude".

Gare du Nord
19 de Setembro de 2012
Com a bagagem a reboque, chegados à Gare du Nord, à cautela, pedimos parecer a um segurança. Despachou-nos sem se dignar uma simples olhadela aos bilhetes. Se saiu da máquina são válidos, foi a sentença.
Transpusemos o torniquete de acesso à RER B sem mais empecilho que os olhares entre nós como que a dizerem falso alarme, argelino bom.

Gare RER Charles de Gaule 2
19 de Setembro de 2012
E foi bom até sermos travados pelo torniquete de saída da gare do aeroporto.
As duas senhoras passaram, mas ficaram sob alçada de uma agente SNCF de chapelito vermelho, nariz arrebitado e com vontade de lhes sacar 30 eurecos de multa.
Os homens, ao vermos rejeitada a sua saída, pegámos nos bilhetes e dirigimo-nos a um fiscal de porte atlético e cara de poucos amigos. Entrementes, um apressado gringo cabelo cor de cenoura terá sido apanhado sem bilhete e logo apresentou a nota de 50 para entrar no aeroporto.
Pela nossa parte, explicámos ao Monsieur SNCF a "intermediação" argelina e recebemos um firme
– Foram vigarizados. Em francês soaria melhor, mas varreu-se-me o palavrão, qualquer coisa como escroqués.
Convencido, passou-nos para o outro lado e disse à colega de chapelito que o fizera por termos sido burlados. Ela hesitou um instante, parecendo não abdicar dos 30 vezes 2, mas o bom senso imperou, retomando nós 4 o império da liberdade circulatória.

Contabilisticamente, a burla ficou-nos a custo zero, pois o vigarista argelino "cobrara-nos" exatamente o valor dos bilhetes, 9,25 por cabeça. A RATP é que ficou a perder. Que se mexa, ela e a polícia, que têm muito que remexer!
E os burlões – em equipa, associação de malfeitores dirá um qualquer código napoleónico – fizeram a sua noite! Uns trocos, é certo, uma infinitésima partícula do "negócio" golpista da escumalha duma Paris que finge dar caça a vígaros impunes.

Destes estamos falados; voltaremos com o golpe do anel e das assinaturas das ciganas romenas.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Um homem com "unhas" contra-corrupção



O homem chama-se Paulo Morais e fala sem papas na língua. Desmonta os labirintos potenciadores da corrupção e põe a nu a pícara Cândida Almeida, essa funcionária da magistratura que não vê o que os portugueses vêem e querem investigado e levado a tribunal.

Recomenda-se vivamente que não perca esta notável peça de cidadania ativa:

 
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Serviço Público Humorístico 3


Não fosse o senhor Relvas um traficante "académico" e este estúdio não gastaria um simples byte com tal criatura.
 
 
 
Mas o seu diploma flan vale todo o investimento em obras que cheguem um dia à mesa do Passos e este caia em si se não cair de podre, pois nas bocas do mundo já caiu há muito. Para que o senhor Relvas caia do poleiro a que ascendeu com aldrabices.
 
 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Serviço Público Humorístico 2



 
Não são só os advogados que esticam a interpretação até à absolvição dos seus clientes.
 
Este juízes comportaram-se como políticos e aos políticos fizeram o jeitinho de amassar os artigos e as alíneas com jurisprudência fedenta e doutrina rançosa.
 
Como é possível uma inconstitucionalidade com prazo de validade!? Inconstitucional lá para diante, mas este ano é coisa fina, uma lei de pedra e cal. Está-se mesmo a ver o médico anunciar à menina meio virgem a sua meia gravidez...
 
Quem a perdeu foi o próprio tribunal, que atirou mais uma acha para o descrédito da "justiça" portuguesa.
 
Por isso, Humor da Treta, prestou mais um sério Serviço Público com esta desmontagem da montagem jurisdicional.
 
 

domingo, 16 de setembro de 2012

Serviço Público Humorístico 1


Há montagens do Humor da Treta muito expressivas, um verdadeiro antidepressivo.

Por isso aqui aparecem como Serviço Público.

E quem tiver dúvidas que as compare a programas da RTP 1 como o do Fernando Mendes, essa alma ressequida que, sabe-se lá como, continua a faturar o oficial serviço público de televisão.

 
 

sábado, 15 de setembro de 2012

Besuntada tapas a cara



Pintas esse rosto lindo
tapas a cara que é tua,
e estás em casa ou na rua,
mesmo calada, mentindo.


António Aleixo
Este livro que vos deixo

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Nem voo rasante nem amaragem


Belém  Lisboa, 6.Set.2012

Não, de facto, pois se trata apenas de imagem da réplica de um dos hidoviões que levou Gago Coutinho e Sacadura Cabral pelos ares do Atlântico Sul.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Notas de Viena de Áustria


 Postal de Julho de 1992
 
Em conversa com uma vienense, dizia ela que falavam austríaco, não alemão!
 
Se têm uma língua própria, bem gostava de saber se os alemães não entendem este Coça coça!

Os bairrismos e nacionalismos têm grande capacidade de distorção! Se não forem pretexto para guerras e sangue, mortes e dor, que se divirtam...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Gatos-pingados na Proteção Civil



Chegam-nos de farda preta e preta boina com labaredas assustadoras, árvores calcinadas, gado esturricado e pessoas inconsoláveis.
Já nos basta a preta situação; nem precisamos que no-las dêem de luto carregado!

A farda preta retinta e boina da mesma mórbida cor adotadas pela Proteção Civil são uma triste evidência de insegurança institucional.
São um perigo para as pessoas que as usam em caso de envolvimento em ocorrência grave.
De facto, não contrastam com o meio envolvente (então no meio de matos queimados…) nem chamam a atenção. São um meio de contra-segurança que nada abona a ANPC, obviamente despojada de autoridade neste sensível domínio.

Quem encomendou e quem concebeu os uniformes dos funcionários da Autoridade Nacional de Proteção Civil que nos trazem más notícias foi indiferente ao nosso padrão cultural que relaciona o preto à tristeza e ao luto.

Lembram os funerários gatos-pingados em vez de servirem de prevenção e alerta, auxiliares da integridade dos operacionais de proteção.
Se a coisa está preta com tanto incêndio por todo o país, com estas pretas fardas mais pretos ficam os noticiários.

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9ª Manifestação ética pela demissão do aldrabão

 
Assembleia da República, 10.Set.2012

Mais uma segunda-feira em que uma pequeníssima parte da sociedade portuguesa fez questão de afirmar os seus valores éticos. 19 Cidadãos, acreditando que a ética prevalecerá no governo Passos, gritaram Relvas rua!
E não calaram as suas razões:
 
Ética sim, Relvas Não – Demissão do aldrabão!
 
A decência não tem equivalência!
 
O Relvas a aldrabar e o Passos a tapar!
 
 
Fizeram-no frente ao parlamento, desta vez no triângulo rodoviário junto à casa amarela a que os polícias chamam ilha. Alguém propôs rebatizá-la Ilha Ética, não sendo nada má ideia acrescentar o dístico Zona livre de aldrabões.
 
Assim o PM tenha um assomo de consciência cívica e se livre do Miguel Relvas.
Em que país civilizado europeu um governante desmascarado na praça pública não sairia pelo seu próprio pé!?
Ou terá Passos medo de cair com ele!?

 




 
 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Chico-esperto piegas



PPC, autoconfirma-se como piegas chico-esperto: ainda há tão poucos dias, para a corte do PSD, dizia que 2013 seria melhor!

O protetor do Relvas aldrabão tão aldrabão como ele é. Um aldrabãozeco, aliás, pois a técnica de se esconder atrás das filhas não é próprio de um PM, mas sim de franganote enfermiço.

Pobre diabo!

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domingo, 9 de setembro de 2012

Tu caótico


O eterno símbolo do velho CAOS
Círculo de Atividades Oxigénio e Sol


Não temos no CAOS senhores
nem sequer senhoras donas.
Por cá não moram dôtores,
muito menos figuronas!



Linhagem, bazófia, brasões,
estatuto, certificados:
vazias quimeras, grilhões!
– Cativeiros antiquados…



Somos simples companheiros
sem canudos, etiquetas,
sejam ricos adegueiros,
ou pedagogas forretas.



Veterano calejado
e a cachopa tenrinha
usam tu como cajado
ao saltar a ribeirinha.



Entre estevas e verdura,
o sabido feiticeiro
adoça má catadura,
seduz o mais regateiro.



Trilhos fora tuteando,
tutear de andadeiro,
todos iguais enlaçando
com o tu hospitaleiro.



Sem balofa gentileza,
bons afetos cimentando,
é do CAOS a fortaleza,
todos por tu se tratando.




Manuel A. Madeira
6 de Agosto de 2012

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Portugal tem um PM mentiroso

 


Passos, há dias, num encontro do seu partido, o PSD, dizia que o próximo ano seria melhor, que proximamente se vislumbraria uma luzinha de esperança.

Porém, mentiroso sem vergonha nem dignidade, acaba de anunciar mais e mais apertos para quem trabalha e supressão do natal e das férias dos reformados.

Há muitos, muitos anos, em tempos maus, terríveis, um PM britânico disse aos concidadãos que seria doloroso o caminho para vencer  nazismo. Apesar do anúncio do grande esforço exigido, o povo acreditou nele e venceu a guerra.

Esse grande líder chamava-se Winston Churchill e foi um homem prezado por ser fiel à palavra dada.

Passos é desprezado pelos portugueses por espezinhar as suas próprias palavras. Portugal precisa de um estadista, mas tem um fala-barato no lugar de PM.

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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Balas do melhor



Que estas sejam as balas que nos atravessem o coração.
Sr. Narciso da Lucinda

Para atingir a eloquência deste brinde, todas as balas, sejam brancas ou tintas, rosé ou de verdelho do Pico, devem ser atiradas de coração aberto a bons e leais amigos!

Obviamente sob a égide de uma cláusula de salvaguarda: com sulfitos ou reguingalhos, frisantes ou carrascãs, sejam elas moderadas.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Senhor Pires


O Senhor Pires foi meu Professor de geografia e era também o encarregado das atividades da Mocidade Portuguesa. Para os mais novos aqui deixo a bula da MP. Pretendia ser uma fabriqueta de ativos agentes do salazarismo, seduzindo os jovens com chefias, acampamentos de férias e farda com símbolos nacionais no bolso da camisa.
Como Professor guardo dele boas memórias. Sabedor, atento e tranquilo, tinha os rapazes e as raparigas na mão. Dava a volta às pulantices de miúdos e adolescentes sem gritos nem estaladas. Nem me lembro se usava puxões de orelhas pedagógicos.
Na MP creio que só cumpria os serviços mínimos, reduzindo-os às marchas de inspiração militar das quartas e sábados e poupando-nos à doutrinação salazarista.
De facto, a pequena burguesia da Vidigueira de então era uma comunidade avessa ao Estado Novo, com a contestação política centrada num dos cafés da Rua Longa. Não passava de convicções e palavras, só palavras, sem ato nem desacato. Por isso tolerada pelos delegados locais do regime.
É neste cadinho cultural que o Senhor Pires se afirma eticamente. E afirmava-se perante os alunos logo nas primeiras aulas ao ser interpelado por doutor e recusar o prefixo:
Trata-me por Senhor Pires!
Não sendo licenciado, nunca lhe terá passado pela cabeça ostentar essa marca nacional de poucachinho que lhe macularia a dignidade de que jamais abdicou.
 
Tivesse Miguel Relvas passado pelas mãos de um Senhor Pires e não seria hoje o mais grotesco motivo das gargalhadas de Portugal.

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Angola – Ordem da ladroagem



Putin condecorou o homólogo angolano, Eduardo dos Santos, com a Ordem de Honra 


Há aqui um grande equívoco, talvez devido ao cirílico em que a maioria dos angolanos e portugueses são pouco ou nada fluentes.

Em boa verdade não pode passar de uma assombrada Ordem da ladroagem, em que o roubo é elevado à peanha dos brasões. 

De facto, as fortunas incomensuráveis do "presidente" de Angola, suas filhas e afilhados, generais e outros que tais, nada têm a ver com honra. Honra é coisa de gente séria, não de magarefes que sugam a seu bel-prazer o mais suculento recurso de todo um povo. 

E quanto às "eleições", essa gigantesca fraude propagandística que manteve no casulo dourado o laureado por Putin, não passaram fingido ato democrático.

Fosse aquele ladrão honrado e Angola, com tanto petróleo a jorrar, não teria crianças esfarrapadas, pé-descalço e esfomeadas de Cabinda ao Cunene.
 
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