sábado, 11 de julho de 2015

Tsipras – estratega burlesco



O PM grego leu livros de estratégia.
E leu livros de tática.

Alguns comentadores, muita gente incauta e uns tantos especialistas ficaram eufóricos com a convocação do referendo de há oito dias:
Grande homem, deu voz ao povo!!!

E quanto vibraram com folgada maioria do Não...

Note bem, caro leitor, prezada leitora, o Não foi o Não ao pacote de medidas exigidas pelo tróicos.

Pois bem, ainda os vivas ao "glorioso" Não estavam a secar nas gargantas e eis mais um piparote. O PM e chefe do Syriza põe os seus deputados a votar o Sim às referidas medidas, agora sob a camuflagem de terceiro resgate. Aprovadas esta madrugada, diferem em 0,000001% das que foram a votos e que Tsipras escondeu dos gregos. Foi a Comissão Europeia a divulgá-las.

Um partido, uma equipa política e um líder, quando se candidatam e vencem eleições, devem ter propósitos responsáveis.

Dentre eles, promover o desenvolvimento e a saúde financeira do país e melhorar as condições de vida dos concidadãos. Evitando, tanto quanto possível, o sofrimento do povo.

Tsipras fez exatamente o contrário. Como estratega burlesco, intimidou os gregos com o fecho dos bancos e a penúria dos pobres, acelerou e explorou a iminente bancarrota do país e mal se ufanou do Não pôs os deputados a votar Sim.

Legitimado pelo Não correu para o Sim !!!

Para dar o sim a Bruxelas, Washington e Frankfurt este folhetim era dispensável. Tal como o horror que transmitiu aos seus e aos que apoiam a Grécia no Euro.

Sempre a sorrir. Ele e o fujão Varoufakis. Muito riso, pouco siso!!!

A Grécia e a União Europeia bem dispensavam táticas doutros tempos, doutros países, agora mal plagiadas por irresponsáveis.

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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Varoufakis, outro fujão da laia do Vitor Gaspar



Ministro das Finanças grego demite-se

Outro Vitor Gaspar !!! 
Outro que foge irresponsavelmente.

Co-provocador de um terramoto e, cobardemente, com a casa em pantanas, mete o rabinho entre a pernas e volta para o doce refúgio universitário americano.

Parte pela porta dos fundos, sem "unhas" nem dignidade.

É este o destino dos "técnicos" alcandorados a políticos.

Tinha razão a Lagarde ao etiquetá-lo de criança. Um homem, um homem digno, especialmente um político, não cria problemas ao seu povo, resolve-os. E ele, com este comportamento traiu o povo grego.

Um político de corpo inteiro, um político sem máscara de intelectual, dá o corpo às balas, enfrenta as dificuldades, concebe soluções viáveis e não exercícios de diletantismo gratuito. Que ele fez. Mal.

Resta a esperança de outros negociarem bóias de salvação que dêem alguma esperança à Grécia, nesta hora de descalabro.

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sábado, 4 de julho de 2015

Taga taga




Foi a Sintra, foi à serra:
entre tojos e carvalhos,
estradões de musgo e terra,
palrou de ranho e pirralhos.


Bebeu água cristalina
na fonte das pedras manas;
ligeira como felina
mangou de escarpas maganas!


Fugiu de cobra rabicha,
tremeu com cães e canitos,
dois pulos por lagartixa,
arengou a passaritos.


Numa charca verdes algas
atulhada de girinos,
gabou verdinho por malgas,
endeusou os cimbalinos.


Contou histórias sem parança,
pinceladas de aguarela,
tingiu suor com folgança:
taga, taga, tagarela!





© Manuel A. Madeira
21 de Junho de 2015