domingo, 28 de abril de 2013

Cavaco – O Pregoeiro

 

Cavaco:
"Não me venham dizer depois que eu não avisei"
http://expresso.sapo.pt/cavaco-nao-me-venham-dizer-depois-que-eu-nao-avisei=f803298


Cavaco mantem o guião, pois já antes, quando a dívida pública estilhaçou a esperança dos portugueses, também avisou.
E depois avisou que tinha avisado.
Avisou, avisou e avisa.
E eu a pensar que Presidente da República é um decisor para os grandes momentos, para as encruzilhadas de Portugal, um travão aos desvarios.
Sampaio arranjou forma de despedir o espalhafatoso Santana, mas Cavaco, o PR que faz de economista, não sentiu responsabilidade no afundamento de Portugal.
Em vez disso avisou e avisa: é um lamentável pregoeiro em vez de um Presidente que Portugal respeite.
----
 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Apavorados sob a cinza da Constituição que queimaram


Golpistas da Guiné-Bissau
 


Fernando Vaz, o agente dos golpistas da Guiné-Bissau para os negócios estrangeiros terá dito que o antigo chefe da marinha, preso pela agência antidroga dos EUA, foi capturado em águas guineenses.

Mais terá declarado que este e Indjai, o golpista-mor, deveriam ser julgados na Guiné-Bissau, o que considerou "um direito constitucional".
O que faz o medo!!!
Invocar uma constituição que foi grosseira e militarmente espezinhada, factualmente revogada e apenas usada como máscara do governo fantoche é obra! 

Todos os cabecilhas da tropa fandanga e putativos narcotraficantes, seus paus mandados e serventuários estão em pânico. A expectativa de serem caçados um a um como ratos fora da toca pelo longo braço americano, fá-los perder a lucidez.
A ponto de não perceberem que o mundo conhece bem a "independência" da "justiça" guineense. E que os EUA, depois de lhes deitarem a mão, jamais cederiam à encenação de um julgamento de traficantes de drogas por fingidos juízes comprados com os milhões das drogas!
Tão pomposas como fantasiosas declarações do farsante ministro só têm uma utilidade:
– Rir às gargalhadas!!!

-----

sábado, 20 de abril de 2013

MAI e PSP incitam à insegurança rodoviária


Não há natal nem páscoa sem que muitas famílias fiquem enlutadas, além de jovens, adultos e crianças serem irremediavelmente mutilados.
Nos restantes dias do ano a sinistralidade é igualmente elevada, mas só nessas épocas e nos fins-de-semana festivos se fazem balanços públicos das vidas perdidas e de tantos portugueses atirados para cadeiras de rodas.
Ora são geralmente polícias a dar as más notícias. Os mesmos que fazem recomendações de condução segura. Porém, perigosamente negligentes na condução de carros de serviço.

Sim, os polícias estão isentos – ilegal e irresponsavelmente – de uma das mais elementares normas de segurança rodoviária, a colocação de cinto de segurança.
Ilegal por ser um ordinário despacho de um ministro irrefletido a dispensá-los do uso deste meio de proteção.
E irresponsável por vários ministros e secretários de Estado terem passado pelo MAI sem mexer uma palha para corrigir a anomalia. Além de a hierarquia da PSP nada fazer para alterar o mau exemplo que dão ao país.

A verdade é que o cinto de segurança poupa vidas. Isso é sabido no MAI na Direção Nacional da PSP.
Todavia, doentiamente, alega-se que os seus agentes carecem de liberdade de movimentos. O que é uma monumental mentira. Mais que evidente falsidade é uma cedência gratuita ao atávico comodismo português, tão useiro em iludir normas e procedimentos de incontestável interesse público.
Basta ver que são ínfimas as situações em que os agentes da lei podem ver a sua operacionalidade reduzida pelo uso de cinto de segurança. Disso são exemplo as intervenções da Unidade Especial de Polícia da PSP, bem como de ações de urgência e emergência de outras equipas ou missões sensíveis.
Salta à vista, no dia a dia, que a esmagadora maioria das deslocações em viaturas policiais carecem tanto de segurança rodoviária como a de qualquer outro carro. Basta pensar nos inúmeros com que nos cruzamos, muitas vezes em rotineiras e tranquilas patrulhas, carrinhas de carga ou de transporte de pessoal.
Daí que a segurança desses agentes deva ser protegida sempre que se deslocam em veículos automóveis.

Como exemplarmente faz o INEM. Este mostra à sociedade que não é em vão que se chama Emergência Médica, pois os seus operacionais circulam com o cinto posto. Por vezes em grande velocidade, as sirenes e buzinas no máximo, mas médicos, enfermeiros com o protetor cinto de segurança corretamente colocado.
Enquanto o INEM é um exemplo de cidadania responsável, a PSP é o oposto, exibe a "pedagogia" da negligência, o desprezo institucionalizado pela segurança.
 
O que se disse sobre a incúria da PSP e da sua Direção Nacional é, muito provavelmente, aplicável à GNR e ao seu Comando Geral.

O MAI, como tutela da segurança rodoviária, não corrigindo a complacência para com a insegurança rodoviária nos veículos é o cúmplice maior pela mortalidade e morbilidade dos agentes.

 Mas é especialmente deplorável a sua indiferença por tão mau exemplo para a sociedade de uma instituição cujas práticas devem ser exemplares.
 
- - - -

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A hipocrisia do direito à vida de assassinos



O presidente dos EUA disse, há algumas horas, que os bombistas de Boston sofreriam o peso da justiça.
Que justiça!?
Não sei se o Estado de Massachusetts tem pena capital, mas sei que é a única sanção apropriada para mandantes e executantes de tão cruel crime.

Quem decidiu, organizou e fabricou os mortíferos engenhos foi de uma crueldade imperdoável: para provocar maior sofrimento foram adicionados pregos ao material explosivo.
Assassinos como os que assolaram a América no 11 de Setembro, o português que em 2001 matou 6 concidadãos no Brasil e os que agora mataram e estropiaram dezenas de pessoas não podem invocar o seu próprio direito à vida.
Para travar gente desta a lei deve ser firme, com a pena de morte nos Códigos Penais. É o instrumento a que as sociedades terão de recorrer para fazer justiça, impedir a barbárie e evitar reincidências.

Ao ler isto, muitas almas bradarão aos céus, invocarão os Direitos do Homem e a herança cristã.
Do humanismo cristão nem mais uma palavra, que por ele falam os 3.000.000 (três milhões) de assassínios da inquisição católica, muitos queimados em fogueiras na praça pública!
Quanto ao direito à vida e aos minuciosos procedimentos legais de proteção de criminosos, declarados inocentes até à sentença condenatória, recordemos o fim de Bin Laden.
Sem advogado de defesa nem júri nem julgamento, foi abatido a sangue frio por forças dos EUA e Obama festejou a sua morte. Também nós.

Afinal, qual a diferença entre o assassino Bin Laden e os assassinos de Boston? As suas nacionalidades, o número de mortos, o local do crime!? Nada disso conta: se os EUA deitaram a mão ao antigo aliado panamiano Noriega e foram às águas da Guiné-Bissau capturar um barão local do narcotráfico, podiam ter feito o mesmo a Bin Laden.
Mas não quiseram esse estorvo nas mãos nem criar um mártir que provocaria romarias a uma Meca do terror. Por isso Obama mandou matá-lo sem presunção de inocência, sem advogado e sem julgamento.
Um método contrário à lei, o que é paradoxal. A América das liberdades agiu ilegalmente para libertar a Terra de um dos mais tenebrosos assassinos de sempre.
 
E é exatamente por isso que a pena capital legalmente definida é um imperativo civilizacional. Para que ninguém, presidente americano incluído, possa decidir a morte de quem quer que seja fora dos tribunais.

!!!!!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Argúcia, Ministério de Estado e estado da argúcia


 
Um dos paus mandados de Paulo Portas veio a público dizer que a Economia deveria ser promovida a Ministério de Estado. E logo Álvaro, o ministro na berlinda, bateu palmas, sim senhor, é isso mesmo!
Como se ser de Estado contasse alguma coisa neste jogo de forças em que a força do ministro Gaspar – de Estado – faz o que muito bem entende, fazendo Passos fazer de PM decorativo.
Ansioso por se manter no poder, mas sem força para afrontar Passos, Portas manda recados para dentro do campo como se ele próprio não estivesse a jogar!
E é dentro das quatro linhas que as finanças têm dado absoluta prioridade às contas certas arrastando a economia para incerto futuro.
Esse é o problema.
Mas parece haver alternativa. Ecos vários fazem crer que se deve infletir tal caminho, o que o CDS subscreve, mas não convence Gaspar, o contabilista que despreza a Curva de Laffer.
E Portas, à falta de melhor, levanta a voz, qual arguto ventríloquo. Argúcia homóloga à do aplauso do Álvaro, sitiado no campo minado entre o guardião da tróica e a comunicação social a que não caiu no goto.
 
Ora não é com burocratas ansiosos por carimbos Ministério de Estado que a economia sai do charco e Portugal levanta cabeça. É com políticas, com políticas de outros políticos, nunca com Passos e Gaspar.

----

domingo, 14 de abril de 2013

Nova República em Espanha



A monarquia espanhola, nos últimos anos, tem demonstrado a superioridade de um regime republicano.

O rei e as suas peripécias botsuanas com a namorada alemã, a caça a elefantes e a fratura da anca, fraturaram a estabilidade política do país.

Mais recentemente, um genro deste mesmo senhor foi apanhado em negociatas indignas e a turbulência acentuou-se.

E hoje, "Um mar de bandeiras tricolor inundou as ruas de Madrid para comemorar o 82º aniversário da II República e reclamar um referendo sobre a chefia do Estado." [publico.es]

Esta onda republicana, que não é nova, lembra-nos, há um par de anos, a alusão à grega rainha Sofia em graffiti muito próximos de
Expulsão da rainha estrangeira!
 
Embora se desconheça a dimensão desta corrente republicana, não se prevê que, a curto prazo, Espanha mude de regime. Nem interessa a Portugal que o seu vizinho encete uma transição convulsiva.
 
Mas uma coisa é certa, o fermento está lá, é crescente a impopularidade daquela ociosa família e um dia a mudança pode ocorrer. Os espanhóis bem sabem que numa República, pesem embora todas as manipulações, é possível afastar quem pratica desmandos. Não é, por enquanto, o caso deles, que não passam de súbditos, coisa muito diferente de Cidadãos.
 
 
 
???
 

sábado, 13 de abril de 2013

PSD trai Portugal louvando Relvas


 
Conselho Nacional do PSD aprova voto de louvor a Relvas
O texto foi aceite pela mesa do Conselho Nacional do partido e o voto de louvor ao ministro Miguel Relvas foi aprovado por uma larga maioria - 174 votos a favor, três abstenções e um voto contra (Virgínia Estorninho). http://www.publico.pt/politica/noticia/poiares-maduro-participa-no-conselho-nacional-do-psd-1591200
 
Um louvor a Relvas, o aldrabão!!!

O PSD louvar Relvas é informação privilegiada: ninguém se iluda com Passos, com a sua corte ou com a "social democracia" de tais gabadores.

E agora entre aspas:
"voto de louvor ao ministro Miguel Relvas foi aprovado por uma larga maioria - 174 votos a favor, três abstenções e um voto contra (Virgínia Estorninho)."

Novamente sem aspas: 98% dos conselheiros nacionais do PSD apoiaram as aldrabices, a traficância do canudo flan, as viagens fantasma e as moradas falsas para vigarizar a Assembleia da República.


Só faltou encomendarem-lhe uma estátua!!! E é este o partido que "governa" Portugal!!!

Só nos resta um caminho: livrar Portugal destes 98%.

-----

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Picha d'oiro


 

Mário Zambujal foi jornalista e escreve livros com capítulos tão agradáveis como roliças crónicas sequenciais.
Habituou-nos, desde a Crónica dos bons malandros à sua pena leve, ao tom descontraído e à autenticidade cativante.
No último, Cafuné – Tropelias do secretário da amiga da aia da rainha, o estilo Zambujal prende-nos às tropelias de um e às hormonas das outras, emolduradas em tempo de invasões francesas.

O picha d'oiro também enrica o novelo. Generoso frequentador de bordel honesto, entra na trama para lhe dar cor e tutelar uma sobrinha que concorre com uma mulata brasileira nas manobras do cafuné.
Confuso!? Nem por isso, caro leitor, estimada leitora, apenas um pequeno incitamento para que largue tudo e vá à procura do livro.

E é também um lamiré às almas mais puritans: mostra como a arte põe picha em pura prosa sem qualquer dor ou remorso.

++++

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Pontos de rotura – ética e anímica



Relva caiu esgotado. Psicologicamente exausto, ele o confessou. Faltou-lhe a estaleca para resistir aos dedos que, com razão e por todo o país, lhe apontaram o descaramento, a indignidade da traficância "académica" e o elegeram como símbolo nacional da desonestidade.
Nada o define melhor que o simbolismo anedótico que corporizou. As anedotas, os ditados populares e os ditos jocosos foram reformulados, com o seu nome como fermento de humor.
E o engenho irónico português, a criatividade dos desenhadores e a graça dos humoristas tiveram um pico de euforia. Relvas nas anedotas, Relvas nas larachas de amigos e Relvas nos cartoons proporcionaram aos portugueses fartas gargalhadas, sorrisos felizes e o júbilo de quem encontrou um escape lúdico para a aldrabice mascarada de política.

A ambicionada imagem de estadista foi massacrada vezes sem conta. E substituída por uma auréola de fingido aldrabão. Aldrabão confesso, relembremo-nos a bem da sanidade mental coletiva.
A última gota veio da juventude. Caiu aos pés dos estudantes de Gaia que o martirizaram com Grândola, Vila Morena, e os do ISCTE que o acossaram ao ponto de fugir pela porta dos fundos, arrastado pelos guarda-costas. Portugal reteve a sua cara de pânico. Crato apenas picou o balão, que se esvaziava.
Confesso aldrabão já era público e débil se confessou em discurso oficial. Saiu com um carimbo autocolante. Ele próprio identificou o seu ponto de rotura anímica!

Tudo isto nos conduz à antiga sabedoria:
Não queiras remendão ir além do chinelo!
Ou seja, Miguel Relvas perdeu o pé por ter ido além do seu chineleco. Malabarista, manobrou as distritais do PSD, empurrou Passos para o poleiro e aninhou-se sob a sua asa grata. Grata e protetora – Relvas, o não assunto! – mas tinha pés de barro.
Sem envergadura política nem dignidade pessoal, desboroou-se perante um povo que não lhe perdoou ter adotado padrões de república de bananas: ponto de rotura ético.
Mas deixou um rasto a habilidades e manobras que federá até o bom senso ser restaurado.
O exemplo-cereja da sua indigente passagem pela Gomes Teixeira é a telenovela angolana recentemente lançada pela RTP. Encenação primária e mamas e pernas como engodo em vez de representação é o que fica do servicinho ao cleptocrático regime angolano. Angola merece ser bem representada e Portugal não precisa que o dia-a-dia dos angolanos nos seja infantilmente caricaturado.

Num balanço sumário da mancha Relvas, é óbvio que a sociedade se impôs à classe política. Apesar da placidez comodista de muitos, apesar da manipulação e do medo ainda serem pratos fortes, Portugal é uma democracia e a liberdade é bem usada pelos portugueses.
A lição a tirar é que quando as sociedades se norteiam por sólidos padrões éticos não toleram roturas neste domínio, sejam quais forem os pontos de rotura anímica dos seus políticos.

Olha-se para a Europa civilizada e vêm-se frequentes tombos de quem pisa o risco. Em Portugal foi o que se viu, Relvas longamente impune, o PM querendo abafar o escândalo e o PR, temos PR!?

Moral da história
Só um ponto ético elevado evita roturas na dignidade de Portugal. Está na nossa mão, não há Merkl que nos valha.
!!!!!
 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O despiciendo Tribunal Constitucional

O Tribunal Constitucional não é necessário. É um despiciendo braço partidário, uma excrescência estrutural e um peso financeiro.

Precisamos, isso sim, de um verdadeiro Tribunal com independência judicial e não da mancebia partidária-judicial do atual TC.
Vejamos a sua composição. Ao contrário da sua própria oratória, não é um verdadeiro tribunal. Um tribunal autêntico é constituído exclusivamente por magistrados de corpo inteiro, com uma carreira dedicada a 100% à aplicação da lei.
Pois o TC, segundo o artº 12º do seu estatuto (Lei 28/82 alterada pelas Leis 143/85, 85/89, 88/95 e 3-A/98) "é composto por 13 juízes sendo 10 designados pela Assembleia da República e 3 cooptados por estes."
Mas só 6 destes 13 são "escolhidos de entre juízes dos restantes tribunais. Os outros 7 de entre juristas.

Por outras palavras, a maioria absoluta dos juízes do TC são braços partidários (a atual presidente da Assembleia da República é disso a demonstração pública mais conhecida pelo lado do PSD), outros são nominalmente independentes, embora nas boas graças de um ou outro partido.
Temos, então, um verdadeiro tribunal no Tribunal Constitucional!?

Nem pensar, muito longe disso. É uma inequívoca emanação partidária, embora os seus juízes apareçam na televisão com becas e colares. E por mais declarações de isenção que vertam em comunicados, só incautos esquecem aqueles vínculos partidários.

Por isso mesmo, recentes as pressões do Passos sobre o TC a propósito do OE 2013 não surpreendem. Ele sabe bem que os destinatários da sua chantagem não são insensíveis à voz de S. Bento. Só que, desta vez, a balança justiceira não agradou ao PSD. Daí as ameaças veladas de dissolução deste órgão.

Venha ela, que vem por bem.
A extinção do Tribunal Constitucional clarificaria o aparelho judiciário português. Além de o tornar mais fiável.
Basta, no diploma que o suprima, transferir a sua missão para o Supremo Tribunal de Justiça, dotando este de uma Secção Constitucional.
O Supremo Tribunal Militar também foi extinto e o país nem deu por isso. E o mesmo ocorrerá no dia em que o Supremo Tribunal Administrativo tiver esse fim. Parêntesis: não há tribunal supremo se foram dois os supremos, como hoje!
Sem infiltrações partidárias nem canais parlamentares inquinados, a apreciação de constitucionalidade e o exercício das restantes funções serão mais credíveis quando estiverem a cargo do Supremo Tribunal de Justiça.
Ah, mas a Alemanha tem um TC. Pois tem, tal como também tem um Presidente de fachada, eleito dentro das quatro paredes do parlamento, sem poderes, uma figura de corpo presente. E não é por isso que a Alemanha deixa de se desenvolver ou desespera por acórdãos sobre o orçamento federal.

A verdade é que o que é alemão nem sempre é exportável, e neste caso ficaremos muito melhor escorados judicialmente quando os partidos forem afastados das apreciações de constitucionalidade e da lisura eleitoral.
E os portugueses rejubilarão assim que o Tribunal Constitucional for extinto, pois não têm em grande conta um órgão tão partidarizado a velar pela boa aplicação da Constituição da República.
 
!!!!
 

terça-feira, 9 de abril de 2013

Celebração Ética da demissão do Relvas


Ontem celebrou-se a demissão do aldrabão Relvas.

Foi frente à Assembleia da República, no mesmo local onde, durante 39 segundas-feiras, ininterruptamente, vários Cidadãos contestaram a sua presença no governo Passos.

À volta de duas garrafas de champanhe e de muitos bolos e biscoitos se juntaram 14 das pessoas que mais regularmente ali clamaram:

Para a decência não há equivalência !
 
As imagens não enganam: o ambiente foi de festa.




 
E entre os tão convincentes cartazes ainda se celebrou o falecimento anímico do aldrabão, cantnado Grândola, Vila Morena:
 
Clicar na foto para ouvir
 
 
E no próximo dia 22 – segunda-feira, claro! – aqui estarão novamente muitos destes cantadores para reencontrar os que aqui não puderam celebrar hoje.
 
 

sábado, 6 de abril de 2013

Ai **

Quadras
 
 


Ai    **

 

Ai poetas, poetisas,
ai vossos ais decifrando
ai vejo trovas narcisas,
ai rindo e ai chorando.

 
Ai vislumbro amor vibrante,
ai bem-querer, confiança,
ai tão terno, escaldante:
ai duradoura bonança.


Ai certos dias felizes
ai sol, ai lua, enlaçados…
Ai feridas, cicatrizes:
ai finais angustiados.

 
Ai evocam desenganos,
ai ódio, angústia, incertezas,
ai ultrajes desumanos,
ai dor, lágrimas, tristezas.

 
Ai as juras renegadas,
ai esses olhos em pranto,
ai ilusões afundadas:
ai amargo desencanto!

 
Ai desejo arrebatado,
ai intensa dor ardente
ai num peito atormentado,
ai exige afago urgente.
 

Ai rimar perdidamente,
ai tant'amar quanto sofrer
ai tem consolo evidente,
ai queiram as musas foder!!!

 

Manuel A. Madeira
5 de Abril de 2013
 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Finalmente a demissão do aldrabão Relvas


39 segundas-feiras depois da manifestação de 16 de Julho de 2012, frente ao parlamento, Miguel Relvas, aldrabão confesso e traficante "académico" foi encostado à parede e sai de cena.

Disse ser sua a iniciativa, mas como não se pode acreditar num mentiroso, é bem possível que tenha sido corrido. Passos sentia quotidianamente fugir-lhe o tapete debaixo dos pés, pois o ruído de fundo popular estava a ter peso eleitoral.

Fica o mote da despedida do Relvas:

"já não tenho condições anímicas para continuar."

Tradução: Está de rastos, sem resistência psicológica.
Lição: A Ética e a Dignidade são razões fortes para se pressionarem outros aldrabões.

Como remate deste capítulo sombrio de Portugal, fica um pequeno apanhado fotográfico dos protestos semanais junto à Assembleia da República e junto à PCM.


 

 





 





 













 
 

Deus é branco, mulato é anjo, preto é diabo

 

Profunda reflexão de
Isomar Pedro Gomes
 
Transcrição integral, sem rever uma gralha, um acento, uma vírgula.

 
Há dias a caminho do Hojy-yá-Henda, a bordo (como habitual) de um dos machimbombos da TCUL Viana vila - Cuca, (privilegio este meio de transporte por ser o mais barato e acessível aos pobres para rotas longas, mau grado a 'sardinhada e a catingada'), um dos vários azulinhos que 'palmilham' as nossas estradas, os nossos emblemáticos táxis colectivos, chamou a atenção do público, exibindo no seu 'traseiro' o seguinte dístico; DEUS É BRANCO, MULATO É ANJO, PRETO É DIABO.

Tal dístico é óbvio levantou as mais diversas celeumas entre os passageiros do machimbombo e creio entre todos os 'observadores' e transeuntes por onde o dito azulinho (mini mbombó) 'rasgava' o seu 'popó-show'.

Raciocinei com os meus botões e os meus botões comigo, as causas que levaram o proprietário do 'popó' ou do 'chauffeur de praça' a mencionar e exibir tal 'desgraçado ou ditoso (?!)' rótulo. Na busca mental das 'causas', não pude deixar de comparar o modo de vida de hoje e o da administração colonial, quando o País e a grossa maioria dos países do continente Africano, era administrado por indivíduos maioritariamente de raça branca, provenientes da Europa, "os tais colonos", poderia Africa ser comparada a um paraíso? A quem diga que sim, e eu não discordo dele!

"Colonialismo caiu na lama!" Lembram-se deste célebre estribilho 1974-1977?

A JÓIA COLONIAL

Angola, era mundialmente conhecida como a Joia do império Português e exibia majestosa, todos os pergaminhos de tal título, o Quénia a par da Africa do Sul, a jóia Africana do império Britânico, Algéria a joia Africana do império Francês e o antigo Congo-Belga a jóia do mini-imperio Belga. Tais países Africanos - no contexto do outrora - prosperavam a olhos vistos (a maioria deles encontravam-se ainda na idade da pedra), as respectiva comunidades autóctone idem em aspas, os índices de desenvolvimento humano dos autóctones inegavelmente estavam lenta e seguramente subindo, as obras dos colonialistas ainda perduram pela Africa adentro.

Verdade seja dita, o esclavagismo e as guerras de "kwata-kwata" fizeram irremediáveis estragos em África. Mas também não é menos verdade, que a falta de unidade, ambição, irresponsável individualismo e a sempre necessidade de estúpida e insanamente guerrearem, fazerem verter sangue (entre nós Africanos), tornaram bem-vinda "la pax romana" isto é promulgado a força do chicote e da bala, pelos Europeus.

As então, gerações de jovens africanos instruídos (pelas respectivas franjas ou instituições da administração colonial) organizaram-se politicamente e fizeram soar a acusação de que os Europeus estavam a sugar as riquezas do solo pátrio em benefício exclusivo das nações colonizadoras, desconsiderando totalmente os interesses dos nativos e das colónias, transformando os autóctones em miseráveis na sua própria terra; "eles vieram com a Bíblia, nós tínhamos as terras, no fim eles ficaram com as terras e nós com a Bíblia" disse Robert Mugabe, nacionalista e guia da libertação do Zimbabwe.

Organizaram-se contra o invasor, protestos, revoltas, guerras, chacinas, a história regista que o movimento e actuação dos 'mau-mau' liderado pelo indomável Jomo Keniata, foi um dos mais cruéis de Africa e o que chamou a atenção da comunidade internacional, para a necessidade da urgente descolonização de África. Claro a violência gera violência, os resultados hoje fazem parte da história.

A resposta colonial a violência nacionalista africana, sempre foi comedida, por exemplo, se a força policial Portuguesa no 4 de Fevereiro e posteriormente no 12 de Março de 1961, respondesse com o mesmo demonismo com que o MPLA 'respondeu' ao chamado Fraccionismo do 27 de Maio 1977, muitos dos actuais dirigentes, não existiriam, e provavelmente não haveria movimentos de libertação, durante muito tempo.*****

O ÊXODO

Passado cerca de meio século, que a maioria dos países Africanos 'arrancaram' na ponta da espingarda a independência das potências colonizadoras (seguindo a lição do camarada Mao Tsé-Tung), se fizermos o balanço, quais foram os ganhos que os respectivos países e povos obtiveram, poucos são os Países Africanos que diremos, saíram indiscutivelmente a ganhar.

"Quando é que a independência afinal vai acabar?"- Indagou desesperado/desapontado um septuagenário angolano nos idos anos 78-80, fatigaderrimo da guerra estúpida, de tanta crueldade e injustiça praticada pelos seus patrícios (do regime e da oposição), denominados de nacionalistas de primeira água.

Poderia Africa ser hoje comparada ao Inferno ou ao Purgatório? Qualquer um deles serve, Paraíso; NUNCA. Pouquíssimos países Africanos (menos do que os dedos de uma mão) podem aproximarem-se a tal eleição.*****

"HOJE até a Bíblia tiraram-nos, e as terras continuam a não pertencer ao povo" - sintetizou Morgan Tchavingirai, descrevendo a desgraçada e extrema penúria do povo zimbabweano, respondendo ao guia imortal ainda vivo, que diz ter ressuscitado mais vezes que o próprio Jesus Cristo. Zimbabwe no período citado por Bob Mugabe, era o celeiro de África, o povo era detentor de um dos mais elevados IDH do continente.

Por exemplo em Angola. Por vezes quando nas datas históricas, oiço e vejo pela TV, indivíduos a mencionarem o que o 'colono nos faziam', sinceramente não sei se, choro de raiva ou se me mato de 'risada', "porque o colono fazia..blá-blá-blá" - dizem eles - hoje faz-se o pior. O colono se fez, quase que o desculpo, é ou foi colono, é branco não é meu irmão de raça, etc., agora quando o meu irmão Angolano, preto como eu, (ex-companheiro da miséria e das ruas da amargura) faz o que viva e denodadamente repudiávamos do colono, esta ultima acção dói muitíssimo mais do que a acção anterior, dilacera e mutila impiedosamente a alma.

Por isso, logo após as independências Africanas, verificou-se o segundo êxodo - o primeiro foi dos brancos a abandonarem África - milhões de Africanos, abandonaram com angústia na alma e os olhos arrebitados de descrença a Africa, a maioria arriscando literalmente as suas vidas (o filme continua até aos nossos dias), seguindo os outrora colonos, porque chegaram a conclusão que afinal não é verdade o que apregoa o político Africano; "eles prometeram-nos o paraíso e dão-nos o inferno a dobrar" disse um jovem africano em Lisboa nos anos 78-80 num programa da RTP.

Há mais africanos hoje na Europa do que Europeus em África, porque?!

A JUSTIÇA EUROPEIA

Os Europeus, muitos deles depois de chacinados em África pelas revoltas africanas, de regresso aos respectivos países embora destroçados de dor e amargura, receberam de braços abertos muitos dos antigos carrascos, dando-lhes um lar e emprego decente e uma vida digna, que jamais tiveram nos países de origem; Paz e sossego duradouro.

O contrario era possível?... Se ainda hoje 37 anos depois do fim da colonização, os dirigentes Angolanos (por exemplo) ainda desculpam-se na presença colonial Portuguesa em Angola, para justificar a Pobreza e outros pesares que "estamos com ele" eles não são, nunca serão culpados, mas o colono (37 anos depois), SIM, estou seguro que, quando Angola festejar o 50º aniversário, os dirigentes Angolanos, ainda estarão a rogar pragas ao colono Português.

HOJE ouvimos falar de relatos arrepiantes de governação de 'preto-para-preto' em muitos países africanos; Incompetência criminosa, bajulação estupida como doutrina, ganância e egoísmo exacerbado (primeiro eu - sempre), mentira como regra, assassinatos indiscriminados, prisões em massa, inexistência de liberdade de expressão - a 'Bíblia' citado pelo Morgan Tchavingirai. - (inclusive, gritar; "estou com fome" é crime passível de perder a vida. Kamulingue e Kassule, são a prova viva do facto), vida miserável, falta de empregos, corrupção endémica, justiça injusta e totalmente parcial, cadeias (horrorosamente infernais) a abarrotar de jovens provenientes das classes desfavorecidas, hospitais que mais parecem hospícios, escolas que mais parecem pocilgas etc. etc.

O paradoxo, é, se HOJE em África, usufruímos de um bocadinho de liberdade com sabor a vida, é precisamente graças aos Europeus, isto é aos brancos, que desenvolveram uma nova ordem de conduta internacional e instituições internacionais que vigiam sobre o globo incluindo obviamente Africa. As sanções internacionais e outras medidas de contenção paira sobre os dirigentes Africanos, e então, estes por sua vez, fingem praticar a democracia, não porque eles gostam da democracia, porque temem o "Deus branco e o seu braço punitivo". Porque se dependêssemos totalmente dos governos de "preto-para-preto" seguramente, não seria possível viver, na vasta maioria dos países Africanos.

O protótipo Africano da UE (União Europeia) a chamada UA (União Africana) é uma mentira descabida, a UA é uma instituição falida, decrépita, débil e 'estaladiça' (como a bolacha 'chinesa' de água e sal) que ninguém leva a sério, uns poucos países africanos esforçam-se por dar credibilidade a UA e ao continente, houve até quem propusesse a seguinte designação DUA (DesUnião Africana), por exemplo quando teremos um Tribunal Internacional Africano? Se os tribunais da maioria dos Países membros é do "faz de conta", os Africanos instituíram também uma espécie risível de Parlamento Africano, que ações pratica tal PA já desenvolveu em beneficio dos Africanos?

A UA é um club de "compadres" velhacos ditadores, egoístas que sonham com Paris, Londres, Estocolmo etc, ao mesmo tempo que transformam os respectivos países em autênticos 'buracos negros'. As independências em Africa foram 'feitas' para algumas centenas de indivíduos africanos, em detrimento de centenas de milhões, cada vez mais miseráveis.

Nunca a Europa 'recebeu' tanta riqueza de Africa como após a chamada "independência dos Países Africanos", os novos-ricos africanos, apressam-se a 'esconderem' os produtos da sua criminosa delapidação na Europa para o gáudio dos Europeus, contrariando aquilo que eles próprios evocaram e prescreveram na convocação para a luta de libertação nacional.

"Eu ir a Portugal algum dia?.. NUNCA!.. Nem morto!".- (1980 na idade de ouro do partido único) Disse, erguendo o punho direito bem alto em sinal de sacro-juramento, em pleno comício em Benguela, um dos então carismáticos dirigentes da "Revolução Angolana" que prescindo de citar o nome, hoje ele próprio, não só é frequentador assíduo e brioso de Portugal e "empresário português" como também é o orgulhoso presidente de uma agremiação desportiva portuguesa em Angola.

Quase meio século depois, podemos dizer que o IDH dos povos africanos subiu ou regrediu? Somos melhores tratados hoje pelos nossos irmãos dirigentes? Os ideais que nortearam a luta de libertação colonial ainda estão vivos e recomendam-se? Muitos dos nossos jovens usam orgulhosamente tecnologia de ponta os ipod, 'aichatissa' e 'aipad' fazem a banga da juventude, mas o meio que lhes rodeia é nauseabundo e desolador. O Stress agudo e o AVC matam tanto quanto a malária.

FILANTROPOS DA HUMANIDADE

A mais recente iniciativa de alguns dos milionários do planeta, comoveu muita gente. Há algum Africano entre os homens que protagonizaram tal feliz iniciativa? Todos eles (os citados filantropos) são homens que dedicaram a maior parte da sua vida na produção de riqueza, não o 'tiraram' de algum saco azul, nem tão pouco delapidaram o erário público nacional, mas, sentiram-se na necessidade de "repartir com o necessitado" de todo o mundo.

Ontem, os milionários Africanos orgulhavam-se de 'aparecerem' na revista forbes e congéneres, hoje face a iniciativa acima mencionada, publicam como que envergonhados; "não somos milionários" chegam ao ponto alguns de dizerem que o que têm é produto do salário.

AFRICA DO SUL

Fiquei arrepiado com as imagens da actuação da polícia Sul-Africana em Dobsonville (será esta a cidade?!) que vitimou o jovem moçambicano Mido Macia (MM), na flor da sua juventude (27 anos). Imagens próprias de uma 'cena' do Faroeste no seculo XIX ou da era do Drácula no país da Draculândia.

Quando vivi na África do Sul, tinha um medo atroz e justificado da polícia Sul-africana, principalmente dos pretos. A maioria do polícia Sul-africano preto chega a ser muito mais impiedoso e selvático que o mais impiedoso policia Sul-Africano branco. O polícia preto (na sua maioria) é absolutamente xenófobo, perverso, contra a lei, corrupto e desalmado.

O policia branco, estou certo não faria tal coisa, e muito menos os tais policiais pretos fariam isso se MM fosse branco.

A xenofobia na África do Sul, é extremamente incentivada e alimentada pela polícia Sul-africana e é planificada nas esquadras de polícia, um dia hei-de descrever as minhas experiências com a corporação policial daquele País, que apesar dos pesares amo muito sinceramente.

Fizeram certamente Nelson Mandela, banhar-se em lágrimas. O único Preto que chegou aos patamares dos 'deuses'.

AFINAL QUEM CAIU NA LAMA?

Há em algum país da Europa, a amálgama descriminada e promiscua, esgoto a céu aberto, suja e podre de 'bairros' que vimos e vemos principalmente nas periferias das capitais Africanas (quase todas elas) principalmente dos chamados; País Especial.

Os dirigentes Africanos, nem conseguem combater eficazmente o mosquito, causa do paludismo e malária que dizima á meio século, diariamente milhares de almas (principalmente crianças) pelo continente adentro, as doenças diarreicas (produto da falta de sanidade básica) faz de igual modo uma 'ceifa' aterradora. Doenças que o colono quase já tinha debelado como a mosca do sono, ameaçam 'engolir' povos inteiros.

Tudo isso acontece perante a pecaminosa insensibilidade de um grupinho de "iluminados africanos" (abençoados pelas igrejas) que preferem comprarem castelos de milhões de Euros na Europa e em orgias depravadas (preferem dar de comer os cães), do que ajudar os seus irmãos, que não lhes pede mais do que apenas: BOA GOVERNAÇÃO... Gerirem o erário público para o bem de TODOS e da nação.

E há quem tem o desplante de vir a público protagonizar uma perversa peça teatral, choramingando; "O colono blá-blá-blá".

Quanto ao anjo, prefiro não comentar. Deus é Branco?.. Até posso aceitar, porem de uma coisa estou certo, preto, é que não é de certeza ABSOLUTA!

 

Isomar Pedro Gomes