sábado, 2 de julho de 2022

Lisboa a abarrotar

A abarrotar de línguas gringas e outras intragáveis; gente simpática e besuntos beiçudos.

A abarrotar de tuctucs, trotinetes, mochilas e sorvetes.

A abarrotar de ténis, chinelos e calças rotas, nutridas pernas e farta celulite.

A abarrotar de tatuagens, a pele reinante e alforria mamária em arejadas fatiotas.

E as exceções fundamentalistas muçulmanas, enfarpeladas como maranhos de Proença-a-Nova.

É uma Lisboa a abarrotar de vitalidade, destino de meio mundo, livre de guerras e conferências, tranquilas férias sem gravatas nem salamaleques postiços.


Lisboa a abarrotar de liberdade. 

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