sexta-feira, 22 de maio de 2015

Açorda mexida de bacalhau e poejos


Receita da Prima Bárbara Maria

Não, não é disto, mas é isto que há. Agora...

– Refogar em azeite, alho picado e cebola;
– Juntar o bacalhau desfiado e os poejos, deixar refogar mais um pouco;
– Acrescentar a água, quando estiver quente, deitar pão alentejano cortado em cubos grosseiros;
– Mexer a açorda para se desfazer o pão;
– Bater uns ovinhos, envolver na açorda e está pronta a servir, com umas zêtonitas.
Ainda não me atrevei, mas um dia destes...
???


quinta-feira, 21 de maio de 2015

PSP – O Profissional e o criminoso




No domingo, em Guimarães, o subcomissário da PSP, Filipe Macedo Silva, atuando à margem da lei e dos regulamentos, espezinhou a sua missão policial agredindo dois Cidadãos à bastonada e a murro.

Por esse mundo fora Portugal foi retratado pelo comportamento ignóbil deste energúmeno.

Entretanto, soube-se o nome do Profissional de polícia que protegeu um dos filhos do espancado. Chama-se Ernesto Pino e integra o Corpo de Intervenção.

O DN, que nos dá a notícia, informa ainda que os membros daquela unidade, além de terem um perfil psicológico resistente a grandes tensões, são treinados para proteger os mais frágeis.

Ora se a PSP tem capacidade para selecionar, formar e avaliar os membros da unidade especial, por que não o faz a todos os dos outros setores? Especialmente os oficiais.

Estes, a par do percurso académico policial, têm de ser dotados de sangue-frio que os norteie para a missão, não perdendo a cabeça nem assumindo comportamentos arruaceiros, que são, afinal, alvo da força policial legítima.

Que a PSP e o próprio MAI aprendam com aquela injustificada agressão por quem jamais a poderia ter cometido.

E que uma das lições a tirar esteja em sintonia com o velho ditado "As palavras convencem; o exemplo arrasta." E o exemplo travará outros arruaceiros* policiais quando o criminoso Silva for expulso da Polícia de Segurança Pública.

E que o mesmo axioma se reflita igualmente na carreira do Profissional Ernesto Pino. Que seja rapidamente promovido por boas práticas, cuja divulgação televisiva arrastará muitos outros.

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* No mesmo dia, No Marquês de Pombal, em Lisboa, outros dois polícias tiveram comportamentos habituais nos patifes das claques, mas sancionáveis numa força de segurança. Mais dois que devem ser expurgados dos quadros da PSP.


domingo, 17 de maio de 2015

O poligrota


Transcrição integral
Exceto esta notinha Formigarras

Muito instrutivo, qualquer totó ganharia em ler e reler.

Acabavam-se-lhe os prints e as listagens
os gadgets e os gaps,
outras gringas beberagens,
fingida cagança, veros derrapes.






É verdade matemática que ninguém pódi negá,
que essa história de gramática só serve pra atrapaiá.
Inda vem língua estrangêra ajudá a compricá.
Meió nóis cabá cum isso pra todos podê falá.

Na Ingraterra ouví dizê que um pé de sapato é xu.
Desde logo já se vê, dois pé deve sê xuxu.
Xuxu pra nóis é um legume que cresce sorto no mato.
Os ingrêis lá que se arrume, mas nóis num come sapato.

Na Itália dizem até, eu não sei por que razão,
que como mantêga é burro, se passa burro no pão.
Desse jeito pra mim chega, sarve a vida no sertão,
onde mantêga é mantêga, burro é burro e pão é pão.

Na Argentina, veja ocêis, um saco é um paletó.
Se o gringo toma chuva tem que pô o saco no sór.
E se acaso o dito encóie, a muié diz o pió:
''Teu saco ficô piqueno, vê se arranja ôtro maió'...

Na América corpo é bódi. Veja que bódi vai dá.
Conheci uma americana doida pro bódi emprestá.
Fiquei meio atrapaiado e disse pra me escapá:
Ói, moça, eu não sou cabra, chega seu bódi pra lá!

Na Alemanha tudo é bundes. Bundesliga, bundesbão.
Muita bundes só confunde, disnorteia o coração.
Alemão qué inventá o que Deus criou primêro.
É pecado espaiá o que tem lugar certêro.

No Chile cueca é dança de balançá e rodá.
Lá se dança e baila cueca inté a noite acabá.
Mas se um dia um chileno vié pro Brasir dançá,
que tente mostrá a cueca pra vê onde vai pará.

Uma gravata isquisita um certo francês me deu.
Perguntei, onde se bota? E o danado respondeu.
Eu sou home confirmado, acho que num entendeu,
Seu francês mar educado, bota a gravata no seu!

Pra terminar eu confirmo, tem que se tê posição.
Ô nóis fala a nossa língua, ô num fala nada não.
O que num pode é um povo fazê papér de idiota,
dizendo tudo que é novo só pra falá poligrota... 

                                      
(Autor desconhecido)

++++

terça-feira, 12 de maio de 2015

Terroristas sindicais



Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa marcaram uma nova greve de 24 horas para o dia 26 de maio

Fosse Portugal governado por Estadistas e rapidamente a lei da greve seria revista. A atual não impõe limites à declaração de greve.

Estadistas também fariam profunda revogação de normativos sindicais. Criaturas que não trabalham há décadas, como Mário Nogueira e outros da mesma estirpe, têm de ser obrigados a voltar a trabalhar.

Estadistas impediriam ações sindicais abusivas como a convocação de greves sob pretexto de mudanças no estatuto das empresas.

Urge travar terroristas sindicais como os pilotos sindicalistas da TAP. E impedir os trabalhadores do Metro de Lisboa de adotarem estratégias de agitação bolchevique.

Os dez dias que abalaram o mundo foram há muitas, muitas décadas. E o seu fruto caiu de podre...

É uma evidência, mete-se pelos olhos do Cidadão responsável, que nos transportes privados não há greves. Será que os funcionários das empresas públicas deste sector têm salários tão bons que lhes dão pé-de-meia para pararem quando convém a um certo partido!? Agitação de massas mensal é o padrão a que se tem assistido.

Quanto ganham os trabalhadores do Metro de Lisboa acima da média nacional!? Publiquem-se os seus recibos e os portugueses ficarão a conhecer os verdadeiros motivos das sucessivas greves.

Dos pilotos da TAP nem se fala!!! Mas os seus recibos devem igualmente ser divulgados.


Porém, a greve continua a ser um meio razoável de impedir exploração patronal.

Mas não à rédea solta. Como tudo em democracia, a própria liberdade, o supremo valor democrático, a regulamentação é imprescindível. Preservando o interesse coletivo, não o de uns quantos.