sábado, 30 de abril de 2011

Pior "ku akordo"

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Era tróica e virou troica com o acordo ortográfico, mas os jornais encucaram com troika.
Porque raio só vejo escrita com k a tripeça financeira que aí está!?
Muito gostam os jornalistas de pomposas variantes  linguísticas… como se não lhes bastasse o recorreente aleijão Flórida!

E era tão fácil simplificar...

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Sinais de doença

.São sinais de doença grave os que aqui se apresentam. Melhor, de doenças, no plural.

A cidadania está doente, muito doente, pois vândalos impunes conspurcam o património de todos nós desta maneira. Ao que a sociedade fecha os olhos, não se rala nem repreende os malfeitores. Pior, até tem medo de os afrontar.

E os políticos, o MAI, os autarcas e os deputados, sofrem de terrível clausura, encafuados nos seus gabinetes alcatifados, cegos às malfeitorias nos sinais de trânsito.

E vamos nós votar nesta gente!?















Entretanto, os juízes e os magistrados do MP, a PSP e a polícia municipal têm coisas mais importantes a tratar. Atafulhados em processos ou ocupados com as claques futebolísticas, não se podem dar ao luxo de combater o pequeno crime.

E se isto não é fermento de maiores crimes...

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Turismo britânico renova chamariz

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O Reino Unido dá hoje um rombo no orçamento, porém, aclamado por incondicionais dos chapéus repolhudos das madames empoadas, igualmente extasiados com a policromia dos cavaleiros em marcha nupcial.

Muitos súbditos da maior quase democracia* europeia, acotovelar-se-ão em bicos de pés à espreita de dois jovens a dar o nó.

E Cidadãos dos quatro cantos do mundo foram de propósito a Londres na ânsia os vislumbrar, nem que seja por um instante, como se eles não fossem de carne e osso!

Em boa verdade, não é um enlace normal, pois não é normal que a cidade fique pejada de cagalhões à passagem de noivos normais. Neste caso é gentileza dos cavalos que levam o chamariz ao altar!



Raros se queixarão, pois a sumptuosidade fútil, roupagens medievais e cagalhões na via pública são uma bênção turística, atraem multidões.

É um investimento de retorno garantido. A economia local rejubila!

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* Por definição uma monarquia não elege o topo, além de sustentar um magote de inúteis. Só a República pode ser democrática.

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Como cuecas

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Faço uns de escabeche divinais. Um dia vais ver. Um dia...

O meu peixe em sal, borrifado a clara de ovo, é cá uma coisa… Um dia destes... Um dia...
Dizem que os meus assados são uma delícia. Um dia faço-te uma mão de borrego que te deixa… Um dia... 
Não lhes ponhas uma data, não, e vais ver! Há-de ser no dia de são nunca à tarde!!!
Combinações sem data são como cuecas sem elástico. Caem!
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Amora boa




Amora, Seixal, Setúbal
30 Março 2011

Amora doce amarga

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Vandalizar paredes é crime. Mais grave quando pintadas de fresco, como é o caso.

Ao mesmo tempo que se condena a incivilidade, regista-se a originalidade da pintura, pelo que se insiste na necessidade de um

Museu da Arte Vadia




E de um esforço de restauro...


Amora, Seixal, Setúbal
26. Abril. 2011

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

A tróica e a mão de vaca

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Azafamado à cata de boas notícias, vou ignorar os 23 milhões que o casamento de dois humanos vai custar aos súbditos britânicos. É um financiamento encoberto, à revelia da União Europeia, uma ajuda encapotada aos agentes turísticos e a toda a respetiva cadeia de valor. Não alinho em ilegalidades.

Os outros milhões, os 25 que Obama dará aos contra Kadafi, também podem não ser um bom negócio. Ainda não se sabe quem são estes opositores e eu oponho-me terminantemente a quem não garante liberdade religiosa. Ainda por cima mesmo aqui nas nossas barbas, do outro lado do Mare Nostrum.

De manhã falaram-me em mais milhões, os que a administração eleitoral irá aplicar para que a barraca das últimas eleições não se repita. Continuo sem a boa notícia, pois foi-me prometido um virtuoso Cartão de Cidadão com funções eleitorais e o tortuoso número de eleitor continua a azucrinar-nos.

Abro o Expresso ponto pt e continuo na mesma: Pacheco Pereira não acredita no Sócrates. Nem eu; onde está a novidade? É isto notícia!?

Mais abaixo, descubro a foleirice com que José Lello renega ter chamado foleiro a Cavaco. Aqui, azar o meu, até tenho duas más notícias: Um "socialista" que não pensa ou pensa ao retardador e o branqueamanto do Cavaco que, quando PM, liquidou a nossa agricultura. Você, caro leitor e estimada leitora, se tiver dúvidas, vá às bancas de fruta dos superes e veja a origem do que vendem. Onde estão as laranjas da Vidigueira? Nem uma! E os laranjais lá vão murchar…


Bom, não posso desiludir, tenho de dar boas notícias. No ténis do Jamor há bons resultados, enquanto na energia poupamos €350 milhões em importações. E a DECO vai dar dicas à tróica.

Esta última, foi um achado: é a boa notícia do dia do Formigarras.

Foi uma excelente ideia. Quem melhor que a defesa do consumidor para dizer aos senhores de Bruxelas, de Frankfurt e de Washington que a receita FMI é muito perigosa para a retoma económica!?

Talvez persuada a dita tróica que, se muitos portugueses apertarem o cinto, o mercado dos coiros cai a pique!? E com ele toda a fileira do cabedal, da pecuária à curtimenta. Chegar-se-á ao dramático ponto de não retorno, com os pobrezinhos sem dobrada nem mão de vaca e adeus retoma, lá se vai a alavancagem da procura interna.

Quero muito o sucesso da DECO.


HN

???

terça-feira, 26 de abril de 2011

Cabeça de lista encabeça faz de conta

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Basílio Horta será cabeça de lista do PS por Leiria às eleições parlamentares de 5 de Junho próximo.

Figura de proa do CDS durante muitos anos, o PS levou-o para Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Compreende-se, sendo próximo de grandes interesses é um grande vaivém negocial.

Também se compreende a pirueta partidária.

Faz de conta que se sacrifica por Portugal e que presta um desinteressado serviço ao Socialismo.

E nós fazemos de conta que o seu desapego não é a fazer de conta.

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

232 aviltam 25 de Abril


230 deputados, sob o sonso pretexto de a AR ter sido dissolvida, recusaram comemorar o 25 de Abril.

O PR fechou os olhos, não mexeu uma palha, rendido, sem Norte nem leme. E o PM, minado por total descrédito, seguiu-lhe o exemplo simplório.

Com os cravos do 25 de Abril murchos como aqueles políticos, Portugal não pode cruzar os braços.

Contra a inércia, celebremos quem, ao contrário daqueles 232, nunca nos iludiu, mentiu ou defraudou:

Viva o Galo de Barcelos!

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domingo, 24 de abril de 2011

Sensatez toca japonenes

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Milhares de japoneses manifestam-se contra a energia nuclear, diz-nos o EXPRESSO.

Falta saber que percentagem da população é capaz de se distanciar dos consensos culturais do país.

E só o tempo dirá que força têm os que se querem ver definitivamente livres deste risco permanente de catástrofe.

Seja como for, é uma primeiro passo a favor da sobrevivência, não só do Japão, mas de toda a humanidade.






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Suicídio involuntário

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Suicídio involuntário!?
Que coisa mais esquisita, que contradição!!!

Pois é, tão paradoxal como tantos portugueses dizerem que adoram a família embora não a protejam quando conduzem.


Protegem um bocadinho, o inversamente proporcional ao "bocadinho" de vinho e de cerveja, de licores e digestivos, só um copinho, um copinho dois copinhos...

Assim se "suicidam" por azar, por pouca sorte. E também por um pequeno descuido matam os amados filhos. Por uma unha negra: um copito a mais!

Copitos a mais atraem funerais
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A GNR acabou de anunciar que boa parte dos acidentes automóveis e mortes desta época resultaram de álcool ao volante.

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Fucoxima – Neologismo responsável

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Técnicos de Fucoxima estão no limite
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1835780


Presentemente, Portugal e Brasil aproximam as suas grafias, mas a maioria dos jornalistas portugueses, por comodismo, ainda adota, quase intacto, o que lhes chega das agências anglo-saxónicas.

Se, com o acordo ortográfico, estamos a mexer no português, porque não criar neologismos na nossa língua em vez de ser seguidistas do inglês!?

Foi o que o fez o Diário de Notícias, abandonando o imperial Fukushima, pelo que daqui se lhe envia grata chapelada.

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sábado, 23 de abril de 2011

Tolerância de ponto é vício tolerado

A tolerância de ponto dada aos funcionários públicos na tarde desta quinta-feira custa cerca de 20 milhões de euros, mas os sindicatos do sector compreendem a atitude do Governo. Pelo menos duas câmaras não aplicam a medida. http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1834938

Por isso mesmo, as Câmaras de S. João da Madeira e Penela, estão de parabéns.

A tróica que nos apertará o cinto e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, que se manifestaram contra a deseconomia governamental, merecem igual louvor.

Os outros sindicatos, têm uma compreensão oportunista, como se não devessem uma palavra sobre a dignidade do trabalho…

Ora se os supermercados vendem, os camionistas conduzem e as fábricas fabricam na quinta à tarde, porque não há-de a Função Pública trabalhar?

Sócrates desmentiu com esta decisão o que sempre jura: a defesa do país.

O ainda PM impediu a criação de riqueza; prejudicou Portugal.

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Afinal foram cinco

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Vendo bem, foram cinco os buracos, não quatro! Suturados os dois pequenos cortes, o maior de uns quatro centímetros, nos três orifícios bastou spray cicatrizante.

Retomando a história em breves linhas, lembro que acordei no bloco com um suave e firme Senhor Madeeeiiira! Já me tinham posto os óculos e ouvi a advertência ao maqueiro: Não vai para os cuidados intensivos! Não vai! Vai para o recobro! Se lá insistirem, diz que é mesmo para o recobro.

Terei ficado duas a três horas debaixo de olho na UCP, Unidade de Cuidados Pós Operatórios (oh resquícios profissionais!). Fui registando, entretanto,  métodos e procedimentos. E também as tensões enfermagem-enfermagem. Pior que elas, as das auxiliares, em tricas permanentes, mas isto já na hospitelaria.

Acordei, pois, tranquilo e também atento e bem humorado. Tudo a correr bem na frente da Luz.

Observei a meticulosa intervenção de uma enfermeira e, ao sair do recobro, felicitei-a, o que a desvaneceu e suscitou euforia corporativa dos circunstantes. E ao anestesista, com quem conversara no bloco antes do off, disse, factual, que a informação que ali me fora dando e a sua atitude profissional tinham sido tranquilizadoras.

De regresso ao quarto, a pilhéria retomou o seu papel na vida bem vivida. Várias mulheres saíram do elevador para deixar entrar a cama em que ia e ouvi a laracha que, se calhar, cabiam melhor se uma ali se deitasse. Meti o bedelho dizendo que me podia afastar para o lado, sim, …Mas olhe que sou seletivo! A moral mouro-judaico-católica deu de si: Faz muito bem!

Ateu convertido, sim, converti-me refletidamente ao ateísmo, nos instantes mais inquietos andei de pé atrás com a retória católica. O meu medo era que o medo me toldasse a lucidez. Lembrei-me de Guerra Junqueiro, que os ideólogos dessa doutrina agora dizem dos seus e acusam de ter renegado a obra-prima A velhice do padre eterno. São alegações carregadas de intolerante propaganda, pois não duvido que o escritor terá tido, isso sim, uma brutal depressão.

Pela minha parte, cheguei sempre a bom porto. Invoquei energicamente um ser idolatrado em todo o Portugal e apelei igualmente ao seu superior. Ambos em exemplar harmonia hierárquica, tal como na mitologia celestial católica.

Pois nos apertos clamei, convicto, Oh c’um caralho!, o que repeti como ladainha beata. Nos picos mais bicudos dei brados ao todo poderoso Ca ganda caralho!!! Assim mantive a paz da serenidade terrena.

Quem muito novo se deu conta das fantasias e dos embustes daquela ideologia, fica resiliente. Sim, resiliência; está na moda mas é um conceito de regeneração da física, que provou transponibilidade para o meu próprio físico. Ajudou a restaurá-lo.

Os buracos, esses, fizeram a sua via sacra, cicatrizaram e cá estou eu, de novo, pronto para as iscas!

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Virar golas para parecer rica é pobre sinal

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O facto
Contexto: Programa de rádio sobre um livro acerca de mulheres de vários Presidentes da República. Ontem.

Uma das senhoras terá confidenciado à autora do livro que mandava virar as golas de alguns vestidos para parecer que eram novos.

A pobreza de espírito
Virar colarinhos gastos para aproveitar camisas até à última falripa foi e é normal.  Muitos portugueses o fizeram e fazem e é melhor que andar com elas rotas. É normal para quem vive do que ganha e não ganha para ter camisas novas.

O que não é normal é sentir o dever de exibir fatos novos a cada aparição pública. É até indecoroso, pois se a mulher de um PR de alguma forma representa o país, deve saber que o povo usa a mesma roupa muitas, muitíssimas vezes. É normal e o povo não tem vergonha de ser e parecer normal.

É tão normal que demonstra economia inteligente e permite a poupança a que tantos políticos apelam. A decência institucional é viver com o que o país tem, proporcional ao nível do portugês médio. O resto é pequenez.

Aquela mulher de presidente, coitada, estava no sítio errado, a pensar que era outro o país que elegera o seu marido. Deu frágil imagem de uma cidadã que não foi exemplo de frugalidade para os seus concidadãos.

O país não precisa de figuras públicas, nas televisões ou em Belém, que exibam fatiotas apinocadas à custa do erário público. Se há dinheiro para esse exibicionismo, certamente que foi tirado às pensões, à boca de quem precisa, à inovação na agricultura ou à saúde dos portugueses. Enquanto Portugal não tiver dentistas nos Centros de Saúde, estas vaidades provincianas são dolorosamente doentias.

Nem vale a pena falar em dignidade de funções ou de ombrear com gente lá de fora. Elas têm para isso; nós não. Ponto!

Portugal não precisa da ostentação de quem lhe consome recursos para parecer. Parecer é simular o que não se é, mascarando o que se é. É falsidade. Em Belém desonrosa.

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Portugal – Nem Estado policial nem Estado falhado


Um responsável da PSP, a propósito a segurança no futebol, disse, recentemente, que o nosso país não é um Estado policial. Fez a afirmação para sustentar a proporcionalidade no uso da força contra energúmenos autointitulados adeptos.

É reconfortante saber que a polícia portuguesa tem a noção dos limites à sua própria intervenção.

Porém, é dececionante que a mesma polícia assista passivamente à repetição de degradantes tumultos sem que leve à justiça os autores de tais crimes. É inadmissível que os estádios estejam convertidos em palco de cenas de pancadaria e destruição de equipamentos. E é incompreensível que não sejam usados meios mais sofisticados que as cargas de bastonada para pôr um ponto final nestes crimes recorrentes.

Para quando as câmaras de vigilância – fixas e portáteis – que permitam perseguir judicialmente todos os que perturbam a ordem pública e destroem materiais nestes espetáculos!?

Pior que o anacronismo tático policial é a tolerância dos juízes para com os arruaceiros presos. Quando começam os tribunais a sancioná-los com firmeza digna de Estado de direito?

Enquanto as polícias não prenderem estes provocadores e a justiça não lhes der corretivos adequados, o Estado falha na segurança de pessoas e bens que lhe compete proteger.

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Amigos

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Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os antigos.


Elmer G. Letterman



terça-feira, 19 de abril de 2011

Aqui estou eu a gabar-me

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Não é para qualquer um. Só eleitos nascem numa capital. E eu, que sou lisboeta postiço, não é que nasci na capital do peixe do rio!? Rio Guadiana, em boa verdade.

Aqui deixo a certidão narrativa completa.



Garantido: aqui comem-se belos caldos de peixe.

Caldos machos e caldos fêmeas, à vontade do freguês!
 

Elegância de pata choca


Elegância, diz ela!

É o milésimo e desesperado argumento qual unguento  para o penar nos saltos altos, atraindo mazelas à coluna, os pés num oito e o desequilíbrio iminente em figura de pata choca.

As patas são fêmeas rechonchudos de plumagem desencardida e bamboleiam-se serenamente, abanicando a cauda.

E quando chocas* mais devagar caminham, uma eternidade entre o levantar e o repoisar de cada pé, um tem-te não caias de passerele de Massarelos.

São saudáveis, ao contrário das humanas que se saracoteiam aos tropeções, desengonçadas em sapatos cambados e tornozelos desencocados.
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* Os já criados a frango de aviário de comando numérico e milho transgénico consultem http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx. Sempre instrutivo.


[SdM]
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Afundado em ambição

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Diz-se independente, mas, embeiçado por Mário Soares, seduziu o BE e caiu nos braços do PSD. É instável e Portugal precisa de rumo.

É verdade que criou e desenvolveu a AMI e também é evidente que a encheu dos seus familiares mais chegados. É opaco e Portugal não precisa de compadrio.

Fernando Nobre auto-elogia-se sempre que vislumbra uma câmara, proclamando a sua bondade, mas não se sabe quanto ganha. É mau e Portugal precisa de transparência.


Por mais puro que queira parecer, dá a ideia de manobrista tático, impassível e determinado à conquista do poder.

Seria mau para Portugal que Portugal lhe desse poder.

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domingo, 17 de abril de 2011

World Press Cartoon – Sintra 2011

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Este é o primeiro de vários conjuntos de peças da


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Com o único objetivo de divulgação e sem a veleidade de fazer um novo podium, as primeiras imagens são do nosso bem conhecido...





... que também valoriza toda a exposição.



É permitido fotografar, se possível sem flash, pediram.

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Pessoas raras

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Amigos, são aquelas pessoas raras
que nos perguntam como estamos
e que ficam à espera da resposta.


E. Cunningham

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sábado, 16 de abril de 2011

Caminhos de cata-vento

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Portela de Sintra
14.Abril.2011

Por ilusão ótica, o porco parece serenamente orientado a Oeste, mas pode ir, porventura, a caminho dum Sul fatal.

O lavrador com tamanho facalhão não garante rota segura, reduzida a simples quimera, que, como todas as ilusões, tem firmeza de cata-vento.

HHH
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sexta-feira, 15 de abril de 2011

NOKIA não, obrigado!!!

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Alguns finlandeses estão tentados a não ajudar Portugal nas dificuldades financeiras em que nós próprios nos afundámos, atirando-nos para uma situação ainda mais difícil.

E eu tenho a grande tentação de atirar para o caixote do lixo todos os telemóveis NOKIA que vir por aí à mão.

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O ranhoso de Sintra

Sim, só um ranhoso faria uma coisa destas.

Pôr papéis em buracos, abandonar garrafas em portais e janelas e até meter copo de plástico num furo de escoamento, tudo isso já se viu, mas esta maldade não lembra ao diabo. Só a um ranhoso.

E para não criar fricções bairristas aqui se declara, alto e bom som, que nada garante que o ranhoso seja sintrense. Há por esse Portugal afora muito porco capaz disto. Até capazes de dizer que gostam de Sintra!





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'Juízes' do caralho

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Um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa considera que "não dá para trocar, então pró caralho” e “se participar de mim, depois logo falamos como homens", ditos por um cabo a um sargento da GNR, são coisa banal.

O desplante é tal que se enrola o facto em rodriguinhos jurídicos para escamotear o incontestável: caralho é um palavrão do caralho, ofensivo como o caralho, cujo uso impune corrói a cadeia de comando de uma força que Portugal precisa disciplinada.

E alega-se que as palavras são irrelevantes por terem sido ditas a um sargento, não a um oficial, não a um general. Como se a hierarquia só fosse necessária no topo da pirâmide! Aqui é evidente o reflexo narciso-corporativo de quem olha a sociedade em socalcos de "senhores" e "populares". Espezinha o artigo 13º da Constituição da República, sem o qual a nossa democracia se converteria numa oligarquia.

Que caralho de "juízes"!!!

Que caralho de "justiça"!!!

Este ataque à eficácia da instituição militar, embora mascarado de jurisprudência, carece de resposta firme: revogação e exemplar punição de todos os juízes desembargadores que subscreveram o acórdão.

Cavaco, que há meses, em Chaves, dizia que temos de honrar os nossos maiores, tem a palavra, pois também lhe compete velar pelo regular funcionamento institucional da justiça. Coragem... não se agarre às minudências constitucionais, mexa os cordelinhos!

Deixo alguns pedaços do acórdão que manda a hierarquia da GNR para o caralho.

Acórdãos TRL Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa
Processo: 1/09.3F1STC.L1-9
Relator: CALHEIROS DA GAMA
Descritores: INSUBORDINAÇÃO POR OUTRAS OFENSAS
Votação: UNANIMIDADE

Vinha o arguido A…, que é militar (com o posto de Cabo) da Guarda Nacional Republicana, acusado de no dia 4 de Agosto de 2009, cerca das 15h30, se ter deslocado ao gabinete do 2º Sargento de Infantaria B…, Comandante Interno do Subdestacamento da Brigada Fiscal da GNR de Vila..., com o objectivo de solicitar autorização de troca de serviço, a ocorrer nos dias 8 e 9 do mês de Agosto de 2009, com o Cabo D…, e, não ao não ter sido autorizada tal troca de serviço, o arguido, dirigindo-se aquele seu superior hierárquico lhe ter dito: “não dá para trocar, então pró caralho” e de seguida: “se participar de mim, depois logo falamos como homens” e já depois de lhe ter sido ordenado que se retirasse teria retorquido: ”guitas são todos iguais, foda-se não valem nada, é tudo a mesma merda, se participar de mim, você, para mim, é zero.”

Sumário: I - A palavra “caralho”, proferida por militar (Cabo da Guarda Nacional Republicana), na presença do seu Comandante, em desabafo, perante a recusa de alteração de turnos, não consubstancia a prática do crime de insubordinação por outras ofensas, previsto e punível pelo artigo 89º, n.º 2, alínea b), do Código de Justiça Militar.

II - Será menos própria numa relação hierárquica, mas está dentro daquilo que vulgarmente se designa por “linguagem de caserna”, tal como no desporto existe a de “balneário”, em que expressões consideradas ordinárias e desrespeitosas noutros contextos, porque trocadas num âmbito restrito (dentro das instalações da GNR) e inter pares (o arguido não estava a falar com um oficial, subalterno, superior ou general, mas com um 2º Sargento, com quem tinha uma especial relação de proximidade e camaradagem) e são sinal de mera virilidade verbal. Como em outros meios, a linguagem castrense utilizada pelos membros das Forças Armadas e afins, tem por vezes significado ou peso específico diverso do mero coloquial.


Lisboa, 28 de Outubro de 2010
Desembargador J. S. Calheiros da Gama
Juiz Militar Major-General Norberto Bernardes

O texto oficial do caralho do acórdão está todo aqui: http://www.dgsi.pt/jtrl.nsf/e6e1f17fa82712ff80257583004e3ddc/85e3b7ab708fb737802577dd00582b94?OpenDocument

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Alentejo em Alcochete

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Passei boa parte do último domingo em Alcochete com a AFCA* e almocei no Sabores do Alentejo.

Lá para o meio da tarde, à conversa com a dona, disse-me que iam comer cilarcas no dia seguinte. Creio que só me fiz convidado depois de lhe dizer que com espargos do campo ficam de alto lá com elas!

A verdade é que cortou os espargos a preceito, tal como as cilarcas, e o almoço de segunda-feira foi uma esplêndida refeição de paladares e companhia.


Por isso, aqui está o agradecimento à Tininha e e ao Zé Maria, ambos moureiros, meus vizinhos de Pedrógão do Alentejo. Voltarei para reviver a sua simpatia.



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* Associação Fotografia e Cultura de Alcochete

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Grande pobreza com dignidade


A dois passos do centro de Algés, numa ponta sem saída da Rua Anjos, encontra-se esta alternativa de habitáculo.


Não ter um teto é dos sinais de maior pobreza e muitas vezes arrasta a falta de higiene e a anarquia nos parcos pertentes.

Não é o caso. E nunca sendo solução minimamente aceitável nm Portugal socialmente saudável, regista-se a arrumação metódica.



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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Alcochete tem nova estrela

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Alvo privilegiado das atenções foto pantomineiras, a novel promessa mediática revelou generosidade frente às objetivas.

Ofuscando a própria exposição da AFCA* na praça principal de Alcochete, ofereceu várias distâncias focais.






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* Associação Fotografia e Cultura de Alcochete
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